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mami

viver | amar | sentir | pensar | lutar | conquistar | desafiar | refletir | descobrir | experimentar | partilhar | aprender | acreditar | sonhar * ser mãe sem me perder de mim *

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4 livros para o desfralde

livros para crianças

o desfralde por cá foi um pequeno pesadelo.

provocado por mim.

após o verão a miúda iria para a escola pública e eu queria a todo custo que já fosse sem fralda. 

estive mal.

não é mentira que temos que respeitar os seus timings (eu sabia-o, mas decidi, tontamente, ignorar este facto).

criei uma situação desagradável para mim e para ela, que durou o verão todo!

quando desisti de pressionar, e quando ela quis, gradual e serenamente, deu-se o desfralde.

um dos sinais que deu de que estava preparada para iniciar o processo foi o aceitar a leitura de livros sobre o assunto. na fase conturbada, negava-se a ler as histórias, ignorava os livros sobre o assunto.

hoje partilhamos convosco os livros que nos acompanharam neste processo de emancipação das fraldas 

nonô e o bacio

nonô é uma personagem muito fofa e com personalidade. um dia é surpreendida com um novo objeto que a mama traz para casa: o bacio! a historia mais não é do que a adaptação da personagem à realidade que este novo objeto trouxe.

sem género, permite a identificação da criança com a personagem.

 

 

apreciação mami:  o livro tem ilustrações lindas, as páginas são plastificadas, portanto à prova de crianças pequenas; é um livro muito resistente e de fácil limpeza. é muito fácil a identificação da criança com a personagem e com as suas peripécias.

apreciação pg:  foi a primeira história para o desfralde que usamos. ela gostou muito da nonô e conseguiu acompanhar muito bem a história, conseguindo contar o que ia acontecer de seguida. foi muito fácil dizer-lhe: “vamos fazer chichi no bacio como a nonô?” 

 

autoras: sibylle delacroix 

editora: booksmile

dimensões: 17cm x 17cm

preço: 7€ (preço médio)

 


e depois das fraldas?

livro interativo sobre uma criança que descobre o bacio e vai acompanhando o pequeno leitor na mesma descoberta. a criança começa por interrogar o que é aquele objeto “a brincar com ele”, passando depois a explicar a sua utilização.

apreciação mami : o livro apresenta-se com uma linguagem direta e relacionada com o universo da criança. as “patilhas” e “janelas” são de fácil manuseamento e são resistentes. imagens bonitas e interação muito bem conseguida.

apreciação pg : foi dos livros que mais a prendeu na fase do desfralde. a facilidade com que interage com o livro, dando-lhe autonomia na sua exploração foi um dos aspetos que mais a cativou. conseguiu facilmente criar empatia com a criança da história.

 

autoras: marianne bogardt e maxie chambliss

editora: dom quixote

dimensões: 17,2 cm x 17 cm

preço: 4,90€ (preço médio)

 

a orquestra do bacio

livro musical e interativo com belas ilustrações de uma orquestra muito especial. o pinguim dirige a orquestra onde os animais produzem os seus sons fazendo chichi e/ou cocó no bacio.

 

 

apreciação mami :  o livro é apelativo e engraçado, mas a meu ver não cumpre a sua função. Não é de fácil compreensão para a criança o objetivo do livro. Outro aspeto menos positivo é o facto de as folhas serem de papel pouco resistente para este tipo de livros mais interativos. Um aspeto que considerei interessante foi o terminar com o apanhado de todos os sons o que nos permite trabalhar com a criança a identificação dos sons, possibilitando trabalhar o vocabulário e à criação de relações.

apreciação pg :ela adora animais, e gosta imenso de interagir com os livros, portanto adorou o livro e riu-se imenso com os sons.

livros para o desfralde

 

autoras: guido van genechten 

editora: minutos de leitura

dimensões: 25,6 cm x 21,5 cm

preço: 15€ (preço médio)

 

posso espreitar a tua fralda?

um ratinho muito curioso é o protagonista desta história com abas que permitem espreitar a fralda dos amigos. numa linguagem simples e apelativa o ratinho vai vendo que os seus amigos têm cocó na fralda. quando estes lhe pedem que mostre a sua, ele mostra orgulhoso uma fralda limpa porque já faz cocó no bacio.

 

antes de entrar na aventura do desfralde achava, inocentemente, que o processo se dava em simultâneo para o chichi e para o cocó. por cá não foi assim. houve bastante resistência a fazer cocó fora da fralda. este livro foi muito importante para desconstruir essa situação.

apreciação mami:  o livro tem ilustrações muito bonitas e as abas funcionam muito bem (e são resistentes). o texto é claro, com bom ritmo e é apelativo (acho que nunca vou compreender a graça que o “cocó” tem para a miudagem!).

apreciação pg: adorou a história. achou muita graça aos animais e aos diferentes cocós. manuseava com facilidade as abas e reproduzia, ao jeito dela, a história. 

autoras: guido van genechten 

editora: minutos de leitura

dimensões: 25,5 cm x 26,4 cm

preço: 12€ (preço médio)

ser mulher continua a não ser fácil

reflexão sobre o dia da mulher

ser mulher continua a não ser fácil e não é um ramo de flores, descontos de 50% na newsletter de produtos de beleza ou a criação de um vinho rosé chamado woman que muda a situação – estes são apenas alguns exemplos com os quais fui confrontada nos últimos dias.

o dia internacional da mulher, cuja origem podem explorar aqui, mais não é do que a luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades e pela não descriminação. parece coisa do século passado…e até é, pelo menos a criação da data, mas na verdade de forma mais ou menos explicita continua a ser necessário gritar a viva voz que ainda não são dados os mesmos direitos e oportunidades a mulheres e homens.

mas não é isso que me apraz explorar hoje. venho apelar à reflexão sobre como podemos andar (algumas de nós) perdidas com esta questão do ser mulher emancipada e moderna. sobre a nossa vontade de fugir de estereótipos e preconceitos relacionados com a beleza, com a inteligência, com a emotividade, com a independência, com a maternidade, com a capacidade de fazer isto ou aquilo (por uma questão de género)… e como podemos estar a oprimir quem nós somos ou quem nos educamos.

sem querer podemos estar a alimentar o preconceito por oposição. porque não aceitar que efetivamente podemos ser tudo, ou melhor que gostar de determinada coisa não implica não ser capaz de outra. será que não é possível ser-se engenheira aeroespacial, bonita e gostar de acompanhar o big brother?! ou ser esteticista, gostar de música clássica e ler saramago? ou optar por ser mãe a tempo inteiro, passar o dia a ouvir os caricas e à noite ver o national geographic? ou ser empreendedora, passar o dia em reuniões e à noite atirar-se no sofá, a ver qualquer coisa sem interesse real, a beber um copo de vinho enquanto afaga o seu caniche?

ser mulher não implica encaixar num padrão. assim como ser homem também não.

confesso-vos que muitas vezes sinto-me aprisionada por esta questão do ser mulher e não querer desonrar o género. mais ainda, desde que me tornei mãe, sinto o peso da responsabilidade da educação de uma futura mulher e de um futuro homem. e questiono muitas vezes se pelo peso cultural e emancipatório que carrego, não estarei a forçar em algumas coisas um caminho que poderá não ser o que eles naturalmente escolheriam. sei que faço bem em escolher os desenhos animados a que assistem, para que vão ao encontro dos princípios e valores que defendo. que abolir estereótipos de género como as cores que vestem ou as brincadeiras que fazem é o correto. mas será que se a miúda quiser fazer ballet eu devo conduzi-la para o salto em comprimento? ou se ele quiser fazer salto em comprimento eu o deverei conduzir ao ballet? se ela quiser ser educadora de infância a deverei conduzir para engenharia? se ele quiser estudar polímero dos materiais eu deverei sugerir design?

sei que não. que não tenho o direito de os usar como bandeira de nada. que só pensar nisto é alimentar o estereotipo e o preconceito. e é esta desconstrução que tem ainda um longo caminho a ser desbravado. sobretudo porque os extremismos estão ainda muito presentes.

este meu receio ilustra uma mulher independente, com um profissão que lhe dá uma vida confortável, e com gostos ecléticos, que não se sente ainda confortável com esta questão da igualdade de género, por não acredita nela, e que, de alguma forma, contribui para que esta continue a ser uma questão pelo seu comportamento de oposição muitas vezes desnecessário.

 

dia da mulher

 

sei que poderei recear a influência do contexto cultural e do contexto educativo fora do agregado familiar, mas que não tenho o direito de manipular ou castrar a minha filha ou o meu filho. viver a liberdade é mais difícil do que defende-la. porque a liberdade plena (caso exista) deverá ser desprovida de qualquer estereótipo, preconceito ou juízo de valor.

 

 

livros para explicar a chegada de um irmão

livros infantis

a nossa decisão de ter um segundo filho esteve relacionada com o facto de desejarmos que a pequena tivesse uma relação fraterna. ambos temos irmãs/irmãos e para além das felizes relações que temos em adultos, temos memórias únicas de situações da nossa infância (das mais ternurentas às mais, como posso dizer… de sobrevivência).

queríamos que ela tivesse uma irmã /um irmão, mas será que ela queria? claro que não. nesta idade (dois anos) quer a omnipresença dos pais e toda a atenção destes. por isso, assim que a barriga se tornou visível, começamos a falar-lhe do bebé que vinha a caminho. ela nunca se mostrou interessada no assunto. dizia que o bebé estava na barriga da mãe, quando as pessoas – compulsivamente – lhe perguntavam pelo mano (tive que por um ponto final a essa persistência, pois se a miúda queria ignorar a situação havia que dar-lhe tempo, para além de ela querer que lhe falassem dos lindos “totós” ou do bem que dançava, não do bebé).

como ela adora livros, estes foram, obviamente, a estratégia adotada para aprofundar o assunto da chegada do bebé. mas mais uma vez ela impôs as suas preferências. aceitou muito melhor o livro que faz uma abordagem ao tema através da fábula, do que aqueles que o fazem através da representação de figuras humanas.

 

 

à espera de um irmãozinho

 

à espera de um irmãozinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

um livro com desdobráveis que permite “espreitar” o que vai acontecendo dentro da barriga da mamã que vai ter um bebé.

ao longo da história a maria, criança pequena que vai ter um irmão, manifesta várias emoções (cólera, ciúme, admiração, felicidade) e a mamã e o “mano” vão reagindo às mesmas.

o livro tem muitas potencialidades para exploração do desenvolvimento do bebé, à medida que a barriga da mamã cresce, bem como das emoções que a irmã mais velha vai experimentando.

 

 

apreciação mami:     a linguagem é simples e objetiva. a criança (irmã mais velha) vai sendo interpelada de forma clara. as personagens e as ilustrações são “reais”  e a história do livro acompanha a “evolução” da gravidez. permite trabalhar as várias emoções, proporcionando a identificação da leitura com a personagem (maria).


apreciação pg:    a pg gostou dos desdobráveis (ela gosta de tudo o que lhe permite interação). no entanto, o facto de ser tão objetivo e de a confrontar com uma realidade que lhe é desconfortável, nem sempre estava “disponível” para o explorar. (nota: tem entre 22 a 26 meses no momento de exploração do livro)

 

autora: marianne vilcoq 

editora: minutos de leitura

dimensões: 12,9 cm x 24,1cm

preço: 9€ (preço médio)

 

mais um

 

mais um

 

para além do tema central da chegada de (mais) um irmão, é abordada a questão temporal, através das estações do ano, e características associadas aos vários animais que participam na história, por exemplo, o pica-pau trabalha a madeira, a ovelha tricota a lã.

ao longo da história a criança vai integrando o conceito de fraternidade e das vantagens de ter um irmão (sobretudo através das brincadeiras que juntos poderão fazer), as emoções são trabalhadas de forma positiva (curiosidade, espectativa, …) e “todos” são envolvidos nesta aventura da chegada de mais um elemento da família.

 

 

 

apreciação mami:     o livro apresenta-se numa linguagem apelativa para as crianças. é muito rico em pormenores e aborda vários aspetos tendo imensas possibilidades de exploração. segue uma ordem cronológica e cada nova introdução de conteúdo/informação conclui com o sumário das anteriores, trazendo ritmo à história.

apreciação pg:      adorou a história, as personagens (adora tudo o que envolve animais) e as imagens. interagia com as personagens e, passado algum tempo de exploração do livro, contava a história com entusiasmo.

 

autora: marc taeger e olalla gonzález 

editora: kalandraka

dimensões: 19,1 cm x 26,2cm

preço: 14€ (preço médio)

 

 

camila tem um irmão

 

a camila tem um irmão

esta história tem a particularidade de incluir o pai em todo o processo em que a personagem descobre que vai ter um irmão e lida com as emoções que esta nova situação desperta, ficando gradualmente entusiasmada por ser a irmã mais velha.

trouxemos o livro da biblioteca mas não o trabalhamos. a pg não mostrou interesse, quiçá será adequado a crianças mais velhas (pelo texto e pela forma como as situações são abordadas).

 

autora: aline de pétigny e nancy delvaux 

editora: asa

dimensões: 22,3 cm x 22,8cm

preço: 6,50€ (preço médio)

 

vai chegar um bebé

este foi um livro que não lemos porque na altura não estava disponível na nossa biblioteca, mas que me pareceu muito interessante pelas vária pesquisas que fiz. é um livro editado pela caminho, escrito  por john burningham que conta com as belas ilustrações de helen oxenbury.

 

nota: a pg tinha entre 22 a 26 meses no momento de exploração dos livros

a regra dos quatro presentes

estou numa luta para mudar os meus comportamentos, numa perspetiva de minimalismo e de combate ao consumismo (um dos meus pecados capitais - versão séc. xxi).

não sou ambientalista (acreditando que o “ista” pode ser sinónimo de conhecedora de), mas acredito que tod@s nós temos de repensar comportamentos e melhor gerir as nossas opções. a economia circular e a reutilização a meu ver não são chavões da moda, mas sim uma tendência para reduzir o nosso impacto negativo no mundo que nos acolhe.

o natal é por si um apelo ao consumismo. a vontade de agradar a quem amamos e o bombardeamento de coisas que há por todo lado faz-nos desejar tudo! e, como diria o outro (que nunca sabemos quem é o outro), a carne é fraca.

presentes-natal.jpg

no que toca às crianças, sobretudo às nossas, pequenos seres merecedores do mundo, parece que tudo lhes faz falta e que nada é demais para os fazer felizes. mas, em boa verdade, elas têm imensas dificuldades em lidar com muitos estímulos em simultâneo, e o receberem muitos presentes faz com que não valorizem verdadeiramente (quase) nenhum; para além de quê, na maioria das vezes, o que as faz dar gargalhadas e serem felizes não são coisas!

num momento de morte aos neurónios, quando passava pelo feed do facebook, encontrei um artigo, num site espanhol que acompanho, sobre a regra dos quatro presentes de natal para crianças, mas que acredito que se aplique também para o aniversário ou outras datas em que sejam merecedoras de afagos materiais.

as regras são simples e, como quase sempre, bastante óbvias. o objetivo é procurar o equilíbrio, permitir que a criança valorize o que recebe e mantenha acesso o desejo.

fiz uma breve pesquisa junto do dr. google e não consegui descobrir a sábia mente que criou estas regras, pelo que não podendo citar uma fonte, cito a sra. “é tão óbvio que me apetece esbofetear-me por não ter pensado nisto”.

as quatro regras são então:

.1. uma peça para usarem (roupa, calçado ou acessórios)

.2. um livro

.3. algo que ela precise (para a escola, para o desporto que pratica ou o seu passatempo preferido …)

.4. algo que deseje (por norma bem espelhado na carta que escreve ao pai natal – um sinal da mudança dos tempos é quando uma carta ao pai natal tem uma lista de presentes e não apenas “aquele” presente tão desejado)

os tais especialistas afirmam também que estes presentes têm de ser selecionados tendo em conta a idade e as características/gostos da criança, devendo favorecer a interação social e com o meio envolvente/natureza, contribuindo para o saudável e harmonioso desenvolvimento físico, cognitivo e emocional – ou seja, coisa pouca!

este natal já não vou a tempo de cumprir com a regra dos quatro presentes – compro tudo com muita antecedência para ter a certeza que está tudo perfeito no dia (montado e verificada a usabilidade) e também para fugir ao stress das prendas de última hora-, mas intuitivamente safei-me nas características que as prendas devem ter (ufa).

assim, a minha pequena de dois anos vai receber: um triciclo que promove o desenvolvimento motor e a coordenação, a resistência a frustração e a persistência, bem como, favorece as atividades ao ar livre! (um ponto para a mami!); uma cozinha que promove o desenvolvimento da imaginação e a interação social, ambos através do “jogo do faz de conta” (e vão dois pontos para a mami); o livro “da cabeça até aos pés” de eric carle que para além de promover o gosto pela leitura convida o pequeno “leitor” a imitar os movimentos das várias personagens  e a relação afetiva com o seu/sua companheiro/a de leitura (desenvolvimento cognitivo + motor + emocional, boa mami! mais um ponto); dois jogos: um de encaixe e outro de equilíbrio, ambos visando o desenvolvimento de competências cognitivas e de motricidade fina (aqui a mami por ultrapassar o n.º de presentes aconselhado não ganha pontos!)

confesso que nesta idade não considero os objetos de vestuário, calçado e afins como presentes, vejo-o como um bem essencial – embora assuma que ultrapasso em larga medida o que é essencial, mas juro que estou a trabalhar no sentido de melhorar esta característica!

bom natal e boas compras – controladas e certeiras!

 

nota: o site que inspirou este artigo

boa viagem bebé!

há muito que nas vos falo das nossas leituras 

o livro, por cá, continua a ser o brinquedo favorito. uns encantam-na mais do que outros, mas está sempre disponível para os explorar e interagir com eles.

no outro dia deliciei-me quando a "apanhei" a "ler" a história de um dos seus livros preferidos. é maravilhoso o efeito que os livros têm no desenvolvimento da criança.

boa viagem bebé é um livro que a fascinou desde o início (tinha ela 16 meses) - foi aconselhado pela debora, e é esta uma das magias dos blogs e das redes sociais: partilhar o que de bom vamos encontrando.

ainda hoje - com 24 meses - o "lê" com fascínio. gradualmente foi reparando em vários pormenores (graças à riqueza das ilustrações - que se apresentam de uma simplicidade complexa e estruturada) e interagindo com a história (a forma como o texto está escrito apela a esse envolvimento).

na contracapa encontramos um "apanhado" de vários objetos que são apresentados na história, possibilitando a diversificação e exploração do vocabulário da criança.

 

boa viagem bebé!

 

 

apreciação mami:  as ilustrações são geniais. o livro está cheio de pormenores que vai captando a atenção da criança. o texto é simples mas intencional, descreve as rotinas do bebé na hora de ir para a cama. a forma como está escrito leva a criança a interagir com o texto. o livro é de capa dura e as páginas são resistentes.

apreciação pg:  ela adora-o! interage com a história e identifica os vários elementos que se destacam, sobretudo aqueles que são apresentados na contracapa - excelente para o desenvolvimento do vocabulário.

 

 

 

autora: beatrice alemagna 

editora: orfeu negro

dimensões: 15,9 cm x 20,6 cm

preço: 10€ (preço médio)

missão pijama

no primeiro ano do blog, em 2016, partilhei aqui a minha experiência, enquanto tia, com o dia do pijama.

agora, em 2019, enquanto mãe, a minha visão é um pouco menos entusiástica. 

como podemos ler no site da 'mundos de vida', entidade responsável pela iniciativa, que coincide com a comemoração da convenção internacional dos direitos da criança, "o dia nacional do pijama é um dia educativo e solidário feito por crianças que ajudam outras crianças." e é assim que eu conheci este dia, e com esta base que louvei a iniciativa.

no entanto, este ano, em que a minha pequena participa pela primeira vez na iniciativa, sinto um grande vazio na missão da iniciativa. a pequena não faz a mínima ideia do que se trata, para ela, honestamente, ir de pijama para a escola ou ir com outra roupa é exatamente a mesma coisa - não consegui perceber se abordaram o tema na creche e não sei se ela conseguiu perceber o que eu lhe tentei transmitir. quando esta manhã cheguei à "escola", o pessoal estava todo 'empijamado' e a agir como se de uma festa de disfarces se tratasse. nas redes sociais as partilhas de crianças fofas a irem de pijama para a escola estavam por todo lado - elogiando a fofice dos próprios, mas sem alusão alguma à causa que este 'dia' aborda. como se isto já não bastasse para desvirtuar o dia reparei também que várias marcas aproveitaram o dia para oferecer descontos na compra de pijamas, visando obviamente o aumento dos seus lucros. sinto assim que de uma causa solidária se passou a mais um dia para brincar ao faz de conta e promover o consumo.

isto deixa-me triste!

o objetivo solidário na comemoração deste dia é importante para a sensibilização dos mais novos sobre as diferentes realidades sociais e familiares existentes, mas tem de ser tratado com a seriedade e o respeito que o tema exige.

missão pijama

(imagem retirada daqui)

coisas que se ouvem

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estou numa conferência.

apresentam-se dados científicos.

e parece que: estar em processos de aprendizagem diminui o risco de obesidade! 

e num breve flashback várias noites a estudar para os exames, enquanto devorava pacotes de bolachas com pepitas de chocolate, passaram pela minha mente.

senhores investigadores tenho a informar que: há exceções!

claro que isto do estar em processo de aprendizagem é muito abrangente. mas, se exigir exames, provas ou outras fontes geradoras de stress estou em crer que muitos, como eu, abusam no açúcar enquanto passam várias horas sentados ou deitados a estudar!

calma, sei que engordar “um pouco” e obesidade não é a mesma coisa. mas o modo como as coisas foram apresentadas punham tudo na mesma saladeira!

 

 

uma experiência com a pedagogia montessori

os nossos interesses vão variando ao longo da nossa vida, estando muito relacionados com os contextos e situações que vamos experienciando. a maternidade fez-me entrar num novo universo. havia muito para descobrir e aprender. sendo curiosa por natureza, iniciei a viagem com entusiasmo. fui encontrando muitas coisas interessantes – outras assustadoras, na maternidade há fundamentalismos que arrepiam a espinha.

 

uma das descobertas que considerei muito ricas, dado o meu interesse pela leitura e a vontade de partilhar essa paixão com a pg, foi o grupo de facebook “contos e livros de inspiração montessori portugal”.  acho o conteúdo do grupo muito interessante, enriquecido pelas partilhas dos seus membros. convidei uma das administradoras do grupo a partilhar connosco a sua experiência com a pedagogia montessori e a sua aplicação à leitura. a diana foi muito gentil em aceitar o convite e extremamente generosa na sua partilha.

 

 

mães, pais, boadrastast, padrastos, tias, tios, avós, avôs, amigos e amigas, educador@s, professor@s…  leiam e deixem-se inspirar!

 

contos e livros de inspiração montessori portugal

(fotografia cedida pela diana com um dos livros que está a explorar com a filha de 6 anos)

 

 

quem é a diana? 

A Diana é um ser em construção, que vive em busca da luz para iluminar as suas sombras e auto-questionamentos. Habita na vida mundana e material, procurando cada vez mais viver em verdade e em movimentação calma.

A maternidade trouxe essa verdade, a do amor. A partir daí, nasce uma outra Diana - a Mãe. De todos os papéis diários, o de Mãe é o mais profundo, autêntico e curador. Não foi propriamente fácil aceitar esta realidade, porque eu achava que não era assim tão “mãe”. Com o tempo, percebi e aceitei que trazer um novo ser ao mundo é entrar numa esfera de transformação. Recebo essa transformação de coração aberto e aprecio cada momento. Agradeço todos os dias por essa verdade e transformação.

Ser mãe, levou-me ao reencontro da minha espiritualidade e desenvolvimento pessoal, e à descoberta de caminhos inesperados, como  a vivência do método montessori.

 

 

quem foi maria montessori?

No google encontram muita informação sobre Maria Montessori. Aqui, vou escrever o que representa para mim. Maria Montessori foi uma mulher de luz. No passado,  graças a ela, muitas crianças tiveram oportunidade de potenciarem o seu desenvolvimento. No presente, temos um legado de informação disponível para aplicarmos com as crianças de hoje e da nova era.  Maria Montessori olhou para a essência da criança e trabalhou para que essa essência fosse respeitada. Para mim, Maria Montessori é daquelas almas únicas que vieram à Terra com uma missão transformadora.

 

 

como entrou em contacto com a pedagogia montessori?

Sincronicidade. Durante os anos que dei aulas e formação, estudei diferente métodos pedagógicos e estratégias, mas nunca me tinha encontrado com o método montessori. Quando fui mãe, a sincronicidade foi perfeita, e aí essa informação chegou em flecha.

 

 

como explicaria, a quem nunca contactou com a pedagogia, em que é que ela consiste?

É uma resposta muito pessoal, porque cada um terá  a sua própria experiência. Não consigo dar uma definição certa (apesar de se encontrar no google), como às vezes as pessoas gostam de ouvir. Posso apenas falar da minha vivência. Para mim, é uma forma de vida, é um todo. É uma pedagogia de amor que se constrói ao ritmo da criança. É um olhar de humildade para com a criança. Talvez, seja mesmo isso, uma lição de humildade para o adulto. O adulto transforma-se ao trabalhar em si o método. Se não houver transformação do adulto, dificilmente é possível aplicar o método seja em contexto familiar, seja em contexto escolar. Montessori é mais do que um método pedagógico, é um encontro intenso com a essência da criança.

 

 

quem o desejar como pode aprofundar o seu conhecimento sobre esta pedagogia?

Quem quiser aprofundar o seu conhecimento deve ler os livros de Maria Montessori. São a fonte principal.

Pode também acompanhar as partilhas  no grupo “ montessori portugal” e neste grupo encontram muita informação e links para blogues escritos em português, muito interessantes.

 

 

porque optou por usar esta pedagogia na educação da sua criança?

Senti que me fazia sentido e segui a minha intuição. Assim, simples. Depois, foi deixar fluir e observar se continuava a fazer sentido. Fez sempre.

 

 

é administradora no facebook do grupo “contos e livros de inspiração montessori portugal”, como surgiu o grupo?

As redes sociais têm este lado bom, da conexão de mães que criam grupos de interesse comum, onde partilham e fazem imensos contributos. Este grupo surgiu por iniciativa de mães que valorizam muito os livros e a leitura na educação dos filhos. Todas as mães que participam ativamente, agregam muito valor às nossas vidas. Sou apenas um membro do grupo, administradora, seguidora, tanto faz… que tem sido enriquecido por outras mães bastante participativas. Aliás, é graças a essas pessoas e blogues que conhecemos muitos livros interessantes.

 

 

ao escolher um livro quais os principais critérios que temos de verificar para que se enquadre na pedagogia montessori?

Nos primeiros anos da criança, privilegiam-se livros com imagens reais ou com ilustrações próximas da realidade. Evitam-se livros fantasiosos, animais que falam, muito abstratos e saturados de imagens/texto/informação.

O livro é uma ferramenta poderosa para a criança construir a sua ideia do mundo. Em caso de dúvida, quando escolhemos um livro enquadrado no método, devemos ser atentas a este dado. Optar por livros que lhes mostrem o mundo de uma forma real, amorosa e simples. As crianças merecem esse reconhecimento.

 

 

quer deixar algumas “dicas” ou sugestões a quem quiser experimentar a pedagogia montessori na leitura para bebés e crianças? (livros, sites, estratégias)

- Seguir os grupos “contos e livros de inspiração montessori portugal”, “montessori portugal”. São boas fontes de informação, com muitas dúvidas já esclarecidas em diversos comentários.

- Seguir o grupo  “leituras descomplicadas - Livros para miúdos e graúdos” , que é de uma mãe muito ativa no tema de leitura infantil mais abrangente;

- Simplificar a biblioteca de casa, escolhendo livros de qualidade;

- Observar os interesses de leitura da criança, em qual tema mostra mais alegria em visualizar/ouvir/ler;

- Criar espaços com livros, espalhados pela casa;

- Criar uma rotina de leitura com as crianças;

- Deixar, junto dos livros, materiais para desenho e pintura. Assim, depois de lerem, podem desenhar algo inspirado no livro.

- Levar à biblioteca local e deixar explorar;

- Assistir a encenações/narração de contos em eventos ou bibliotecas.

 

ian

"ian nasceu com paralisia cerebral. como todas as crianças, ele quer ter amigos..."

lindo e enternecedor!

uma excelente ferramenta para trabalhar o respeito e a inclusão junto dos mais novos.

 

 

 

alerta aos mais sensíveis:

não vejam em locais públicos pois há uma forte probabilidade de as lágrimas brotarem.

 

ian

 

 

leitura em voz alta

a leitura é uma paixão que, como muitas outras, se constrói.

são muitas as vantagens da leitura regular. e é desde cedo que a sua importância se manifesta no desenvolvimento do ser humano.

a visão apresentou um artigo sobre um estudo norte-americano que prova os benefícios de ler aos bebés de seis meses, e destaca que “não é só a leitura em si que importa, mas também a conversa com os bebés, neste caso a propósito dos livros.” o ler a história, acompanhar as imagens, interpelar a criança tem efeitos duradouros na capacidade de leitura e literacia das crianças. faz ainda referência a um outro estudo onde as crianças envolvidas, em idade pré-escolar, às quais “eram habitualmente lidas histórias mostravam maior atividade [ressonância magnética] nas partes do cérebro que ajudam à compreensão das narrativas e visualização das imagens.”

 

ler para a minha pequena é um momento de brincadeira. não o consigo fazer antes de a deitar, pois ela gosta de mexer de interagir e fica alerta e não relaxada. é um momento de intimidade e partilha. há coisas desenvolvidos nesses momentos que são só nossas, uma linguagem de gestos e sons, que só nós entendemos. o livro, que nesta idade é ainda (aparentemente) bastante simples, baseado em imagens e palavras, é um meio para eu perceber o que vai naquela cabecinha, os conceitos que entende e as relações que já faz. ao longo da exploração do livro ela interpela-me, questionando ou contando-me a história (através de uma linguagem bastante simples que relaciona sons, palavras, expressões faciais e gestos).

 

no dia 1 de fevereiro assinala-se o dia mundial da leitura em voz alta. nós, mães e pais, lê-mos regularmente em voz alta, somos quase especialistas. estudos vários mostram que a leitura em voz alta não é um aspeto positivo apenas para os filhotes que nos ouvem, é para todos aqueles, pais ou não, que a praticam.

 

o plano nacional de leitura lançou os desafios de leitura em voz alta, para assinalar este dia e, quem sabe, criar novas práticas de leitura (poderá encontrar aqui outras propostas).

 

desafio de leitura em voz alta

imagem retirada daqui

 

aventuram-se?!

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