"você envolve-se romanticamente com alguém, mas passados seis meses conclui que precisa de terminar a relação. tendo a certeza de que a pessoa se iria suicidar se a deixasse, e tendo também a certeza de que nunca seria feliz com ela, o que faria?"
a mami responde:
esta parece, à partida, uma questão exagerada, mas a verdade é que já tod@s (penso eu de que) ouvimos histórias de pessoas que ameaçaram por termo à vida se @ outr@ @ deixasse - e embora se pense, viva o preconceito, que estas situações são “coisas de gaja”, tenho a dizer que nas duas situações que conheço partiu de gajos.
escolho as perguntas do livro que me obrigam a pensar. esta despertou a minha reflexão. não tem uma resposta inconsequente. e faz-nos pesar vários aspetos.
em primeiro lugar temos de perceber se a pessoa que pretendemos despachar seria ou não capaz desse ato. na dúvida, dar a lei da vantagem e acreditar que sim.
depois devemos refletir sobre a nossa capacidade de lidar com um possível sentimento de culpa, que pode surgir se o desgraçado bater a bota. eu, por exemplo, tenho muitos problemas a lidar com a culpa (a real e a imaginada – raios para a educação católica da culpa e do castigo que me foi incutida!).
numa situação paralela ponderar a vida que teremos ao lado de alguém com quem ficamos apenas por medo das consequências de tomar a decisão que desejamos. conhecendo-me, tornaria a minha vida e a do desgraçado uma tortura.
dada esta breve análise da situação, o desgraçado acabaria por suicidar-se de qualquer maneira. por isso, se desvaloriza tanto a sua vida, não vale a pena estarmos a empatar-nos uma ao outro!
lembro-me quando realizei o estudo altamente científico sobre o que atrai ou repudia o outro, verificando que o que por vezes as pessoas acham sexy não é efetivamente o que o sexo oposto acha atraente.
agora, acrescento a este raciocínio aquele que defende que as pessoas vestem-se para si, para se sentirem bem consigo mesmas. ora bem, se é verdade que no dia-a-dia sou-me fiel ao vestir, aos meus gostos e conforto, quando se trata de sair para deslumbrar ou ser sexy, visto-me para os outros – desculpem ser tão básica.
quando quero ser sexy, não o quero para mim, quero ser sexy para o(s) outro(s); claro que as peças escolhidas têm muito a ver com o nosso conceito de sensualidade.
quando me visto com o objetivo de ser sexy, escolho aquilo que considero ser sensual, olho ao espelho e sinto-me sexy … e é aqui que tudo muda. não é o que se usa, mas como se usa. não interessa se o que eu estou a usar é sexy ou não aos olhos dos outros, o que define a minha sensualidade é a minha atitude ao sentir-me sexy.
muitas pessoas falham redondamente ao tentarem ser sensuais pois escolhem o que está convencionado como tal (minissaias, leopardos, saltos, transparências, decotes, maquilhagem…) e não aquilo com que se sentem genuinamente sensuais. não há nada pior do que vestir uma pele que não encaixa em nós.~
muitos de vós estarão a pensar “grande contradição neste texto” - tal não seria raro; sou um manancial de contradições, o que mostra a minha permeabilidade e flexibilidade…sendo, por isso, um ser mais resistente às contrariedades , ops! já divaguei. bem, não considero que haja propriamente uma contradição no meu discurso. visto-me para os outros mas com base nas minhas ideias de um conceito que, neste caso, é o se sensualidade. se eu não me vestisse para os outros, não me vestiria para me sentir sexy – vestiria o meu pijama quentinho e enfiava-me no sofá com uma manta -, não preciso de me sentir sexy comigo mesma, eu já me adoro e desejo só pelo facto de ser eu (lool).
após esta breve análise e divagação, voltemos à questão. quando pretendo transbordar sensualidade existem 3 elementos essenciais: o salto alto, o perfume quizás e o batom vermelho. tudo o resto é acessório. mas calma meus amores. não ando por aí perfumada e de lábios vermelhos apenas num saltinho alto. também há roupita. mas esse aspeto pode variar muito consoante a ocasião, a estação ou o mood.