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mami

viver | amar | sentir | pensar | lutar | conquistar | desafiar | refletir | descobrir | experimentar | partilhar | aprender | acreditar | sonhar * ser mãe sem me perder de mim *

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livros para explicar a chegada de um irmão

livros infantis

a nossa decisão de ter um segundo filho esteve relacionada com o facto de desejarmos que a pequena tivesse uma relação fraterna. ambos temos irmãs/irmãos e para além das felizes relações que temos em adultos, temos memórias únicas de situações da nossa infância (das mais ternurentas às mais, como posso dizer… de sobrevivência).

queríamos que ela tivesse uma irmã /um irmão, mas será que ela queria? claro que não. nesta idade (dois anos) quer a omnipresença dos pais e toda a atenção destes. por isso, assim que a barriga se tornou visível, começamos a falar-lhe do bebé que vinha a caminho. ela nunca se mostrou interessada no assunto. dizia que o bebé estava na barriga da mãe, quando as pessoas – compulsivamente – lhe perguntavam pelo mano (tive que por um ponto final a essa persistência, pois se a miúda queria ignorar a situação havia que dar-lhe tempo, para além de ela querer que lhe falassem dos lindos “totós” ou do bem que dançava, não do bebé).

como ela adora livros, estes foram, obviamente, a estratégia adotada para aprofundar o assunto da chegada do bebé. mas mais uma vez ela impôs as suas preferências. aceitou muito melhor o livro que faz uma abordagem ao tema através da fábula, do que aqueles que o fazem através da representação de figuras humanas.

 

 

à espera de um irmãozinho

 

à espera de um irmãozinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

um livro com desdobráveis que permite “espreitar” o que vai acontecendo dentro da barriga da mamã que vai ter um bebé.

ao longo da história a maria, criança pequena que vai ter um irmão, manifesta várias emoções (cólera, ciúme, admiração, felicidade) e a mamã e o “mano” vão reagindo às mesmas.

o livro tem muitas potencialidades para exploração do desenvolvimento do bebé, à medida que a barriga da mamã cresce, bem como das emoções que a irmã mais velha vai experimentando.

 

 

apreciação mami:     a linguagem é simples e objetiva. a criança (irmã mais velha) vai sendo interpelada de forma clara. as personagens e as ilustrações são “reais”  e a história do livro acompanha a “evolução” da gravidez. permite trabalhar as várias emoções, proporcionando a identificação da leitura com a personagem (maria).


apreciação pg:    a pg gostou dos desdobráveis (ela gosta de tudo o que lhe permite interação). no entanto, o facto de ser tão objetivo e de a confrontar com uma realidade que lhe é desconfortável, nem sempre estava “disponível” para o explorar. (nota: tem entre 22 a 26 meses no momento de exploração do livro)

 

autora: marianne vilcoq 

editora: minutos de leitura

dimensões: 12,9 cm x 24,1cm

preço: 9€ (preço médio)

 

mais um

 

mais um

 

para além do tema central da chegada de (mais) um irmão, é abordada a questão temporal, através das estações do ano, e características associadas aos vários animais que participam na história, por exemplo, o pica-pau trabalha a madeira, a ovelha tricota a lã.

ao longo da história a criança vai integrando o conceito de fraternidade e das vantagens de ter um irmão (sobretudo através das brincadeiras que juntos poderão fazer), as emoções são trabalhadas de forma positiva (curiosidade, espectativa, …) e “todos” são envolvidos nesta aventura da chegada de mais um elemento da família.

 

 

 

apreciação mami:     o livro apresenta-se numa linguagem apelativa para as crianças. é muito rico em pormenores e aborda vários aspetos tendo imensas possibilidades de exploração. segue uma ordem cronológica e cada nova introdução de conteúdo/informação conclui com o sumário das anteriores, trazendo ritmo à história.

apreciação pg:      adorou a história, as personagens (adora tudo o que envolve animais) e as imagens. interagia com as personagens e, passado algum tempo de exploração do livro, contava a história com entusiasmo.

 

autora: marc taeger e olalla gonzález 

editora: kalandraka

dimensões: 19,1 cm x 26,2cm

preço: 14€ (preço médio)

 

 

camila tem um irmão

 

a camila tem um irmão

esta história tem a particularidade de incluir o pai em todo o processo em que a personagem descobre que vai ter um irmão e lida com as emoções que esta nova situação desperta, ficando gradualmente entusiasmada por ser a irmã mais velha.

trouxemos o livro da biblioteca mas não o trabalhamos. a pg não mostrou interesse, quiçá será adequado a crianças mais velhas (pelo texto e pela forma como as situações são abordadas).

 

autora: aline de pétigny e nancy delvaux 

editora: asa

dimensões: 22,3 cm x 22,8cm

preço: 6,50€ (preço médio)

 

vai chegar um bebé

este foi um livro que não lemos porque na altura não estava disponível na nossa biblioteca, mas que me pareceu muito interessante pelas vária pesquisas que fiz. é um livro editado pela caminho, escrito  por john burningham que conta com as belas ilustrações de helen oxenbury.

 

nota: a pg tinha entre 22 a 26 meses no momento de exploração dos livros

fraternidade

querer ser mãe não foi para mim uma certeza.

a minha vida sempre foi muito preenchida do ponto de vista afetivo e social. nunca excluí a maternidade, mas  nunca fiz dela uma prioridade; até que chegou o momento em que soube que o tempo/idade iria impedir que a escolha continuasse a depender da minha vontade. 

foi nessa tomada de consciência que questionei o.mais.que.tudo. sobre a sua vontade de ser pai. e assim, de forma consciente e adulta, avançamos para o projeto mais importante e de maior responsabilidade das nossas vidas.

o processo foi moroso, com alguma ansiedade à mistura - a possibilidade de não ser possível tornava a gravidez ainda mais desejada, estranho feitio humano! - finalmente, pouco mais de uma ano após termos começado a tentar, lá engravidamos (sim, sei que que engravida é a mulher, mas acredito que o estado é do casal). a gravidez decorreu dentro da normalidade (não sou apaixonada pelo estado de graça, pois os meus medos e o não ter a certeza que está tudo bem, a cada momento, atrofia-me o cérebro!). o parto não correu como previsto, mas no final correu tudo bem e a minha princesa veio iluminar os meu dias (e noites!).

com ela nasceu também uma certeza: queria que ela pudesse vivenciar a relação fraterna. quiçá por eu ser de uma família onde somos três irmãos e saber do bem que nos fazemos, de amar os meus sobrinhos e adorar as festas de família com casa cheia. também por me assombrar a ideia de que a pequena não tem pais muito jovens e tendo em conta a esperança média de vida, ela ficaria "sozinha" no mundo relativamente cedo - na consciência que os laços de sangue nada garantem, mas acreditando numa educação promotora dos valores da família e da fraternidade.

o problema: o papá não partilhava da mesma visão e, assumamos, um filho não é algo que se imponha a ninguém.

após algum tempo, vários lembretes do tic-tac biológico feminino, e alguma persistência de quem acredita nas suas certezas... o papá lá se convenceu (ou desistiu pelo cansaço ). agora, olhando para trás, acho que sempre gostou da ideia, mas não estava preparado visto estarmos no meio da tempestade de pais de primeira viagem.

e lá entramos, novamente, no processo. cinco meses depois o jackpot. e agora o misto entre a felicidade e, novamente, a ansiedade, o nervoso miudinho e o ardente desejo que corra tudo bem - porque agora não somos só dois.

amor fraterno

imagem retirada daqui

irmãos

sou uma afortunada. os meus pais brindaram-me com dois maravilhosos irmãos. claro que nem sempre pensei assim. houve fases em que detestei a minha irmã, que veio para intrometer-se no meu espaço, que era cusca, que ia fazer queixinhas à minha mãe ou contar-lhe os meus “segredos”. depois veio o meu irmão, que fez com que a minha mãe exigisse de mim mais responsabilidade e que muitas vezes cuidasse dele, estragando os meus planos de pré-adolescente. sentia, no egoísmo próprio da adolescência, que os meus irmãos só me prejudicavam!

cresci e deixei de ser parva. gradualmente a relação com os meus irmãos foi-se desenvolvendo. a cumplicidade com a minha irmã foi uma das minhas maiores conquistas. o meu irmão é e será sempre o casula, aquele que faz todas as asneiras do mundo e é mimado por toda a gente.

o facto de estas pessoas existirem na minha vida dá-me um conforto estremo, um segurança afetiva, quiçá, primitiva.

não defendo que a família é uma certeza incondicional, pois infelizmente já conheci alguns casos em que estes foram os primeiros a virar as costas. mas creio que isto está muito relacionado com os valores que nos são incutidos.

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