chegar à escola em "hora de ponta" para deixar a cria exige toda a paciência e civismo do mundo. de manhã somos animais complexos, a pressa acentua essa complexidade. papás e mamãs à porta da escola é dos contextos mais complexos e assustadores. por norma, fujo do horário de maior fluxo e, como habitualmente estou meia adormecida, deixo passar muito do que acontece. mas hoje, hoje não deu. pode ser apenas a adaptação à mudança de hora, a falta de café ou a minha grande intolerância à falta de civismo, excesso de egoísmo e do complexo "sou dono/a do mundo".
ora então, fica aqui o relato, o mais imparcial possível, do sucedido: chego à escola às 9h05. o caos matinal. não há onde estacionar. paro em segunda fila. tiro a menina do carro (4 anos). dou-lhe a mão e levo-a à passadeira - sim porque é suposto que ela aprenda a utiliza-la. no final da passadeira, mesmo frente à entrada da escola, o que está? um belo carro estacionado. a menina tem de sair da passadeira e contornar o carro para entrar na escola. bufo. viro as costas para regressar à minha viatura e, sorte a minha! vejo a senhora com o carro mal estacionado a entrar nele. digo, apenas: "quiçá esse não seja o melhor lugar para estacionar". a sra, dona do mundo, diz: "não estou estacionada apenas parada" - bílis começa a subir. grande erro terminológico o meu - refiro apenas: "o tempo que esteve parada impediu que a minha filha usasse devidamente a passadeira." retiro-me. a senhora dentro da sua viatura, aproxima-se e diz: "a sua filha está com algum problema em andar? é que a minha está!" sem gritar, sem lhe chamar passivo-agressiva ou manipuladora, repondo apenas: "tem dois lugares assinalados e disponíveis (sim, porque há pessoas com civismo que não os ocupam), mesmo do outro lado da passadeira, para a situação que refere." e aquele ser, superior e dono do mundo, responde, com desdém: "não seja assim logo pela manhã".
e pronto estou eu, aqui, a remoer a sua estupidez; e ela, certamente, cheia de razão.
quer dizer, tempo até tenho, mas paciência… ai que essa está com as reservas em baixo.
a culpa não é (só) tua. é tudo isto, envolto em incerteza, que consome as minhas energias.
neste cenário o teu queixume em nada ajuda, nada traz de novo ou de profícuo para melhorar a situação e, assim sendo, torna-se dispensável.
por isso, com um grande sorriso agradeço que não partilhes a tua bílis com quem tenta estar bem, finta os receios, procura passar este tempo da melhor forma, aproveitando o estar juntos com o tempo que nunca tivemos e que, quando voltarmos à normalidade - porque voltaremos, nunca teremos.
não me ligues para partilhar a tua negatividade - que é tão exagerada quanto o silicone de muitas!
confesso que nunca percebi as pessoas que preferem viver na desgraça, no lado negro da vida, no “ai, ai, ai que me dói o dedo gordo do pé”. por favor pensa, pensem, em quem está efetivamente com problemas sérios, que em muito (anos luz) superam a desgraça de ter de ficar no quentinho das suas casas. claro que pessoas como tu irritam-se pelo queixume. outras irritam-me pela desvalorização de tudo isto e pelo seu comportamento irresponsável - quiçá o problema sou eu que ando irritadiça!
arrepiam-me as pessoas que sabendo que estão doentes com este vírus usurpador e promiscuo que está sempre pronto para “saltar à espinha” da próxima vítima, se andam a pavonear por espaços comuns com uma total falta de noção cívica ou respeito pelo outro. quem raio consegue ser tão egoísta e irresponsável?! custa-me que indivíduos adultos precisem de amas (forças de segurança) para cumprir as regras dos paizinhos! (entenda-se governo). raios, mas quem educou estes energúmenos?! sim, para todos vocês, que provavelmente não me leem porque estão a passear numa praia ou num supermercado, façam-me um favor: cresçam! humanizem-se! destrumpem-se! desbolsonarem-se!
vim aqui numa rapdinha porque há pouco descobri (sim parece que ando desligada) que finalmente podemos gozar do direito ao voto antecipado, neste caso por mobilidade, sem necessidade de justificações extremas.
nos últimos anos não tenho conseguido votar porque tem coincidido com o meu período de férias de outono (muito chic eu sei) e como a deslocação para férias não era um motivo aceite para pedir o voto antecipado, ficava de fora do processo.
agora, finalmente, posso votar antecipadamente, exercendo assim o meu direito/dever de cidadã.
para quem anda distraído ou distraída como eu, o pedido tem de ser feito até amanhã, dia 26 de setembro na página https://www.votoantecipado.mai.gov.pt/. o voto será realizado no próximo domingo, 29 de setembro, entre as 8h00 e as 19h00, num local da vossa capital de distrito.
vamos lá a reduzir as abstenções e assumir a nossa responsabilidade no futuro da nação!
a liberdade de expressão é um direito de valiosa importância.
todos os direitos acarretam responsabilidade.
somos responsáveis por aquilo que dizemos e defendemos; também o somos por aquilo que criticamos.
a internet potenciou todo este universo de fatores e possíveis interações.
os youtubers estão “na berra” e o youtube é um dos meio de consumo de informação preferidos pelas gerações mais novas.
alfa, no seu blog sopa de letras, alertou para uma situação gravíssima de agressão psicológica sobre jovens com autismo “denuncia de bullying contra autistas no youtube”. neste vídeo, o youtuber apresenta vários comportamentos desajustados ridicularizando a figura de um suposto jovem autista, concluindo vários momentos com frases do género “é estúpido, é mesmo autista”.
eu sei que cada visita nossa/vossa ao youtube dá mais uma visualização a este jovem. mas esta é também a única forma de denunciarmos esta situação - https://www.youtube.com/watch?v=HIHdGt5KZ7Q
vamos dar o nosso contributo para que esta mensagem não se continue a difundir entre os jovens. como referiu a alfa no seu post este vídeo já conta com 14000 gostos!
e que esta situação seja mais um alerta para educarmos os nossos filhos para o consumo deste tipo de informação.
sou uma rapariga que gosta de sair, viver novas experiências, conhecer coisas novas.
gosto de gastronomia, música, exposições, desporto, viagens…tupo o que desperte os meus sentidos e amplie a minha visão do mundo.
há uma profissão transversal a todos estes tipos de eventos: segurança privada. eventos com a participação de muitas pessoas têm de prever um conjunto de aspetos que assegurem a proteção/segurança dos participantes (e dos bens), o que entendo e agradeço enquanto frequentadora.
sempre trabalhei em contacto direto com pessoas (beneficiárias dos meus serviços), nem todos os dias estava bem disposta, nem todos os dias me apetecia lá estar, nem todos os dias o sorriso brotava naturalmente no meu rosto. no entanto, assim que alguém entrava pela sala adentro eu repetia na minha cabeça: esta pessoa nada tem a ver com a tua vida e as suas circunstâncias, estás qui para ela, dá o teu melhor. e isso fazia. o sorriso e o bom dia lá saiam e as coisas fluíam. se era fácil? por vezes não, mas eu estava a trabalhar, tinha uma missão ética e profissional a cumprir.
voltando aos seguranças, com os quais já tenho uma bagagem de experiências pouco positivas, não é que tenha uma situação a cada evento, mas já tive algumas. estava eu no fim de semana sossegadinha, desta vez estada mesmo sossegada, quando no final de um evento um segurança abeira-se de mim e convida-me a sair. simpaticamente informei o sr. que estava a aguardar que a minha amiga saísse da casa de banho. o sr. diz que terei de esperar “lá em baixo”. eu, tentando não o mandar dar uma volta ao bilhar grande, expliquei que tinha a carteira da minha amiga e por tanto não devia sair dali pois ela teria dificuldades em encontrar-me. o parvo do homem (sim já mudei o tom) insiste que devo sair e faz aquele gesto de me tocar no braço para me indicar o caminho.
.pa.r.o.u. .t.u.d.o.
disse-lhe que agradecia que não me voltasse a tocar. ele respondeu duas ou três barbaridades e retirou-se. entretanto já se tinham aproximados mais 3 seguranças (eu devia ser mesmo muito importante). chega a minha colega. e um deles diz-me: já pode então retirar-se. pronto, prendi o burro e disse que só o faria quando o colega me pedisse desculpas pelo modo em como me tratou.
lindo.
outro segurança – o ameaçador - bem de trás e diz-me: sai pelo seu pé ou sai com a psp. (coitados, mal sabem eles da minha experiência nestas andanças). disse que aguardaria então pela psp ou pelo pedido de desculpas do colega.
outro segurança – o pacificador – tenta uma abordagem emocional: sabe que estamos cansados e só queremos ir para nossas casas descansar, por favor, colabore.
eu questiono: não estão eles a trabalhar? colabore? um imberbe qualquer, brutamontes achando que manda em alguém, é rude e mal educado e eu tenho de ter pena do sr. porque está cansado?!
os seguranças têm de ter formação e têm de estar preparados para lidar com pessoas aos mais diversos níveis. ter pulso para gerir estas situações, encontrarem alternativas. é impensável um segurança maltratar uma pessoa sem razão alguma – só porque não a venceu com argumentos bacocos e irracionais.
respeito todas as profissões e respeito os bons profissionais. senhores seguranças como estes (o mal educado e o ameaçador) ateiam o rastilho, não podem de todo cumprir este tipo de funções. não podem, de todo, lidar com o público. onde está a entidade que regula este tipo de profissões? como são escolhidos estes profissionais?
há pouco tempo adquirimos um apartamento,num prédio antigo, no centro de lisboa.
o prédio foi totalmente requalificado, todos os apartamentos foram rapidamente vendidos, pelo que, nos "mudamos" todos mais ou menos ao mesmo tempo.
a empresa de condomínio é um apêndice da empresa que executou a obra do prédio, pelo que foi quase que assumido que seria essa a empresa a contratar.
não vivo (ainda) "a tempo inteiro" no apartamento. numa das minhas primeiras visitas ao prédio, assim que abro a porta deparo-me com 3 caixotes do lixo (daqueles verdes do município) apinhados e emanando um odor insuportável! - imaginem a minha cara ao entrar no prédio e levar com este cenário. pensámos: é verão podem haver menos serviços de recolha.
manhã seguinte o mesmo cenário acrescido de uma cerca de garrafas de vinho (sei as marcas preferidas dos vizinhos, visto que dispuseram as garrafas dignamente evitando a humilhação de as meter em sacos!).
ao terceiro dia o cenário nojento teve novos acréscimos! Intolerável, do meu ponto de vista! fomos de férias e ao voltar o cenário manteve-se (embora com "novo lixo"). decidimos que teríamos de falar com o condomínio...o tempo foi passando e não o fizemos, embora a situação se mantenha (mas como só nos lembramos quando lá vamos - em média uma vez por mês - temos facilitado!)
há dois meses o simplex reparou num pormenor absolutamente absurdo: a vizinha da frente coloca o seu lixo num saco de plástico à porta do apartamento, ou seja no corredor que nos é comum (existem apenas 2 apartamentos por andar). ora bem, eu conheço o apartamento dela, pelo menos a sua arquitetura e tenho certeza que a senhora tem varandas!
qual o grau de falta de civismo é necessário para deixar religiosamente o lixo num espaço que é comum? esta semana passei-me! cheguei a casa e ao sair do elevador senti um odor nauseabundo, fixei, e era, obviamente, o lixo dela.
na próxima semana há reunião de condomínio e terei de explicar as pessoas que devem serem menos porcas e respeitar os espaços comuns!
encontrei na decooartigovasos de flores nas escadas do prédio dão coima que, embora visual e olfativamente mais interessante, ajuda-me a encontrar um argumento, para além da prática ativa da cidadania, para exigir que esta senhora guarde o lixo dentro da suahabitação ou que o leve ao respetivo contentor na rua (e não dentro do prédio! - esqueci de dizer que o argumento de termos contentores do lixo dentro do prédio é para evitar o furto dos mesmos...e do respetivo lixo).