já fui uma princesinha que sonhava com o seu dia de reinado.
aos 20 anos já tinha tudo planeado.
aos 25 decidi avançar.
aos 26 dei por terminada tamanha loucura.
após decidir avançar com o casamento começamos a projetar o próximo ano: arranjar um espaço onde morar, organizar um casamento, preparar a viagem de lua de mel...
recém licenciados, o dinheiro era curto. um dia estávamos a discutir a aquisição de um LCD. eu estava a tentar ser racional e sugerir uma aquisição contida pois teríamos de ter também dinheiro para a nossa viagem. foi aí que o meu ex-mais-que-tudo assinou a sua sentença: "para que vamos gastar dinheiro indo para um lugar se podemos ter o mundo numa televisão top?" a imagem que tenho desse momento foi a de um cachorrinho que primeiro pasma e depois roda a cabeça para tentar compreender o que está a ser dito. após segundos desta postura canina argumentei "ver e viver são coisas completamente diferentes!". não obtive a compreensão que esperava sobre este assuno e ele também não.
este episódio não levou ao final da nossa relação, mas suscitou o principio do fim. nesta simples situação percebi que tínhamos visões diferentes do que queríamos para a nossa vida e passei a estar mais atenta a pequenas situações. por exemplo, eu trabalhava longe, fazia diariamente 120km para ir trabalhar. no final do primeiro ano decidi mudar-me para a localidade onde trabalhava - pela distância e pela necessidade do meu espaço, depois da faculdade foi muito difícil readaptar-me a viver em casa dos meus pais. o meu ex-mais-que-tudo para além de se opor - como se tivesse esse direito - ainda teve a lata de envolver os meus pais na confusão. esse foi o ponto final. e o pensamento: "como é que esta postura possessiva e redutora me passou ao lado ao longo de 5 anos de relação?" resposta imediata: 5 anos de faculdade e um namoro de fim-de-semana!
quando não há responsabilidades e decisões um relacionamento pode ser perfeito. quando se começa a perspetivar uma vida e a ser adulto começamos a perceber o que queremos e o que não queremos. e eu queria poder decidir o que era melhor para mim. fazer o meu caminho. atingir as minhas metas.
depois deste episódio não voltei a pensar em casamento. e que se entenda que não o digo com tristeza ou desilusão, mas sim com pragmatismo.
na minha vida adulta acompanhei muitos casamentos. vi muita coisa que me desagrada: dependência, possessividade, traição, submissão... assisti também a muitas coisas boas: cumplicidade, companheirismo, dedicação ... mas no fim o saldo nunca me convenceu, sobretudo quando entrava o divórcio e se descobriam obscuros, dívidas... e um rol de problemas.
claro que os prejuízos e benefícios das relações são semelhantes entre os casados e os que vivem em união de facto. a diferença é a facilidade com que podemos bater com a porta e tratar das questões legais. sei que é também esta diferença que pode levar a um investimento e entrega menor. mas é a procura do equilíbrio e da felicidade que guia a nossa conduta e as nossa decisões. lamento não acreditar no amor para sempre mas a vida mostrou-me que esse tem edição limitada e é só para os elegidos!
a união de facto foi para mim uma excelente opção, assegurando os benefícios e limitando os riscos.
ontem voltei a pensar no casamento.
em conversa com uma mulher que muito admiro, viúva recente em que desconhecia a sua história, falou-me do marido, da sua doença e da luta de ambos. a determinado momento da conversa disse-me que passados 29 anos de viverem em união de facto decidiram casar. a razão? ela poder tomar decisões sobre a doença/tratamento do marido. referiu situações em que se sentiu posta de lado e ambos temeram que se ele perdesse faculdades eles deixariam de ser ouvidos. foi super engraçado ouvi-la a relatar o seu dia de casamento, com total despreendimento e como um processo administrativo e burocrático como tantos outros. não casou pela ilusão de uma amor, casou para ter a certeza que perante a lei poderia fazer o seu papel de cuidar e garantir os desejos de com quem construiu uma vida.
a união de facto é reconhecida pela lei, os direitos dos cônjuges estão assegurados, mas na prática ainda se encontram entraves e dificuldades ... pelo menos em meios mais pequenos.
diz-se que: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades ... mudam-se as motivações.
embora as questões de violência doméstica não tenham como vítimas exclusivas as mulheres (86%), estas continuam na linha da frente das estatísticas nacionais.
ontem assinalou-se o luto hoje assinala-se a vida!
vamos civicamente apoiar esta causa, não virar a cara e estar presente para quem muitas vezes grita por ajuda no tortuoso silencio de um olhar desesperado.
alguns formas (conhecimento, divulgação, partilha) de apoiar esta luta:
a comissão para a cidadania e igualdade de género disponibiliza um guia de recursos online na área da violência doméstica para profissionais que trabalham na área. "Neste Guia, pode encontrar os recursos existentes nesta rede nacional de apoio, com desagregação específica por categorias (Estruturas de Atendimento a Vítimas, Forças de Segurança, Saúde, etc.) e por distrito ou ilha de cada Região Autónoma."
foi lançada em novembro de 2018 a campanha #VamosGanharALutaContraAViolência (no âmbito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres - 25 de novembro)
existe desde 1998 um serviço telefónico, 24 horas por dia / 365 dias por ano, de informação gratuito, anónimo e confidencial , para apoiar as vítimas de violência doméstica (800 202 148). "Esta linha conta com profissionais especialmente formados/as para atendimento a vítimas de violência doméstica, que prestam informação sobre os direitos das vítimas e sobre os recursos existentes em todo o território nacional e onde pode ser obtido apoio psicológico, social e informação jurídica."
muitas vezes a falta de informação faz com que as vítimas não usufruam de todos os seus direitos. mais uma vez o conhecimento é poder! "O sistema de teleassistência a vítimas de violência doméstica surgiu da necessidade de garantir proteção e segurança às vítimas e diminuir o seu risco de revitimação."
a apav - associação portuguesa de apoio à vitima tem como missão "Apoiar as vítimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade, gratuitos e confidenciais e contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas, sociais e privadas centradas no estatuto da vítima." se a quiser ajudar na sua luta, "sem gastar nada", pode doar 0,5% do seu irs.
um amigo partilhou hoje no facebook um vídeo que mostra claramente o sexismo ainda hoje patente no nosso dia-a-dia (mas fico orgulhosa pelo vídeo ser partilhado por um dos meus gajos pois destaca a reflexão sobre o assunto )
o vídeo é de uma miúda de 8 anos, a daisy, famosa no facebook - Lolly and Doodle e com canal no youtube. poderia fazer um longo post sobre crianças de 8 anos que têm (sabemos que não são elas o motor) páginas e canais nas redes sociais, e sobre o que essa exposição e postura poderá trazer para o desenvolvimento da sua personalidade, mas não será esse o caminho que irei seguir...hoje.
no vídeo a daisy (a mãe ou a prima) faz uma excelente comparação entre as mensagens estampadas em t-shirts para meninas e para meninos. uma diferença abismal na qual, confesso, nunca parei para pensar.
sendo eu, desde que me recordo, uma princesinha, nunca fui muito limitada pelo que dizia a roupa que vestia, mas na verdade creio que nada dizia. vestir um vestido aos folhos e andar à bulha com meninos não era incompatível. sempre fui fã da shena - a princesa guerreira, mas também adorava a branca de neve. a minha mãe nunca me impôs que "me portasse como uma menina" e o meu pai nunca me limitou nas minhas saídas e aventuras.
a liberdade da educação que recebi foi mais determinante do que a roupa que vestia, talvez por isso nunca prestei atenção às mensagens subliminares. no entanto a forma como esta miúda apresenta a questão neste breve vídeo é muito interessante. daquelas coisas obvias sobre as quais nunca pensei!
diz-se que: vou ao roupeiro analisar o que ando por aí a dizer com a minha roupa, porque isto não é só um assunto de crianças!
gosto de ter nascido num país livre e democrático.
a história poderia ser outra.
poderia ter nascido noutro país no qual pelo simples facto de ter dois cromossomas x, poderia não ter direitos, poderia não ter escolhas. podia ver os meus sonhos vetados ou quiçá nem seria capaz de sonhar.
ontem, a propósito do dia internacional da rapariga, pensei nisto.
li dados sobre o não cumprimento dos direitos humanos (educação, saúde), a descriminação e a violência contra as mulheres, ocasamento infantil ou mutilação genital. direitos negados, práticas ultrapassadas.
tenho grande respeito pela cultura de cada povo. é de grande pretensão avaliar e julgar estando de fora. no entanto, quando da vida humana se trata, não deverá ser a diferença de um cromossoma que ditará a supremacia da cultura sobre a integridade física e psicológica.
desde 2014, quando a jovem paquistanesa,malala yousafzai, recebeu o prémio nobel da paz, a luta pelo direito à educação ganhou um rosto, e muito já se fez.mas há ainda muito a ser feito.
enquanto mulher ser humano fico chocada com muito do que leio. queimada viva foi dos livros que mais me custou a ler. durante a sua leitura só pensava na sorte que tive em nascer onde nasci.
estive este ano no dubai. não querendo entrar muito na religião, mas sendo aqui quase inevitável, considerei sempre a religião muçulmana opressora das mulheres (reconheço a minha análise ocidental e com pouco aprofundamento sobre a matéria, pois o que chega a nós é sempre o pior).
voltando ao dubai. visitei a mesquita jumeirah (bela obra arquitetónica) e de extrema simplicidade no seu interior (um espaço de culto sem ostentação - como me pareceu que deve ser). no entanto, lá está a minha veia profissional em destaque, o que mais me cativou foi "quem" e "como" é realizada a visita. a visita, feita por uma mulher, é enquadrada no projeto "open doors, open minds" do centro para o entendimento cultural sheikh mohammed. de forma simples e com bom humor desmistificou muitas das ideias preconcebidas sobre a mulher na cultura muçulmana; por exemplo referiu que o uso de burka é uma escolha de cada mulher (claro que desconfiada como sou, questiono a veracidade total do testemunho).
independentemente de tudo o que foi feito e há a fazer pelo reconhecimento do direitos das raparigas e das mulheres, reitero: tive a sorte de nascer neste país à beira mar plantado
sou a favor da despenalização da eutanásia / morte medicamente assistida.
acredito que uma pessoas que acompanhou a agonia de alguém que ama (o verbo apresenta-se no presente pois a morte rouba-nos a pessoa mas não o amor que por ela sentimos) é favorável a esta decisão.
há dores tão intensas que embora se sintam não nos arrasam, pois sabemos que essa dor é finita ou está envolta em esperança.
quando sabemos que a dor só terá fim com o fim da vida; que ela não acabará pois já venceu todas as batalhas possíveis, prolongar a vida de dor de uma pessoa é, a meu ver, pura crueldade.
também há a dor silenciosa de quem se perdeu de si em consequência de um acidente ou doença. quando se tem a consciência de que não mais voltará a ser quem foi ou será quem sonhou ser. quem solta gritos mudos e o onde o seu olhar suplica clemência.
como referi aqui acredito que cada indivíduo tem o direito de decidir sobre a sua vida e, consequentemente, sobre a sua morte. acho que deve ser uma decisão baseada numa reflexão apoiada por especialistas (mesmo se se tratar da inclusão desta decisão num testamento vital ou algo semelhante); mas uma decisão da pessoa, com toda a liberdade que as suas decisões têm.
sou a favor da despenalização da eutanásia e não da eutanásia. a decisão de por termo à vida é uma decisão individual. não me compete decidir sobre o poder de decisão dos outros.
se, por questões legais, for chamada a decidir sobre o por termo à vida de alguém (coisa que espero jamais aconteça), farei-o em função daquilo que a pessoa me tenha transmitido. será certamente uma das decisões mais difíceis da minha vida, mas sei que faze-lo é um ato de amor. aceitar a decisão do outro, respeitar a decisão do outro e resistir à vontade egoísta de prolongar a sua presença para satisfazer as minhas necessidades ou acalmar a minha consciência.
este não é um tema fácil de decidir, nem de legislar. admiro a postura do psd em dar liberdade de voto aos seus deputados (independentemente do sentido de voto), pois este tema vai muito além de cores políticas ou decisões partidárias.
penso, agora, que sobrevalorizei esta minha suposta característica.
talvez não era assim tão sensível ou, quiçá, não era sensível às coisas mais importantes.
mas isto do que é importante é também relativo.
estava, há umas semanas atrás, a ver num noticiário uma reportagem sobre algumas situações na guerra – não me recordo qual-, fiquei emocionada com um pormenor que suspeito que há meses não me abalaria tanto: era apresentada uma criança de três anos que pesava 7 quilos. instintivamente olhei para a minha princesa de 3 meses e 6 quilos! houveram segundos de irrealidade. retrocedi o programa (maravilha das box) para verificar que tinha ouvido bem, olhei para a criança e pensei em todas as limitações cognitivas que já teria.
lembrei-me do meu .mais.que.tudo., noutra situação, referir que não podemos comparar o desenvolvimento cognitivo (intelectual e cultural) de povos europeus e africanos, não porque haja uma superioridade racial, mas sim porque existem grandes diferenças nas condições da satisfação das necessidades básicas (alimentação, habitação, segurança, saúde, afetividade …). não podem ser colocadas na mesma tabela comparativa realidades completamente diferentes.
enquanto existirem desigualdades, enquanto se ignorarem realidades como a desta menina de três anos, vamos ter diferentes níveis de desenvolvimento e de acesso às oportunidades. irrita-me que quem tem poder para fazer alguma mudança permita que parte da população mundial não possa desenvolver todo o seu potencial.
fico feliz pela minha filha ser uma afortunada, mas ficaria ainda mais feliz se a realidade da minha filha fosse a norma.
a 11 de outubro de 2011 a onu - organização das nações unidas - instituiu o dia internacional das raparigas.
“Recognizing that empowerment of and investment in girls, which are critical for economic growth, the achievement of all Millennium Development Goals, including the eradication of poverty and extreme poverty, as well as the meaningful participation of girls in decisions that affect them, are key in breaking the cycle of discrimination and violence and in promoting and protecting the full and effective enjoyment of their human rights, and recognizing also that empowering girls requires their active participation in decision-making processes and the active support and engagement of their parents, legal guardians, families andcare providers, as well as boys and men and the wider community (…)”
procura-se assim alertar para a situação das raparigas no mundo, procurando contribuir para a diminuição (e utopicamente a erradicação) da violência e discriminação de que são alvo, promovendo os seus direitos enquanto seres humanos.
perante o cenário mundial não posso negar o meu contentamento pela minha menina nascer num país como o nosso - por eu ter nascido no nosso país, que embora com várias questões sociais a resolver, respeita os seus cidadãos, não os descriminando em questões de género (não vou entrar aqui na temática do acesso a lugares de liderança, pois tenho uma perspetiva própria em relação a esse acesso)
a liberdade de expressão é uma das maiores conquistas dos povos; assim como, a defesa dos nossos direitos fundamentais, entre os quais o direito ao trabalho “toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.” (declaração universal dos direitos humanos, artigo 23º)
que o emprego e as suas condições andam, em portugal, pelas ruas da amargura é já do conhecimento de todos. têm havido várias mobilizações promovidas por sindicatos e não só, numa perspetiva de luta pela melhoria das condições dos trabalhadores.
confesso que esta situação dos enfermeiros está, a meu ver, a tomar proporções descabidas. a saúde e a educação são duas áreas sensíveis para a qualidade de vida (e desenvolvimento) da sociedade. quiçá por isso, é verdade, deveriam ser mais acarinhadas pelo estado; mas não o sendo, acredito que os profissionais não podem abdicar do código de ética que rege a sua profissão e por em causa os seus utentes, aqueles que à partida motivaram a sua vocação.
quando li esta manhã “cerca de seis mil cirurgias adiadas” senti tristeza. tenho tido situações na família de pessoas que esperaram muito tempo por uma cirurgia, na expectativa de recuperarem a sua saúde e qualidade de vida. imagino a desilusão das pessoas quando foram informadas do cancelamento da cirurgia.
não acuso os enfermeiros por se manifestarem. estes têm o direito de lutar por melhores condições. o que pedem parece-me razoável (retirando o valor remuneratório – por implicar um investimento que tendo em conta outros trabalhadores do estado, em situação não muito distintas – é incomportável).
car@s enfermeiros, não se percam nesta luta. não percam o respeito por aqueles que precisam de vós. negoceiem, exijam mas sejam razoáveis.
já imaginaram os bombeiros a fazerem greve massiva na altura dos fogos?!
sou uma rapariga que gosta de sair, viver novas experiências, conhecer coisas novas.
gosto de gastronomia, música, exposições, desporto, viagens…tupo o que desperte os meus sentidos e amplie a minha visão do mundo.
há uma profissão transversal a todos estes tipos de eventos: segurança privada. eventos com a participação de muitas pessoas têm de prever um conjunto de aspetos que assegurem a proteção/segurança dos participantes (e dos bens), o que entendo e agradeço enquanto frequentadora.
sempre trabalhei em contacto direto com pessoas (beneficiárias dos meus serviços), nem todos os dias estava bem disposta, nem todos os dias me apetecia lá estar, nem todos os dias o sorriso brotava naturalmente no meu rosto. no entanto, assim que alguém entrava pela sala adentro eu repetia na minha cabeça: esta pessoa nada tem a ver com a tua vida e as suas circunstâncias, estás qui para ela, dá o teu melhor. e isso fazia. o sorriso e o bom dia lá saiam e as coisas fluíam. se era fácil? por vezes não, mas eu estava a trabalhar, tinha uma missão ética e profissional a cumprir.
voltando aos seguranças, com os quais já tenho uma bagagem de experiências pouco positivas, não é que tenha uma situação a cada evento, mas já tive algumas. estava eu no fim de semana sossegadinha, desta vez estada mesmo sossegada, quando no final de um evento um segurança abeira-se de mim e convida-me a sair. simpaticamente informei o sr. que estava a aguardar que a minha amiga saísse da casa de banho. o sr. diz que terei de esperar “lá em baixo”. eu, tentando não o mandar dar uma volta ao bilhar grande, expliquei que tinha a carteira da minha amiga e por tanto não devia sair dali pois ela teria dificuldades em encontrar-me. o parvo do homem (sim já mudei o tom) insiste que devo sair e faz aquele gesto de me tocar no braço para me indicar o caminho.
.pa.r.o.u. .t.u.d.o.
disse-lhe que agradecia que não me voltasse a tocar. ele respondeu duas ou três barbaridades e retirou-se. entretanto já se tinham aproximados mais 3 seguranças (eu devia ser mesmo muito importante). chega a minha colega. e um deles diz-me: já pode então retirar-se. pronto, prendi o burro e disse que só o faria quando o colega me pedisse desculpas pelo modo em como me tratou.
lindo.
outro segurança – o ameaçador - bem de trás e diz-me: sai pelo seu pé ou sai com a psp. (coitados, mal sabem eles da minha experiência nestas andanças). disse que aguardaria então pela psp ou pelo pedido de desculpas do colega.
outro segurança – o pacificador – tenta uma abordagem emocional: sabe que estamos cansados e só queremos ir para nossas casas descansar, por favor, colabore.
eu questiono: não estão eles a trabalhar? colabore? um imberbe qualquer, brutamontes achando que manda em alguém, é rude e mal educado e eu tenho de ter pena do sr. porque está cansado?!
os seguranças têm de ter formação e têm de estar preparados para lidar com pessoas aos mais diversos níveis. ter pulso para gerir estas situações, encontrarem alternativas. é impensável um segurança maltratar uma pessoa sem razão alguma – só porque não a venceu com argumentos bacocos e irracionais.
respeito todas as profissões e respeito os bons profissionais. senhores seguranças como estes (o mal educado e o ameaçador) ateiam o rastilho, não podem de todo cumprir este tipo de funções. não podem, de todo, lidar com o público. onde está a entidade que regula este tipo de profissões? como são escolhidos estes profissionais?