nós, feitos tolinhos, lá vamos experimentando tudo:
.dar 10 goles de água seguidos sem respirar
.apanhar um susto
.suster a respiração até não poder mais
.por um pouco de papel higiénico molhado na testa
na verdade comigo nada costuma funcionar, por norma, desisto por frustração e, não sei bem como, acabam por desaparecer (mas não sem antes me irritarem... muito!)
agora descobri uma técnica eficaz. resolve na hora. exige na mesma uma triste figura. mas garanto que funciona.
a próxima vez que estiveres com soluços: faz o pino!
parece que hoje é dia de super-lua ... por isso estejam atentos por volta das 18h00 (mais minuto, menos minuto )
se passaram por cá depois das 18h00...temos pena
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"Os políticos franceses procuram consenso depois da aprovação no parlamento, ... , de uma lei que retira da matrícula escolar, dos registos das aulas, das autorizações parentais e de todos os formulários usados nas escolas as palavras “pai” e “mãe”. O objetivo inicial era substituir pelos termos "parente 1" e "parente 2", a fim de evitar a discriminação a casais homossexuais."
a mami acha a medida muito boa, mas não apenas por causa dos casais homossexuais, também por causa dos avós que têm a tutela dos seus netos, ou as tias, ou outros que não sendo pais não querem assumir essa designação.
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morreu com 75 anos o rapaz, george mendonsa, que protagonizou esta famosa fotografia no times square após o final da II guerra mundial.
a novidade? (pelo menos para mim) é que o moço era lusodescendente.
as experiências durante uma viagem são infinitas, o que vemos, o que cheiramos, o que provamos, o que ouvimos, o que sentimos ... desperta os nossos neurónios e transforma-nos.
eu sei o básico e obvio que este post vai ser, mas como diria o nosso querido diácono remédios "não havia nexexidade"
juro que questionei se a miúda é totó/ingénua e não sabia o que isto ia dar ou se é uma cabra dissimulada em pele de ovelha fofinha que sabia exatamente no que isto ia dar. aqui tem de ser uma ou outra, não (pode?!) há meio termo. então não é que a graviderrima duquesa de sussex se lembra de "dar força" às prostitutas escrevendo mensagens motivacionais em...bananas!
ok, para os britânicos (e americanos, até canadianos) as bananas podem não ser objetos fálicos... não, esqueçam...as bananas são objetos flicos até na china (não resisti ao estereótipo), é uma linguagem metafórica e visual universal!
leiam as frases: "tu és especial", "tu és forte", "tu és corajoso"...quantos homens não terão dito isto aos seus pénis?! (reparem que a banana do strong até é mais grossa do que as outras!)
como é que a moça se mete nestas situações?!
"meghan was inspired by a school in virginia where a teacher wrote positive affirmations to students" vaos lá ver meghan, nem todas as boas ideias são repicaveis em contextos diferentes, uma banana é uma banana para um estudante de uma escola na virginia, uma banana para uma prostituta pode ser uma banana, mas traz implícito um conjunto de alusões sexuais.
o que acham: inocência ou (para se integrar na cultura inglesa) humor britânico?
o que eu acho mesmo é que a duquesa, na sua vontade de ser cool, meteu o pé na poça. foi imprudente e irresponsável. é verdade que a banana dá mais jeito para escrever, mas na tangerina também se escrevia bem, e um papelinho colado no muffin funcionava igual.
é verdade que as prostitutas alvo do seu funny ou sarcástico gesto não se queixaram da banana mas sim do facto de não ser uma mensagem escrita numa banana que muda alguma coisa, que ela terá, alegadamente, outras formas de ajudar. tudo porque estas senhoras estão habituadas a que uma banana traga sempre uma recompensa económica (lamento, não resisti!)
xoxo meghan, gosto muito de ti...mas não havia nexexidade!
quando pensas que já tinhas visto tudo… estás a ver, por solidariedade, o canal panda e deparas-te com a publicidade de um unicórnio cuja magia é fazer uma poia colorida.
nada tenho contra poias.
por o nenuno a fazer cocó já me parece absurdo
(amo a minha filha, mas nunca fiz esta cara de encantamento a limpar-lhe os seus cocós bombásticos)
vender peluches em forma de generosa poia é, para mim, inexplicável…
agora unicórnios a defecar poias arco-íris é muito boom festival!
se a minha filha alguma vez tiver "a falta de chá" de me pedir qualquer coisa relacionada com poias ofereço-lhe o tradicional "peido líquido" para ela perceber o hediondo da coisa e não andar a fantasiar com cocó!
um dia destes tive de ir com a pequena à pediatria do hospital – as melgas de outono despertam na princesa reações alérgicas descomunais.
enquanto estava na sala de espera, chega uma família com uma criança de 6 ou sete anos. ouço a descrição que a mãe faz dos sintomas da crianças “mal estar, dor de barriga, vómitos”. a família senta-se enquanto aguarda ser chamada para a triagem. a mãe pede ao companheiro que vá à máquina buscar um leite achocolatado e umas bolachas para a menina. eu fico parva a olhar e a pensar mas carago a menina não está com dores de barriga?!
o senhor diz que a máquina não tem leite achocolatado mas que tem iogurte, a senhora desagrada diz que iogurte não, que o melhor é um chocolate
há muito que não escrevia nesta bela rubrica. mas tenho uma situação desta quadra natalícia que seria imperdoável não partilhar com as belas pessoas que por aqui passam, na esperança de lhes despertar um inusitado sorriso de “como é que é possível?!”
já viram o afortunad@s que são ?!
vamos agora ao que interessa: a história.
anos atrás, a instituição onde trabalhava, aproveitava as mega promoções de brinquedos do jumbo (até 60% de desconto e por vezes mais) para comprar as prendas de natal para as crianças.
normalmente ia a estas compras com uma colega minhas por sermos ambas responsáveis por valências (agora respostas sociais) com crianças.
por norma comprávamos cerca de 150 prendas. era sempre uma manhã enfiadas no meio dos brinquedos, na conversa com os funcionários de secção e de armazém. era cansativo mas também divertido.
num ano, após fazer as compras enquanto aguardávamos que fizessem os embrulhos, saímos do shopping, com dois carrinhos de supermercado cheios de tralha, para a minha colega fumar. era dezembro mas estava um belo dia de sol. sentámo-nos nas escadas do exterior do centro comercial. estamos numa amena cavaqueira quando passa um senhor que se dirige a nós dizendo: “boa tarde meninas, desculpem, mas tenho de vos dizer, tão bonitas que vocês são podiam andar na prostituição e andam aqui a trabalhar”. estamos nós parvas a entreolhar-nos e a olhar para o senhor de boca aberta a tentar perceber o tom e que mensagem queria ele transmitir enquanto ele sobe à sua motoreta e arranca rua fora.
e pronto,
quiçá eu e a minha amiga passamos ao lado de uma (boa) carreira na prostituição
hoje vou dar-me a honra de participar neste espaço ;)
depois de ter partilhado a minha primeira história, hoje venho subir… ou quiçá seja mais adequado dizer “descer” o tom.
uma característica da minha personalidade é ter pouca paciência para pessoas que não me acrescentam nada – creio que esta característica surgiu e se aprimorou com a idade. não sou uma snob arrogante – embora muitos pensem que sim; a questão é que o tempo que tenho para conviver com os outros é cada vez menor, por isso opto por investi-lo com as pessoas de quem efetivamente gosto.
após este breve enquadramento cá vai a história de hoje:
há uns anos uma rapariga que trabalhava na mesma entidade que eu, doravante denominada a moça, decidiu ofender-me numa mesa de café, com um grupo de colegas de trabalho. tal atitude surgiu por eu, na véspera, a ter ignorado numa festa de aldeia – contra mim confirmo que este facto é verdade, mas não esperava ser apanhada já que estavam centenas de pessoas naquela festa. no entanto nada justifica ofensas ao nível do discurso: “aquela filha da ****, a partir de hoje que não me dirija mais a palavra”. mas confesso que acatei o recado religiosamente, até porque ia ao encontro da minha vontade.
e assim foi durante um ano ou mais. um triste dia eu precisava de uma segunda pessoa para a realização de uma atividade. embora a moça não trabalhasse na mesma área do que eu, como estávamos em agosto, não havia muita escolha. assim, foi-me dito que a pessoa que me acompanharia seria a moça. revirei os olhos, bufei e engoli.
no dia da atividade, num local idílico, num momento de pausa, eu e a moça estávamos sentadas uma frente a outra nuns banquinhos de madeira. a moça vira-se para mim e começa a falar como se fossemos as melhores amigas. eu impávida e serena, nem abria a boca, mas por educação e, quiçá, instinto, lá ia acenando com a cabeça. fiquei a saber do namorado, das quecas, dos gostos de ambos... enquanto ansiava pelo fim daquele momento – eu sei que estão a pensar que eu poderia ter acabado com aquilo… e é verdade! mas eu tinha prometido à minha colega de trabalho “que me ia portar bem” para não piorar a situação com a moça.
se acham que o pesadelo vivido acabava aqui…estão muito enganad@s!
a dada altura quando a moça descreve as suas preferências, informa-me que adora ver-se toda depilada. que é uma frescura e liberdade total e esteticamente é muito mais apelativo. enquanto eu processo a informação e questiono mentalmente em que é que isso contribui para a minha felicidade, a moça não tem mais do abrir as pernas, arredar a cueca para o lado e mostrar-me a sua patareca toda pelada. a minha cara deve ter parecido a de uma caricatura do filme a máscara, onde os olhos saltam fora da órbitra e sai um grito mudo de horror
miss queer, autora do blog dez segundos, é a nossa convidada desta semana.
moça simpática de meigos costumes, procura sempre superar-se e partilhar o melhor de si… com um latente sentido de humor descomplicado e descomplexado. sou fã.
«Bom dia, coisas lindas que leem a mami mais gostosa do pedaço!
Em primeiro lugar, devo um pedido de desculpas à anfitriã… então não é que ela me pediu esta história em maio e eu me «esqueci»? trabalho para aqui, trabalhos para ali, exames para acolá e passou-me de ideia! Uma vergonha, eu sei!
Pensei contar-vos uma história de quando fui ao Avante e, uma noite, já bêbeda, sem saber bem como é que cheguei à paragem de autocarro, um carro abrandou do outro lado da estrada. De repente, quando eu e a D. demos conta, o carro estava à nossa frente. Os moços tentaram engatar-nos para sairmos com eles… com uma frase muito bonita… «Daquele lado da estrada já se vê quão cativante é o teu olhar!». Já disse que estava bêbeda? Não preciso dizer que me parti a rir na cara deles, pois não? Felizmente o autocarro apareceu e salvou-nos!
Mas a história que vou contar não é essa. A história escolhida remonta ao meu primeiro ano de faculdade, tinha eu 19 anos e ainda não tinha assumido (nem para mim própria) a minha orientação sexual. Tinha uma colega… estranha! (estou a ser bastante simpática!) Passado pouco tempo de nos conhecermos, a miúda veio pedir-me para ir com ela comprar… cuecas comestíveis (penso que queria comprar mais alguns adereços). Não, não era para usar comigo! Era para usar com um rapaz que tinha conhecido. Mas é um pedido estranho para fazer a alguém que mal se conhece! Algum tempo depois, estávamos a fazer um trabalho e o restante grupo foi buscar o almoço, ficando eu sozinha na mesa com a A. O que após o pedido descrito anteriormente era assustador. Conseguem imaginar ficar pior? Não? A A. disse-me: - Estou a ler isto e estou a ficar com ânsias de ser tocada. Piorou, certo? Estando sozinha com ela, ela dizer-me aquilo… Não, A., não te vou tocar! E podem estar a pensar «Que raio de trabalho estavam a fazer para ela ficar com esses desejos?»… Não, não tinha nada que despertasse tal! E fugi. Fui ver se as outras ainda demoravam… Decisão sensata, penso eu… Mas não, ainda não fica por aqui… Passado algum tempo, a mãe de uma colega deu-nos boleia. Nesse dia, eu estava com umas calças rasgadas. A A. começou a meter-me a mão na perna e, pior ainda, para dentro dos rasgões! E disse alguma coisa, mas que a minha memória não guardou, felizmente! Para me escapar… Meti a mão na perna da colega que estava ao lado, que disse uma piada qualquer e a A. lá percebeu! Que me lembre, foi a última tentativa da A., que, entretanto, desistiu do curso e foi viver para o Alentejo com o rapaz das cuecas comestíveis.
Importa explicar que, nesta fase, partissem de mulheres ou de homens, eu não suportava este género de coisas. Estava mal resolvida, bem sei. Hoje em dia, rir-me-ia de qualquer uma das situações… Mas continuaria a fugir da A.!»
não vos disse que esta moça era genuína e transparente?! adoro!
eu tive situação semelhante com um moço. que raio de pessoas são estas que acham que simpatia é sinónimo de disponibilidade e que o nosso corpo é de acesso aberto?!