quem nos visita não fica indiferente à nossa diversidade e beleza natural, à nossa traça histórica que distingue a nossa identidade nacional e sublinha as diferenças locais.
a gastronomia e a enologia é outro aspeto que apaixona, de norte a sul, insular e peninsular, as possibilidades de texturas e sabores apresentados na nossa gastronomia não deixam ninguém indiferente; bem como, os aromas, as cores e o paladar das diversas castas e suas combinações.
adoro viajar, conhecer outros lugares e culturas, mas é sempre bom voltar e constatar a riqueza do que é nosso e em dia de jogo da bola - que vamos certamente ganhar fiz uma viagem pelas minhas memórias fotográficas e partilho alguns dos locais que me apaixonaram no nosso belo país.
vim aqui numa rapdinha porque há pouco descobri (sim parece que ando desligada) que finalmente podemos gozar do direito ao voto antecipado, neste caso por mobilidade, sem necessidade de justificações extremas.
nos últimos anos não tenho conseguido votar porque tem coincidido com o meu período de férias de outono (muito chic eu sei) e como a deslocação para férias não era um motivo aceite para pedir o voto antecipado, ficava de fora do processo.
agora, finalmente, posso votar antecipadamente, exercendo assim o meu direito/dever de cidadã.
para quem anda distraído ou distraída como eu, o pedido tem de ser feito até amanhã, dia 26 de setembro na página https://www.votoantecipado.mai.gov.pt/. o voto será realizado no próximo domingo, 29 de setembro, entre as 8h00 e as 19h00, num local da vossa capital de distrito.
vamos lá a reduzir as abstenções e assumir a nossa responsabilidade no futuro da nação!
o algarve é sempre uma boa escolha quando se procura um tempo agradável – a nível climatérico e a nível do ritmo a que se vive o dia.
encontrei um local onde a paz é total, onde o ritmo esmorece, a pressa desaparece e onde se podem apreciar pormenores que nos fazem sorrir.
a natureza enquadra cada edifício do resort e as cores intensas em tons de verde, bege e azul, fundem-se em total harmonia.
espaços grandes (quartos e áreas comuns), sem confusões, pequeno-almoço divinal e acesso direto à praia…assim é o vilalara thalassa resort, em porches.
quarto super clean e confortável
um belo romance
a casinha de brincar é um mimo
há também um espaço de atividades para crianças e um parque infantil (o hotel é completamente baby friendly!)
a praia das gaivotas... o nome encaixa na perfeição
natureza diversa um pouco por todo lado
belos pormenores perfeitamente enquadrados no todo
uma piscina de água salgada partilhada
momentos perfeitos
vilalara thalassa é um pequeno luxo, é certo, mas sempre acreditei que temos direito aos nossos desejos de requinte...e uma vez não são vezes
miminhos para todos
não tem sido um ano fácil, entre as exigências do trabalho e as da maternidade sinto-me cansada, sem energia e, constantemente, à beira de um ataque de nervos. um fim-de-semana neste pequeno paraíso em terras lusas permitiu que quebrasse com a rotina que aligeira-se a carga que me imponho, que deixa-se fluir a energia contida! não estou como nova, mas estou bem melhor ;)
neste belo local ou noutro qualquer, o fazer este corte com a realidade deveria ser obrigatório, como se de uma prescrição médica se tratasse. muitas vezes deixamos que as responsabilidades, as preocupações, os problemas nos engulam, nos roubem o ar, a energia, a alegria. e muitas vezes quando damos conta já estamos tão longe de nós que reencontrar-nos se torna difícil.
somos super mulheres e super homens, mas de vez em quando é preciso parar um pouco para lavar a capa, tirar-lhe todo o peso que carrega, para não deixar que o seu peso nos afunde e nos impeça de voar. não há maior mostra de coragem, do que reconhecer (sobretudo perante nós próprios) que precisamos de parar um pouco.
os portugueses destemidos e aventureiros desde cedo partiram à conquista do mundo. séculos de lutas e conquistas, com algumas derrotas à mistura. no século xxi os emigrantes são a expressão deste espírito conquistador.
shawn mendes, filho de emigrante português no canadá, aceitou o desafio da federação portuguesa de futebol de criar uma música para a representação de portugal no mundial da rússia 2018 e adaptou o seu mega sucesso “in my blood” – o moço, que sempre adorei por usar o seu apelido português, até canta na língua do fado!
eu sei que já te vieram com esta conversa, que se fala disto em cada canto, que me vou repetir, que te vou dizer mais do mesmo, mas não consigo resistir! peço, desde já, desculpas pelo abuso na linguagem, mas
não há bom humor que tolere dias cinzentos em catapulta. se quisesse viver em monocromático ter-me-ia mudado para londres!
eu quero ver as tuas belas cores, o teu verdejante manto salpicado de cor, o intenso azul do oceano que te contorna, as nuances coloridas das tuas cidades.
quero mostrar à minha filha que nasceu num país que inspira fotógrafos, pintores e poetas. que passear pelas tuas ruas e viver as tuas esplanadas é pacificador e prazeroso. que acordamos e temos de ir trabalhar, mas ao sair ainda temos “dia” para brincar e namorar.
portugal portugal, deixa, por favor, o sol voltar a brilhar.
isto de estar de baixa à espera que a catraia dê um ar da sua graça dá-me mais tempo para me atualizar do panorama nacional. o que tem sido um erro...grande!
ontem andava eu, ainda, irritada com a treta criada à volta do panteão quando distraída na minha vida começo a ser bombardeada com as sucessivas notícias sobre a greve dos professores, as exigências da classe e as propostas do governo.
no meio de tanto disparate e desigualdade entre funcionários da função pública - não entendo existirem diferentes critérios para um mesmo patrão e não me refiro à situação atual mas à discriminação positiva da qual a classe docente sempre beneficiou ao nível da progressão na carreira e valores auferidos (pena daqueles que entraram a partir de 2010 ... assim como eu) -, ouço a proposta/compromisso do governo de contabilizar todo o tempo de serviço numa próxima legislatura.
mas, mas, mas os senhores acham que somos todos burros.
que governação é esta que empurra tudo para a frente, para que os outros cumpram as suas promessas e que “se amanhem”?
ou pior, será esta uma "rasca" estratégia política para assegurar os votos dos professores portugueses nas próximas legislativas de modo a estes assegurarem a concretização da "promessa".
considero-me uma moça com um coeficiente intelectual razoável.
sou socialmente adaptável às mudanças e exigências com as que constantemente me defronto.
as minhas competências pessoais e empáticas enquadram-se na média dos meus pares.
perante estes factos custa-me muito (muito mesmo) entender porque há coisas que não consigo entender.
uma destas questões é o "escândalo" no erro das contagens das vítimas do incendio de pedrogão. não se entenda com isto que considero indiferente haver mais uma ou menos uma vítima. não é isso. o que não entendo é porque se fazem manchetes atacando o governo e as entidades porque os números não estavam corretos e que os reais estão acima dos apresentados! depois de desmontada a(s) noticia(s) percebe-se que afinal estamos a falar que o (grande) erro de contagem é referente a uma vítima.
não seria mais pertinente e construtivo começar-se a trabalhar/ acelerar a reconstrução das aldeias, as indemnizações às vítimas, a prevenção de novas situações? porque esta perca de tempo? é um tapa olhos, uma desvio das atenções do cerne da questão? jogadas políticas em anos de eleições?
cada vez me identifico menos com os nossos meio de comunicação social nesta necessidade de esmifrar assuntos (quase) até ao ridículo.
sinto a necessidade intrínseca se sair, conhecer, viver!
quando passo algum tempo sem “sair” à descoberta de novos locais sinto uma inquietação difícil de explicar.
esta necessidade de conhecer novos locais, descobrir odores, diversificar o paladar, vibrar com novos ritmos (música, língua, cidades …) existe em mim desde que me conheço, paralelamente à minha constante insatisfação. as viagens alimentam-me de vida!
o lado b desta minha ânsia é que se satisfaz com a novidade quer seja no perú ou em piodão. não exige magnificência ou luxos. muitas vezes são as coisas mais simples que nos surpreendem ou encantam; outras é a sumptuosidade de grandes obras da natureza ou da humanidade.
estas férias andei pelo interior alentejano e vim de “barriga cheia”. portugal é belo, já sabia… as pequenas vilas e cidades alentejanas são adoráveis, descobri agora! cada local uma nova descoberta de beleza e características únicas, com uma gastronomia irresistível… e os vinhos… ai os vinhos!
a constante presença de castelos e muralhas, as estreitas ruas com pormenores catitas, os rios e barragens... foram pontos de deslumbramento. andei por:
.mértola cidade em que fiz a minha adaptação às elevadas temperaturas… umas horas na praia fluvial da mina de são domingos ajudou no processo. almocei um gaspacho soberbo no restaurante migas e o alojamento foi na casa rosmaninho com uma excelente esplanada e decoração antiga bem integrada
.moura onde no o vermelhudo comi as melhores migas desta minha viagem. o centro histórico é belo, com um jardim cativante nas noites de verão. a desilusão foi o hotel moura que embora o belíssimo edifício e bom pequeno almoço, o quarto que nos atribuíram tinha condições mínimas e até as toalhas estavam rotas
.monsaraz deslumbrou-me com a sua beleza e a sua vista sobre o alqueva (aconselho a visita de barco à barragem com possibilidade de mergulho … memorável)
ver o por-do-sol desde as muralhas do castelo de monsaraz é uma experiência imperdível e um jantar na esplanada do xarez é ideal para encerrar com distinção um belo dia. o alojamento foi no outeiro do barro (reguengos de monsaraz) decorado com muito bom gosto, um pequeno almoço com produtos locais de alta qualidade e a atenção e simpatia de quem recebe
.vila viçosa justificou a passagem para a visita ao seu castelo e ao paço ducal-muito bem conservado e com visita guiada
.estremoz exigiu uma vista a zona histórica e à herdade das servas onde encontrei o vinho branco herdade das servas colheira selecionada 2015 que se tornou o meu preferido deste verão!
.santa eulália (próximo de campo maior) proporcionou-nos um paraíso em terras alenjanas! na casa da ermida de santa catarina, alojamento rural com pormenores deliciosos (assim como o seu pequeno almoço) uma vista genial e a possibilidade de andar de caiaque pelas águas da albufeira do caia.
.cáceres (tão perto impossível não dar um salto à nossa vizinha espanha) fez-nos descobrir uma maravilhosa vila medieval excecionalmente bem conservada. destaco o jantar divinal na taperia alboroque e o alojamento no nh collection cáceres palacio de oquendo (belo edifício bem localizado e com gente simpática)
.portalegre deslumbrou-me com a sua zona histórica. ficámos alojados no rossio hotel – jovem hotel com excelentes condições e pequeno-almoço.
.montargil mais uma paraíso por mim desconhecido. uma extensa e bela barragem e um alojamento fenomenal no monte de portugal ideal para encerrar com chave de ouro as férias. destaco a simpatia da anfitriã, com miminhos e cuidados para o máximo conforto, pequeno almoço com produtos frescos e “caseiros”. a herdade produz um azeite divinal! um almoço na petisqueira alentejana (ponte de sor) encerrou a degustação da gastronomia alentejana com umas deliciosas costeletas de borrego.
diz-se que: quando organizai estas férias a escolha do itenerário prendeu-se com o baixo orçamento e as complicações do mês de agosto nas zonas mais “veranis”... há limitações que vêm por bem!
este post é referente às minhas férias de verão 2016 #repost