no primeiro ano do blog, em 2016, partilhei aqui a minha experiência, enquanto tia, com o dia do pijama.
agora, em 2019, enquanto mãe, a minha visão é um pouco menos entusiástica.
como podemos ler no site da 'mundos de vida', entidade responsável pela iniciativa, que coincide com a comemoração da convenção internacional dos direitos da criança, "o dia nacional do pijama é um dia educativo e solidário feito por crianças que ajudam outras crianças." e é assim que eu conheci este dia, e com esta base que louvei a iniciativa.
no entanto, este ano, em que a minha pequena participa pela primeira vez na iniciativa, sinto um grande vazio na missão da iniciativa. a pequena não faz a mínima ideia do que se trata, para ela, honestamente, ir de pijama para a escola ou ir com outra roupa é exatamente a mesma coisa - não consegui perceber se abordaram o tema na creche e não sei se ela conseguiu perceber o que eu lhe tentei transmitir. quando esta manhã cheguei à "escola", o pessoal estava todo 'empijamado' e a agir como se de uma festa de disfarces se tratasse. nas redes sociais as partilhas de crianças fofas a irem de pijama para a escola estavam por todo lado - elogiando a fofice dos próprios, mas sem alusão alguma à causa que este 'dia' aborda. como se isto já não bastasse para desvirtuar o dia reparei também que várias marcas aproveitaram o dia para oferecer descontos na compra de pijamas, visando obviamente o aumento dos seus lucros. sinto assim que de uma causa solidária se passou a mais um dia para brincar ao faz de conta e promover o consumo.
isto deixa-me triste!
o objetivo solidário na comemoração deste dia é importante para a sensibilização dos mais novos sobre as diferentes realidades sociais e familiares existentes, mas tem de ser tratado com a seriedade e o respeito que o tema exige.
poderíamos estar a falar de uma canção infantil ou de um jogo, mas infelizmente não.
mão, pé e boca foi o vírus que nos arrombou a casa na última semana; um tal de coxsackie que de forma impiedosa encheu a pequena de dores e desconforto.
das várias viroses que a miúda apanhou, nenhuma teve a intensidade do síndrome mão, pé e boca. começou discreto com pequenas borbulhas debaixo do lábio inferior, que nós, pais inexperientes, associamos ao frio e à baba. no entanto, achamos estranho que a baba fica-se mais intensa e a miúda, que adora comer, estivesse a recusar determinados alimentos. reparamos, de seguida em algo que se assemelhava a aftas na boca (língua e céu da boca).
foi só quando a princesa começou a queixar do pé, a negar-se a pôr o pé no chão e a recusar usar meias que percebemos que se tratava de algo mais complexo. lembrei-me de ter ouvido falar do mão, pé e boca e ao fazer a pesquisa e ao verificar que tinha também pequenos e discretos pontinhos nas mãos que (informalmente) surgiu o diagnóstico, posteriormente confirmado pelo pediatra.
ao questionar o pediatra sobre o tratamento a fazer, foi desolador o que ouvimos: não há tratamento. é uma questão de tempo até passar. é altamente contagioso e não cria imunidade. ou seja, o único a fazer era tentar deixar a pequena o mais confortável possível - descalça, dando-lhe muitos líquidos, comida de texturas suaves e sem acidez e paracetamol para aliviar as dores; não poderia ir à escola e, o pior de tudo, poderia poder apanhar novamente o vírus.
rapariga de poucas palavras adicionou mais duas ao seu parco vocabulário: ai e dói.
e a nós também nos doía ver o seu desespero e incompreensão.
(já em fase de recuperação)
se quiserem saber um pouco mais sobre o mão, pé e boca vejam no site do sns.
a partir de hoje é possível pedir a pulseira do programa “estou aqui” da psp. a pulseira é destinada a crianças entre os 2 e os 10 anos, embora a idade possa ser inferior a dois anos caso se prove que a criança consegue andar de forma autónoma.
a pulseira, em tecido, têm um código alfanumérico único que correspondente aos dados da criança que a usa e de duas pessoas por ela responsáveis.
a pulseira tem a duração de 12 meses, ficando “ativa” até 31 de maio de 2020; pode ser pedido de forma nominal ou de grupo (opção adequada a instituições que lidem com grupos de crianças - escolas, infantários, catl, campos de férias, ...).
“o programa estou aqui!® foi desenhado para que nunca perca um momento da presença dos seus filhos.”
esta é uma iniciativas que aproxima os cidadãos e as cidadãs das forças de segurança, valorizando a prevenção e conferindo à família a sensação de segurança.
na minha pesquisa sobre a pulseira fiquei muito feliz quando descobri que existe também a pulseira estou aqui adultos - “a psp identifica a necessidade de garantir a segurança de adultos que, pelas mais variadas razões, possam sofrer alguma desorientação na via pública.” Sabe mais sobre esta iniciativa aqui.