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mami

viver | amar | sentir | pensar | lutar | conquistar | desafiar | refletir | descobrir | experimentar | partilhar | aprender | acreditar | sonhar * ser mãe sem me perder de mim *

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parto normal vs cesariana

antes de começar deixo a nota de que cada mulher é um ser único, sente e vive as coisas de uma forma muito pessoal. esta é a minha partilha pessoal de como vivi e senti cada um dos tipos de parto: primeiro uma cesariana de emergência e depois, passados 27 meses, um parto normal.

sou um ser mega cagufa, que não nutre simpatia alguma pela dor e que agradece a existência dos fármacos. na minha família as mulheres tiveram sempre partos complicados: pouca dilatação, episiotomia - corte no períneo-, extração com ventosas e/ou fórceps – tudo depois de muiiiitaaaasssss horas em trabalho de parto. dado este cenário sempre tive pavor de um parto normal.

durante as gravidezes tentei relativizar a questão do parto, visto ser uma inevitabilidade. no entanto, nas últimas semanas de gestação é quase impossível não pensar nesse momento. as aulas de preparação para o parto e parentalidade ajudam neste aspeto, vão tornando o momento gradualmente mais “real” e dão-nos a sensação que “não vamos às cegas” – embora em boa verdade vamos, porque dificilmente as coisas saem como “treinamos”.

na primeira gravidez embora estivesse tudo previsto para ser parto normal, como a minha princesa decidiu sentar-se, acabei por ser submetida a uma cesariana de emergência. confesso que tenho apenas flashbacks de todo o processo. tinha contrações regulares e intensas que tive de aguentar por mais 5 horas após entrada na maternidade - visto que para me ser administrada a epidural teria de ter um jejum de no mínimo 6 horas. após este período segui para o bloco de partos e lembro-me da paz que senti após a epidural (anestésica) começar a fazer efeito. lembro-me de ter rido após uma das enfermeiras me ter informado que me iam prender os pulsos  (fiquei como os braços abertos, tal qual cristo na cruz). a partir daqui pareceu-me tudo muito rápido. embora saiba que não foi. na minha ignorância eu achava que na cesariana era tudo muito simples: era abrir e tirar a bebé. no meu caso não foi assim tão simples, o médico teve de fazer algum esforço para conseguir tirar a bebé – até se via suor na tua testa! por duas vezes senti-me a “apagar” durante o parto, mas a anestesista, que foi a minha companhia durante todo o parto, era super atenta e profissional e resolveu sempre a situação. a bebé nasceu às 22h00. depois veio o segundo momento hilariante do parto: a aspiração. novamente não resisti a rir. senti-me como aqueles sacos de arrumação “a vácuo” onde se tira o ar com o aspirador, muito divulgados na televendas.

no dia seguinte senti a força da gravidade assim que pus os pés no chão, foi uma dor horrível e parecia que todos os meus órgãos estavam a ser puxados para o chão, nem conseguia endireitar as costas. rir, tossir, levantar, sentar, tudo doía, tudo o que implicasse esforço abdominal, mesmo estando sedada com morfina e posteriormente com um primo da morfina – abençoados fármacos! a cinta pós-parto dava algum conforto, parecia que mantinha “tudo” ali aconchegadinho. a primeira semana foi dura, na segunda foi melhorando. gradualmente tudo ficava mais fácil. tive muito cuidado para não fazer “asneiras” e ter uma boa recuperação.

na segunda gravidez, visto os partos ocorrerem num intervalo superior a 24 meses, o parto seria, à partida por via vaginal. confesso que o meu receio de um parto normal era tão grande que mantinha a esperança de uma segunda cesariana, mas tal não aconteceu. o meu príncipe nasceu por parto normal.

contrações fortes e ritmadas. percurso para a maternidade. internamento na maternidade à espera de alcançar 3 dedos de dilatação - sem atingir esse marco não nos levam para a sala de partos. 6 horas de contrações, com um analgésico injetável que em nada aliviou as dores, verificações pontuais da enfermeira para verificar a dilatação. na última verificação a enfermeira, não o dizendo, rebentou-me “o saco”, foi uma dor indescritível. confesso que chorei. já estava cheia de dores e aquele momento foi tão doloroso que já não aguentei e cedi. mas vá, a vantagem é que após esse momento fui para o bloco de partos. passado uma hora já estava com a epidural (analgésica) e tinha o meu companheiro a meu lado. agora era só esperar que o meu corpo cooperasse e se desse a dilatação. até deu para dormir uma soneca de tão maravilhosa que era a ausência de dor. passadas mais seis horas estava a dilatação feita, 10 dedos simpáticos! – na última hora houve a ajudinha da querida ocitocina.

a equipa foi super querida e simpática. sentia-me uma atleta olímpica com uma claque motivadora (sim porque o número de estagiários era significativo). não senti dor absolutamente nenhuma. senti, por vezes que não ia conseguir, porque ao fazer força não aguentava o tempo suficiente. mas lá consegui, com a ajuda de episiotomia. o bebé nasceu às 16h00. alguns aspetos menos simpáticos: sim, pode fazer-se coco em consequência da força; as hemorroides podem ser uma consequência pouco simpática e, tive o azar de que quem me deu os pontos da episiotomia foi uma médica estagiária (com pouco jeito) – não senti dor nenhuma era mais o stress de a ver a fazer e desfazer pontos com a orientação da médica sénior (já quase a bufar).

nessa noite quando me pus de pé não houve dor catastrófica. pensei que poderia ser de estar ainda sob o efeito da epidural. mas afinal não. no dia seguinte estava igual. tinha algum desconforto em consequência das hemorroides e dos pontos (nesta ordem), mas suportáveis e geríveis com paracetamol, ibuprofeno, creme e gelo. pude autonomamente tratar do meu bebé. podia rir - pese a fase que se estava a viver, embora o tossir não fosse agradável. a recuperação foi super rápida.

não haja ilusões: o parto implica dor, para quem aceitar os fármacos, a dor, à partida, poderá ser sentida antes e depois. para mim que tive uma cesariana de emergência, não prevista e tendo por isso sentido as intensas contrações, a única diferença entre os dois partos (ao nível da dor) foi a recuperação e, neste aspeto, prefiro sem dúvidas o parto normal.

o nosso receio da dor poderá faz-nos acreditar que a cesariana é mais simpática. mas é importante recordar que o parto não se resume ao momento do nascimento, há que enfrentar o depois … que dura mais tempo e, de certa forma, exige mais de nós.

parto normal vs cesariana

 

estrias e gravidez

contei neste post a minha rotina para prevenir as estrias durante a gravidez.

 

fiz várias experiências e houveram cremes que satisfizeram as minhas necessidades e outros que não.

 

os cremes para prevenir as estrias são caros – como quase tudo associado à gravidez - e usam-se muito (ou pelo menos deve usar-se numa rotina diária de manhã e à noite). fiz uma gestão das minhas escolhas de acordo com a necessidade da pele. por exemplo, no primeiro trimestre a pele necessita de ser hidratada mas qualquer bom creme satisfaz as suas necessidades; a partir desta altura as exigências vão sendo outras.

 

quando escrevi o post "combate às estrias durante a gravidez" tinha 31 semanas de gestação e já me sentia a explodir. estava super convencida que a pequena iria nascer às 38 semanas (como se eu tivesse algum poder de decisão!). 

 

a minha barriga continuo a ultrapassar os limites do seu tamanho, e as semanas continuaram a somar para além das 38. no referido post o triptofano! aconselhou-me o velastisa da isdin. não tinha sido opção pois o achava caro de mais (27€ em média). decidi comprar - se tinha conseguido manter a minha pele sã até lá... não se justificava a forretice!

 

estrias e gravidez

 

 

 

o creme era efetivamente muito bom. não era nada gordo; era super bem absorbido pela pele e cumpriu o seu papel. a textura do creme, que espalha facilmente, faz com que a embalagem dure muito, não ficando assim tão caro por utilização.

 

a pequena nasceu às 41 semanas e nem uma estria deixou na minha barriga. outro aspeto que notei foi que a pele não ficou tão flácida como eu imaginara.

5 coisas que comprei durante a gravidez ... e me arrependi

com o entusiasmo da gravidez e a vontade de acautelar tudo, assim que soube que estava tudo bem com a pequena, desatei a adquirir o que era essencial para a gravidez e a minha estadia na maternidade.

 

quando se é novo nestas andanças cometem-se alguns erros. partilho aqui os meus! as coisas que comprei e que mal usei.

 

- roupa de grávida. não aumentei muito de peso, praticamente só fiz barriga e a minha gravidez só se começou a notar descaradamente ao quinto mês. consegui usar muita da minha roupa “normal”. as únicas  peças essenciais específicas de grávida são as calças/saias e sutiãs, pois é nos seios e na barriga que se fazem sentir as grandes transformações.

 

claro que com a felicidade da gravidez comprei várias camisolas que mal usei…aliás há uma que nunca usei! estive em lojas que uma mesma peça estava na zona de mulher e na zona de pré-mamã. por isso, quem se conseguir conter poupará muito dinheiro em peças que não necessitará; até porque em muitos casos a roupa de grávida (camisolas, túnicas e vestidos) fazem-nos aparentar ter o triplo do tamanho! as nossas camisolas de algodão ficarão obviamente mais justas…mas ficam com um ar taaaoooo fofo … depois é só evitar que as pessoas lá vão enfiar as patitas!

 

- cinto de grávida para o automóvel – provavelmente será do modelo do meu carro ou da forma da minha barriga, mas esta peça não fez sentido algum. o cinto do automóvel encaixava perfeitamente na base da barriga, não me magoando. como em muitas ocasiões partilhava o carro com o mais.que.tudo era um tira e põe do cinto de grávida, que há terceira, foi de vez.

 

compras de grávida

 

 - uma caixa xl de discos absorventes para os mamilos - só usei na primeira semana e uma dúzia teriam chegado! várias foram as descrições que ouvi dos mamilos a dispararem leite tipo pistolas de água. os meus foram bastante discretos. na primeira semana cheguei a usar os discos, mas atrapalhavam mais do que ajudavam e como tinha apenas alguns pinguitos, deixei de usar.

 

- uma embalagem de cuecas para incontinência. estas cuecas foram a minha escolha para a maternidade. e deram um jeitão. como pedi amostras às empresas que as fabricam (a várias), estas foram suficientes para suprir as minhas necessidades … ter comprado a embalagem não se justificou – sim, sou uma papa borlas 

 

- camisas de dormir de manga comprida/quentes para levar para a maternidade. como a princesa nasceria no inverno vai de comprar as camisas de noite mais quentinhas. claro que esqueci completamente o quente que estão os quartos da maternidade por causa dos bebés! big, big mistake! – valeu a minha irmã que me emprestou as dela 

 

 

 

partilha de mamãs no blogue: 

 

- "comprei uma bomba tira leite que nunca usei" - wonder woman

 

- "discos absorventes e os discos de silicone para seios [...] Sobraram-me também pensos XL para o pós parto" - o triangulo perfeito

 

 

 


nota: neste aspeto dos produtos para amamentação, o meu conselho é que as futuras mamãs se informem e decidam o que desejam adquirir, mas que não o façam até ter certeza que necessitarão. há coisas como as máquinas de extração que são dispendiosas e as mamãs podem não conseguir amamentar e não precisar.

 

 

 

 mamãs que por aqui passam, partilhem a vossa experiência e se as mamãs bloggers tiverem post sobre este tema enviem-me o link - depois atualizo o post. 

12 coisas que aprendi com a gravidez

1 – a gravidez é um mundo de incertezas. eu detesto incertezas. o não saber a cada dia como estava a bebé. se tudo estava a desenvolver-se como devia. o saber que por mais exames que fizesse só teria a certeza (???) de que estaria tudo bem quando a tivesse nos braços.

 

2 – as pessoas têm dificuldade em compreender que a barriga de uma grávida “não é do povo”, faz parte do seu corpo e da sua intimidade; que não se pode andar indiscriminadamente a passar a mão ou fazer festinhas!

 

3 – a gravidez não nos torna frágeis, mas também não temos de tentar ser super mulheres. numa perspetiva de que “a gravidez não é doença” muitas tentamos mostrar a normalidade das nossas vidas - tretas do século xxi em que as mulheres são capazes de tudo o que os homens são, sempre!

 

mas calma lá, se os homens não conseguem ter filhos (entenda-se engravidar) quer dizer que haverá uma diferençazinha entre nós, certo? vamos respeitar o nosso corpo, os nossos bebés. somos um casulo que deve, dentro da normalidade possível, procurar as melhores condições (físicas, psicológicas e emocionais) para um percurso harmonioso e equilibrado.

 

4 – todos sabem tudo sobre a gravidez, menos nós. todos sabem o que é melhor para nós - o que nos faz mal, o que nos faz bem - mesmo que muitas vezes as opiniões se contradigam.

 

5 - a generalidade das pessoas, independentemente do género, idade, classe social ou educação, genuinamente simpatizam com uma mulher grávida - não sei bem porquê. 

 

6 – até ao último momento tudo pode acontecer. tudo pode mudar. tive uma gravidez mega certinha e na véspera de nascer a pequenina decidiu “por-se em pé” – não sei como conseguiu, com a falta de espaço que tinha e considerando o seu tamanho, mas a verdade é que conseguiu virar e dificultar tudo.

 

7 – as mulheres são diferentes, as gravidezes também. a gravidez está cheia de mitos. por exemplo, a minha princesa nasceu mega-hiper cabeluda e eu, nunca tive azia durante a gravidez!

 

8 - vamos adquirir um novo léxico. palavras e conceitos que nem sabíamos existir. algumas vão criar-nos ansiedade "rolhão mucoso", outras receio "mastite", outras... tantas outras... lá sei eu 

 

9 – não vamos precisar nem de metade das coisas criadas, promovidas e vendidas para grávidas.

 

10 -  é questionável a necessidade/utilidade de muitas das coisas que vamos comprar para o bebé (a minha bebé nasceria em novembro, comprei um ninho de anjo que certamente seria necessário para a manter quetinha, nunca o usei!).

 

ninho de anjo

 

ninho de anjo

 

 

 

11 - não somos nós que decidimos quando o bebé nasce. não há sexo, subida e descida de escadas, pilates, rezinhas ou mezinhas que despachem a criatura se ela entender que não lhe apetece!

 

12 – a gravidez é um estágio para a maternidade: as privações, as inseguranças, as incertezas, o medo, a cumplicidade, o amor, os sonhos… a ternura que brota em nós.

 

coisas sobre gravidez

 

 imagem retirada daqui

 

 

maternidade daniel de matos

fatores vários levaram a que a minha princesa guerreira nascesse, numa cesariana de emergência, na maternidade daniel de matos (unidade que integra o centro hospitalar e universitário de coimbra).

entrei nas urgências da maternidade daniel de matos com contrações que tinham iniciado há mais de 24h. após registo, toque e ecografia verificou-se que a princesa guerreira estava em “pélvica” ou seja, com o rabinho para baixo e a cabeça para cima. a obstetra decidiu de imediato que o parto seria por cesariana.

toda a equipa médica foi extremamente competente. a vigilância nas últimas horas foi feita regularmente para assegurar que tudo correria bem. só tenho a agradecer o cuidado e profissionalismo de toda a equipa.

a minha princesa guerreira teve algumas questões quando nasceu o que implicou a intervenção diária dos pediatras de “turno”. a visita de anestesista e obstetra era também diária. equipas extremamente profissionais.

nunca cheguei a saber o nome do obstetra que me fez a cesariana, nem da médica que o assistiu (nem dos médicos que lhes seguiram nas visitas diárias). de todos os pediatras que viram a minha princesa só sei o nome da pediatra que a recebeu ao nascer e que teve a atenção de me vir acalmar dizendo “está tudo bem” (dra. lígia). houve uma pediatra que tratou do estudo clínico da princesa e que eu nunca vi e que nunca chegou a ver a bebé.

desde que entrei nas urgências, passando pelo bloco operatório e até ao dia em que tivemos alta, houveram profissionais que merecem todo o destaque e meu sincero agradecimento: a equipa de enfermagem.

profissionais sempre atentas, com palavras de conforto e com o cuidado de explicar todos os processos e/ou situações.

em cinco dias de “estadia” na maternidade lidei com várias profissionais de enfermagem e estagiárias, tendo estilos diferentes – quer no trato quer na amplitude do sorriso-, todas foram excecionais nos cuidados e orientações que prestaram.

de entre as grandes profissionais que nos acompanharam na maternidade daniel de matos, é impossível não destacar as excecionais, sem desprimor para as demais, mas com merecida distinção! deixo o meu muito obrigada à enfermeira margarida que me fez sentir toda a experiência e aconchego de uma mãe, sempre firme e cuidadosa, motivadora e com palavras de ânimo (nem imaginam o esforço que fiz em não chorar no momento da despedida – cheia de medo de dar aquele ar de mulher com descompensação hormonal!). e à enfermeira sónia que foi de um profissionalismo e empatia indiscritível. guardo o dia em que fez dois turnos seguidos, após ter entrado de manhã, à meia noite desse dia veio vernos e teve o cuidado de partilhar connosco os resultados dos exames que tinham sido feitos (de manhã) à nossa bebé. com muita calma e atenção esclareceu as nossas dúvidas e acalmou os nossos corações. um mimo também para a estagiária ana  em que se adivinha uma excelente profissional - contém em si toda o cuidado para com as pessoas com quem lida e um extremo afeto pelos bebés.

na maternidade daniel de matos encontrei excelentes profissionais de saúde, mas são as enfermeiras (no feminino, pois não lidei com nenhum profissional de enfermagem do sexo masculino) a quem mais agradeço todo o apoio dado nos momentos de maiores incertezas e fragilidade emocional; profissionais 100% completas, a nível técnico e humano 

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imagem retirada daqui

 

podem ver aqui a minha experiência com a cesariana e o parto normal

uma viagem de nove meses

uma viagem de 9 meses

 os últimos meses têm sido uma viagem com muitos altos e baixos.

a viagem começou com a certeza da tua existência, com a felicidade de saber que irias fazer parte das nossas vidas.

por feitio, paranoias e receios mantive-te escondidinha, só o papá e eu sabíamos da tua existência.

o papá achou que era egoísmo não partilhar a boa nova com aqueles que sabíamos que te iriam amar desde o momento que soubessem de ti… mas a mamã continuava com muito medo de gritar ao mundo tão grande fortuna. aos poucos fomos revelando a tua existência.

depois veio o receio, o medo. achámos que não estavas bem, que não iriamos conhecer-te. o sonho transformou-se em pesadelo; em ânsia, em diversas formas de medo. medo de perder-te ainda antes de conhecer-te. entre exames e resultados foram as duas semanas mais duras que já vivi, perdi o norte, não conseguia concentrar-me e a lágrima estava sempre à espreita. quando chegaram os resultados não fui capaz de os ler. foi o papá -sempre forte e determinado-, que me deu a boa nova: tudo estava bem contigo! tenho esse momento gravado em mim, pormenor a pormenor.

tens sido uma bebé maravilhosa, tens sido um docinho para a mamã. sem enjoos, azia ou dores. vá, tiraste-me o sono algumas noites, mas como dizem “é um estágio para o que aí vem”.

já imaginamos cada bocadinho de ti. discutimos o teu nome. preparamos o teu quarto.

estamos todos à tua espera. não te faças de rogada. faz favor de nos dar um ar da tua graça.

 

nota: não é para pressionar, mas ouvi dizer que se não saíres por tua iniciativa … vais receber, em breve, uma ordem de despejo … coerciva!

quanto tempo o tempo tem?

o tempo é uma coisa estranha. sempre o soube.

a sua gestão é - muitas vezes - uma ilusão.

quando precisamos que “corra devagar” transforma-se numa veloz avestruz. quando precisamos que “se despache” até o mais lento caracol parece ser capaz de o ultrapassar.

o mais fantástico é quando vivemos as duas situações em simultâneo. num mesmo momento na vida temos coisas que passam a voar e outras que se eternizam!

estou atualmente a viver esta ambivalência temporal. por um lado não tenho tempo para nada, por outro a catraia demora uma eternidade a dar um ar da sua graça ao mundo.

estou paradoxalmente presa entre o desejo de ter mais tempo e o desejo que o tempo passe depressa.

 

the persistent of memory.jpg

 a perssitência da memória - salvador dalí

combate às estrias durante a gravidez

cremes

as estrias são um dos pesadelos para as grávidas.

eu, que já possuo algumas desde a adolescência, senti que esta seria uma das minhas maiores lutas (já que a barriga ainda estava imune a esta praga).

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aconselharam-me iniciar a luta assim que engravidei. eu muito obediente assim fiz. "fui à loja" e lá estava uma promoção da halibut  derma mamã ... 2 x 1 ... tendo boas referências da marca, comprei. com boa textura (nutritiva sem ser excessivamente gorda) e boa absorção foi um creme que satisfez as minhas necessidades durante o primeiro trimestre.

li e ouvi muito sobre óleos hidratantes e decidi adiciona um à minha rotina. encontrei um em promoção num site e encomendei: just for mums. gostei muito do óleo por ser super fácil de aplicar - usava-o à noite. foi também a minha opção para férias pois os seus 50ml permitiam-me levá-lo na bagagem de cabine.

ao finalizar o segundo semestre a sentir a barriga em tensão, a esticar no - que me parecia - o seu limite, decidi que deveria intensificar a hidratação recorrendo ao sempre aconselhado creme gordo e à nova moda, o bio-oil (optei pelos dois produtos pois gostei da rotina de creme de manhã e óleo à noite):

o creme gordo da barral é  maravilhoso. estou fã. é denso mas com boa absorção. transmite-me segurança.

o bio-oil deixa-me indecisa em comparação a outros óleos (com preços mais simpáticos). é sem dúvida um excelente produto hidratante e com boa absorção, não sei é se é melhor que os outros e se é compensadora a diferença de preço.

 

pelo caminho ficam outros produtos que não me convenceram e por isso abandonei:

- creme gordo da vasenol: é um creme hidratante para os primeiros meses de gravidez, mas de todo não me convenceu para a exigência do último trimestre;

- creme gordo da wells: uma desilusão! uso-o como um creme hidratante normal para o corpo!

- cocoa butter da palmers: é um creme que me desagradou quer pela textura - dura, tinha de a derreter nas mãos antes de aplicar-, quer pela difícil absorção.

 

até agora só posso dizer que a minha "barriguinha" mantém-se livre de estrias…mas a verdade é que o “pior” está por vir. vamos lá ver se as minhas escolhas correspondem às minhas expetativas!

 

ando ko

sabia que ter filhos rouba a possibilidade de dormir descansada.

o que ninguém me disse é que isso podia começar bem antes deles nascerem!

ainda tenho dois longos meses pela frente e já não consigo dormir em condições 

ando uma autêntica zombie!

gif retirado daqui

 

o que tem apaziguado o meu mau humor, falta de humor ou estado de transe, são as pessoas.

tenho estado a realizar várias entrevistas e muitas delas à população sénior... da rija! pessoas com 70, 75, 80 anos com ótimo aspeto físico e mobilidade,  bem como, detentoras das suas competências cognitivas.

estas senhoras e senhores fazem-me acreditar que ainda tenho, pelo menos, igual número de anos que já vivi, para viver!

o que quer dizer que poderia agora, neste momento, voltar a nascer, recriar-me, reinventar-me, descobrir novas paixões!

talvez seja com a maternidade que comece esta nova vida. e ao contrário da anterior, quero saboreá-la com calma, sorrir aos seus encantos, viver os seus desafios ao limite e deixar-me envolver por cada nova experiência.

 

mas gostava também, muito, de dormir!

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imagem retirada daqui

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