março ainda agora começou e eu já suspiro pelas férias de verão. até andava bastante equilibrada enquanto o sol mostrava o seu encanto. chega a chuva e parece que todas as minhas energias nela se dissipam.
é incrível como o sol pode influenciar tanto as nossas energias. a sua luz desperta-nos para as coisas boas da vida e o seu suave e quente toque envolve-nos num manto de conforto.
em dia de carnaval, suspiro pelo sol.
eu e todos aqueles e todas aquelas que trabalharam arduamente para trazer cor e festa às ruas das várias cidades onde o carnaval e rei. vamos admitir que não é muito justo que tenham de lidar com chuva no dia de hoje…e na verdade assim tem sido nos últimos anos.
eu sei, vivemos em portugal e estamos no inverno, mas mesmo assim; são pedro podia ser amigo dos foliões!
com estas parcas palavras e o meu desejo de sol, desejo-vos um carnaval bem passado da forma que mais gostarem de o aproveitar (sobretudo para quem não trabalha hoje!) – o sofá no quentinho da lareira é também uma excelente opção! por cá vamos cumprir a tradição e vamos comer o cozido do entrudo … farei um grande esforço em comer um das minhas igualais prediletas da gastronomia portuguesa: o belo do cozido!
gosto de comer. adoro experimentar coisas novas. adoro sabores complexos, mas também os delicados. a criatividade na cozinha apaixona-me, mas também o saborear a nossa cozinha tradicional - este país, de brandos costumes, é uma ode ao prazer de comer.
uma das coisas que gosto em viajar é experimentar coisas novas, quer seja em portugal ou pelo mundo fora.
com a bebida acontece o mesmo (quentes, frias, naturais, processadas, com e sem álcool – o importante é a sua irreverência).
até há pouco tempo não tinha percebido a importância que o paladar tinha para mim. de como pode afetivamente ser uma fonte de prazer.
heis alguns exemplos:
- queijo da serra amanteigado, uvas e vinho tinto .o sabor característico e intenso do queijo da serra é suavemente domado pela uva – que o aprisiona respeitando a sua personalidade e permitindo-o mostrar o melhor de si. o quente e aveludado do (bom) vinho tinto (alentejano ou do douro) funde-se com o sabor deixado na boca, transformando-o em algo delicadamente intenso, que apela à contemplação do momento numa relaxante descompressão.
- café expresso (delta), puro e sem açúcar, e magnum caramel & nuts. um gole de café amargo, quente e intenso põe o palato em alerta; este estremece com a trica no crocante e estaladiça gelado, abrindo caminho ao doce e frio sabor da nata que deixa escorrer do seu interior o suave caramelo. uma diversidade de texturas, temperaturas e sabores que me deixam simplesmente em êxtase!
- espumante e ostras. comer uma ostra é sentir o mar a invadir a nossa boca. delicada e salgada, a sua suave textura brinda-nos com uma sensação única. beber o espumante, é como ter, na nossa boca, o mar a banhar areia – o suave e fresco borbulhar, na quente e ansiosa areia.
bem…só de recordar já tive o meu momento do dia!
o meu paladar e as memórias que me traz são uma grande fonte de satisfação! por isso não deixo nunca de o mimar
espero que 2018 tenha sido um ano pleno para todos vós, que tenham aproveitado as nossas propostas do guia de lazer para 2018 e que se sintam inspirados para construir um 2019 ainda melhor.
à semelhança do ano anterior convidei os leitores desde singelo blog para partilhar as experiências de lazer que mais tinham gostado em 2018. juntando todos os contributos, deixo-vos o nosso guia para 2019 … aproveitem-no para se (mais) felizes partilhando (bons) momentos com quem amam.
obrigada a todos e a todas que contribuíram para darmos boas ideias de viagem a quem por aqui passa
os meus agradecimentos também à célia, à mãe maria, à sonhadora, à célia, à mãe coruja, que embora não tenham partilhado informações sobre destinos deixaram algumas sugestões.
(um local de belas vistas e excelente para belos manjares; a destacar: "beira-mar" e "quinta do martelo" - peixes diversificados, polvo delicioso e a alcatra da ilha terceira)
vistas e paparocas
cornucópias
(não esquecer também as d.amélia - dizem que as melhores são no "o forno" em angra do heroísmo)
s.miguel é uma verdadeira perdição no que se refere a comida.
os ananases são excecionais, o facto de serem defumados dá-lhes um sabor único.
o chá verde vê aperfeiçoado o seu sabor.
os licores ordenam controlo, a sua diversidade faz-nos querer provar "outro" e “outro” e “outro” …
os queijos...ai os queijos!
as lapas também são do mais tradicional que há – não amei mas acho que são de “prova” orbigatória
a kima, para quem gosta de sumos com gás, é de provar (ananás e maracujá), assim como a cerveja especial – nos açores beber os açores
o vinho foi, para mim, uma desilusão...mas tão bela ilha não podia abarcar tudo
tive várias dicas de restaurantes de pessoas amigas que têm família em s.miguel que agora partilho convosco:
a não perder
ponta delgada
forneria são dinis | excelente vista, muita pinta e comida de qualidade feita no forno a lenha. local a não perder. os preços são médios (pagamos 19€ por pessoa, com vinho e sem sobremesas). aconselho a pizza da ilha e bife forneria.
cais 20 | local idóneo para comer marisco. muita qualidade e doses bem servidas - uma dose dá perfeitamente para duas pessoas! os preços são médios (pagamos 23€ por pessoa, com vinho e sem sobremesas).
a tasca | excelente restaurante de tapas aberto até às 2h00 da manhã :) decoração típica, gente simpática e muita qualidade. aconselham a fazer reserva.
ribeira grande
associação agrícola | para quem adora carne de vaca – que é o meu caso - este é um local a não perder em s.miguel. carne magnífica (aqui faz sentido o "do prado para a sua mesa"), preparada por quem sabe, servida num ambiente simpático. aqui come-se qualidade a bom preço (média de 15€ por pessoa sem sobremesa).
por toda a ilha
piqueniques | tanta beleza natural convida a simpáticos piqueniques com excelentes condições nos diversos miradouros ao longo da ilha. são também bem-vindos após as descidas para as lagoas e os saltos.
a considerar
furnas
o miroma | foi o restaurante escolhido para degustar o cozido das furnas. exige reserva previa, feita no próprio dia – de manhã, caso se pretenda comer o cozido (média de 18€ pp). já tinha ouvido comentários menos simpáticos sobre o cozido das furnas e embora admita que o prato não é nada de especial (de referir que não sabe a enxofre como li em diversos post) creio que é “obrigatório”, para ter a experiência completa das furnas.
sete cidades
lagoa azul | restaurante buffet que vale pela possibilidade de experimentar diversos pratos. restaurante simples e acolhedor. bom preço (13€ pessoa)
alojamento
em ponta delgada fiquei no b&b private room in ponta delgada, um hostel pequeno com o conforto necessário (casas de banho partilhadas), ambiente acolhedor, simpatia dos anfitriões que nos fazem “sentir em casa” com cozinha / sala de refeições sempre com bebidas e biscoitos disponíveis; excelente pequeno almoço; excelente localização (34€ quarto duplo com pequeno almoço).
em vila franca do campo a escolha foi o islet view. uma casa de habitação acolhedora; o quarto era enorme e com excelentes condições o pequeno almoço era divinal. a localização razoável (35€ quanto duplo com pequeno almoço).
em capelas fiquei alojada no acorsonho apartamentos turísticos o complexo de apartamentos é muito interessante, o apartamento era enorme e com excelentes condições, tinha dois quartos e acolhia duas pessoas na sala, alojando perfeitamente 6 adultos (68€ noite sem pequeno almoço).
nas furnas pernoitei no hotel vale verde, excelente opção pelo preço, simpatia, serviço e localização (69€ quarto triplo com pequeno almoço).
a veneza portuguesa, para além dos deliciosos ovos moles e das tripas doces, é rica em variada gastronomia.
as minhas sugestões para comer na cidade:
.1. tasca do confrade – na emblemática praça do peixe encontramos este restaurante de comida e decoração tradicional. excelente comida (qualidade e confeção) e um atendimento humilde e simpático (rua dos marnotos, nº34)
.2. giz – o meu restaurante de tapas em aveiro! (para quem deseje pratos completos é também uma excelente opção), com uma decoração que aposta nos pormenores. alguns imperdíveis: carpaccio de novilho, revueltos de alheira com espargos verdes, petinguinhas fritas, espetinho de camarão com queijo panado e muito mais (rua engº von haff 34)
.3. pizzarte – seguindo a minha paixão por comida italiana impossível não destacar este restaurante. tudo é delicioso e bem confecionado, a minha preferência cai sempre pelos crepes – de frango ou salmão e rúcula! (rua engº von haffe, 27)
aguardo que partilhem outros locais interessantes para se comer em aveiro
sinto a necessidade intrínseca se sair, conhecer, viver!
quando passo algum tempo sem “sair” à descoberta de novos locais sinto uma inquietação difícil de explicar.
esta necessidade de conhecer novos locais, descobrir odores, diversificar o paladar, vibrar com novos ritmos (música, língua, cidades …) existe em mim desde que me conheço, paralelamente à minha constante insatisfação. as viagens alimentam-me de vida!
o lado b desta minha ânsia é que se satisfaz com a novidade quer seja no perú ou em piodão. não exige magnificência ou luxos. muitas vezes são as coisas mais simples que nos surpreendem ou encantam; outras é a sumptuosidade de grandes obras da natureza ou da humanidade.
estas férias andei pelo interior alentejano e vim de “barriga cheia”. portugal é belo, já sabia… as pequenas vilas e cidades alentejanas são adoráveis, descobri agora! cada local uma nova descoberta de beleza e características únicas, com uma gastronomia irresistível… e os vinhos… ai os vinhos!
a constante presença de castelos e muralhas, as estreitas ruas com pormenores catitas, os rios e barragens... foram pontos de deslumbramento. andei por:
.mértola cidade em que fiz a minha adaptação às elevadas temperaturas… umas horas na praia fluvial da mina de são domingos ajudou no processo. almocei um gaspacho soberbo no restaurante migas e o alojamento foi na casa rosmaninho com uma excelente esplanada e decoração antiga bem integrada
.moura onde no o vermelhudo comi as melhores migas desta minha viagem. o centro histórico é belo, com um jardim cativante nas noites de verão. a desilusão foi o hotel moura que embora o belíssimo edifício e bom pequeno almoço, o quarto que nos atribuíram tinha condições mínimas e até as toalhas estavam rotas
.monsaraz deslumbrou-me com a sua beleza e a sua vista sobre o alqueva (aconselho a visita de barco à barragem com possibilidade de mergulho … memorável)
ver o por-do-sol desde as muralhas do castelo de monsaraz é uma experiência imperdível e um jantar na esplanada do xarez é ideal para encerrar com distinção um belo dia. o alojamento foi no outeiro do barro (reguengos de monsaraz) decorado com muito bom gosto, um pequeno almoço com produtos locais de alta qualidade e a atenção e simpatia de quem recebe
.vila viçosa justificou a passagem para a visita ao seu castelo e ao paço ducal-muito bem conservado e com visita guiada
.estremoz exigiu uma vista a zona histórica e à herdade das servas onde encontrei o vinho branco herdade das servas colheira selecionada 2015 que se tornou o meu preferido deste verão!
.santa eulália (próximo de campo maior) proporcionou-nos um paraíso em terras alenjanas! na casa da ermida de santa catarina, alojamento rural com pormenores deliciosos (assim como o seu pequeno almoço) uma vista genial e a possibilidade de andar de caiaque pelas águas da albufeira do caia.
.cáceres (tão perto impossível não dar um salto à nossa vizinha espanha) fez-nos descobrir uma maravilhosa vila medieval excecionalmente bem conservada. destaco o jantar divinal na taperia alboroque e o alojamento no nh collection cáceres palacio de oquendo (belo edifício bem localizado e com gente simpática)
.portalegre deslumbrou-me com a sua zona histórica. ficámos alojados no rossio hotel – jovem hotel com excelentes condições e pequeno-almoço.
.montargil mais uma paraíso por mim desconhecido. uma extensa e bela barragem e um alojamento fenomenal no monte de portugal ideal para encerrar com chave de ouro as férias. destaco a simpatia da anfitriã, com miminhos e cuidados para o máximo conforto, pequeno almoço com produtos frescos e “caseiros”. a herdade produz um azeite divinal! um almoço na petisqueira alentejana (ponte de sor) encerrou a degustação da gastronomia alentejana com umas deliciosas costeletas de borrego.
diz-se que: quando organizai estas férias a escolha do itenerário prendeu-se com o baixo orçamento e as complicações do mês de agosto nas zonas mais “veranis”... há limitações que vêm por bem!
este post é referente às minhas férias de verão 2016 #repost
a cidade do porto é linda e repleta de boa gente. a sua deliciosa gastronomia é, sem dúvida, outro aspeto a enaltecer!
a oferta de restaurantes é diversa e estes são, por enquanto, os meus preferidos:
.1. lado b – para a bela da francesinha. afirmando que têm a melhor francesinha do mundo têm o que para mim é the best: um molho com um ligeiro toque picante! (rua de passos manuel 190/192, frente ao coliseu).
.2. abadia do porto. comida tradicional portuguesa com confeção de excelência e uma carta de vinhos extraordinária (rua ateneu comercial do porto, 22/24)
.3. la ricotta – gastronomia italiana deliciosa e a um preço acessível. ok não é gastronomia local, certo. mas para quem, como eu, adora comida italiana, esta é uma excelente escolha! ao almoço (incluindo fim-de-semana) existem menus por 12,50€ cuja composição é deliciosa, a começar logo pelas entradas! (rua de passos manuel, nº18)
como sou rapariga de bom garfo aceito as vossas sugestões de restaurantes na cidade do porto...até porque rumo a norte este fim-de-semana
sou fã confessa da cidade de coimbra. adoro perder-me na zona antiga. tantos recantos para explorar!
fico encantadas com as estreitas ruas, cheias de pessoas sedentas por beber de toda a histórias que estas comportam.
hoje, de regresso de uma das minhas incursões pela cidade, a caminho da estação “velha” de comboios senti aquele ratito que, no meu caso, tem de ser atendido ou vira fera!
de frente para a estação desci a rua da direita, visto que à esquerda temos o estonteante mondego, e no final da rua encontrei a loja dos pastéis de chaves. entrei e analisei a oferta. embora adore, fugi do tradicional pastel de vitela. a minha escolha recaiu para o de frango e chili… simplesmente orgásmico!
se puderem façam uma visita… são divinais e a oferta é diversificada.
ai que agora, só de lembrar, fiquei com água na boca!
o.mais.que.tudo. é fã incondicional da bela da francesinha.
a mim, confesso, passa-me ao lado. aliás sou mesmo daquela que pede francesinha mas manda tirar quase tudo: linguiça, mortadela, fiambre… estou a imaginar o ar horrorizado dos amantes puristas da francesinha
como por amor tudo se faz…e porque gosto de uma fresca super bock…sempre que dá o desejo de requinte ao amor, lá vou eu.
ele é fã incondicional do capa negra II (parece que também há uma capa negra I mas esse não conheço), por isso este é por norma o restaurante escolhido.
eu gosto de variar e experimentar, por isso cometi a loucura de propor experimentar outro! ele, por norma, acede a pedidos (razoáveis) da minha parte. assim, iniciei a minha pesquisa pela net, queria encontrar um mesmo bom!
tinha lido que há sempre fila de espera, mas como íamos para um almoço tardio de sábado (15h30) não teríamos problemas… errado!
havia uma .l.o.n.g.a. fila, o funcionário disse-nos que o tempo médio de espera seria 1h. ora bem, almoço tardio implicava que a fomita já se manifestava…portanto para mim era impensável esperar mais uma hora!
o.mais.que.tudo. olhou para mim com aquela cara de “vamos ao capa negra II” e eu respondi verbalmente: não. há outro nesta rua que dizem que também é bom!
assim, numa olhadela para o lado (sim porque é mesmo ao lado) vislumbramos o lado b que se autointitula “a melhor francesinha do mundo desde 2013”.
tinha lido boas referências. nele havia também uma generosa fila. fomos informados que o tempo de espera seria de, no mínimo, meia hora.
estavamos no momento decisivo (é terrível estar à espera num restaurante, com fome, e ver toda a agente a comer. cruel até!).
a fila do outro era maior e eu, teimosamente não queria ir ao habitual capa negra!
optámos por esperar e para minimizar o esforço esperamos ao balcão enquanto malhávamos um fino (na verdade foram - era a ansiedade!)
não sou especialista neste típico prato portuense mas a francesinha estava deliciosa, o molho tinha um leve toque picante, o paladar, a textura, a temperatura tudo divinal! efetivamente a melhor que já comi. se é a melhor da cidade? não sei. mas que é muito boa, é!
terei, numa próxima vez, de acampar junto do café santiago para ver se a qualidade da sua francesinha faz jus à sua fama!
e para vocês, onde se come a melhor francesinha do porto?