aconchega coração
algo poderia deixar uma mãe mais orgulhosa?!
não por sermos as melhores, mas por verem o nosso melhor
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algo poderia deixar uma mãe mais orgulhosa?!
não por sermos as melhores, mas por verem o nosso melhor
nunca deixemos de mostrar gratidãoo
o que dizem é verdade, passa tudo muito rápido.
paralelamente o tempo do nosso começo parece tão longínquo.
do sonho há realidade foi “só” um “longo” pulo. e, por vezes, como em qualquer sonho, sou abordada com a sensação de irrealidade e fico assustada pela possibilidade de não ser real.
foi um tempo intenso. é um tempo intenso. um ritmo alucinante de descobertas. aprendizagens constantes. um crescendo de amor.
nem sempre foi fácil, nem sempre é fácil. por vezes foi mesmo difícil, por vezes será mesmo difícil. mas cada dia, cada momento de frustração ou de superação, foi, é e será, valioso e enriquecedor.
sou hoje uma mulher muito mais completa, não por ser mãe, mas pelos desafios que a maternidade me trouxe. pelas oportunidades que tive para crescer enquanto pessoa.
sei que a procissão ainda vai no adro!
obrigada filha por exigires o melhor de mim.
olho para ti e sei o que vejo; mas não encontro palavras para descrever o que sinto – e olha que é raro eu ficar sem palavras!
pensava saber o significado do amor, mas não sabia.
agora que sei não o consigo descrever.
talvez seja mesmo assim. talvez colocar em palavras algo tão intenso, tão pleno, seria ultrajar a sua essência.
talvez o amor não seja conceitualizável. deixa que lhe sejam atribuídos adjetivos, mas não se deixa adjetivar.
mas o amor não veio sozinho. trouxe consigo outro intenso sentimento. mais fácil de descrever, mas mais difícil de gerir: o medo.
nunca antes senti tanto medo de perder alguém. nunca antes tive tanto medo de morrer.
não sou uma pessoa romântica. acredito que ninguém pertence a ninguém. sei que a vida corre num ciclo natural com episódios contranatura à mistura.
mas agora que te tenho, pela primeira vez, tenho medo de perder alguém. sei que não me pertences. mas quero-te bem e, sempre que possível, pertinho de mim.
eduquemos os nossos filhos para a inclusão.
para o respeito pela diferença.
eduquemos os nossos filhos para o amor pelo outro.
não eduquemos com um sentimento implícito de superioridade e de coitadinhos.
eduquemos pelo exemplo. pela naturalidade.
eduquemos para o amor.
eduquemos para o respeito.
eduquemos para a sensibilidade.
eduquemos para uma visão em que a diferença enriquece.
eduquemos cidadãos do mundo.
eduquemos para um mundo em que a tristeza desta mãe não se repita noutras mães.
todas as crianças são especiais, já sabemos.
há crianças que, dadas as suas características, exigem coisas diferentes.
ser mãe é entrar num mundo de inseguranças.
ser mãe de uma criança com características diferentes é duplicar as inseguranças e triplicar as dificuldades – o nosso país não está preparado para dar resposta igual às massas e aos casos especiais, sobretudo se não se viver num meio (verdadeiramente) urbano.
existem na blogosfera vários blogs nos quais são partilhadas as experiências de mães de crianças (mais) especiais.
porque é sempre bom e reconfortante sentir que não se está sozinho na jornada parental, partilho alguns dos blogs que fui conhecendo:
crónicas de uma mãe atrapalhada (2ªparte) é o blog de uma mãe, mamã gansa, onde, como ela própria diz “um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! este é a continuação dessas aventuras com um menino especial e as suas peripécias”. no post ser mãe de uma criança especial, a mamã gansa, conta-nos como o seu filho gonçalo foi diagnósticado com transtorno do espectro do autismo; no final do texto faz este sentido pedido “e para terminar queria pedir um favor: antes de julgarem ou criticarem uma mãe pela birra que a criança (que ela traz consigo), faz no chão, ou pelos gritos que dá, achando que tudo se trata de má educação e crianças "mimadas", lembrem-se que há meninos e meninas com incapacidades invisíveis.”
tomás my special baby - andreia, mãe do tomás, refere que “ser mãe foi sempre um sonho e quando o fui tive um dos maiores desafios da minha vida”. tomás tem trissomia 21 e o blog é uma partilha da vida do tomás e da família. “o nascimento” é um texto terno e honesto – impossível de se ler sem se emocionar - que termina com esta frase "tenho apenas um objetivo nesta vida, fazer o meu filho feliz dentro da sociedade dita “normal”."
a mãe da maria – refere a autora: “‘a mãe da maria’…foi assim que me apelidaram há 18 anos e não é que eu gosto? a maria é a nossa primogénita aquela que, mesmo quase sem falar, diariamente nos ensina o verdadeiro sentido da vida!” não posso deixar de destacar uma frase da ana rebelo, autora do blog, “no filme do homem aranha, o tio dele diz: com grandes poderes, chegam grandes responsabilidades. a frase ficou famosa. no caso de quem tem um filho deficiente, o raciocínio inverte-se: com grandes responsabilidades, vêm grandes poderes!”
no texto “num mundo de pessoas iguais” a ana escreve “num mundo de pessoas iguais a maria tem a coragem e ousadia de se aceitar como é, sem filtros nem preconceitos e sabem que mais – isto faz dela uma criança verdadeiramente feliz! a maria sabe…” como podem ver… um blogue que sorri à vida!
no reino dos 7, também encontrará vários post que abordam o autismo do martim, neste post poderá ler como foi o diagnóstico. e no texto "10 coisas que todas as crianças com autismo gostariam que você soubesse" encontra uma bela mensagem para promover a igualdade e a inclusão, sendo excelente para ler com os seus filhos e ajudá-los a compreender um pouco da realidade destas crianças especiais.
imagem retirada daqui
porque todos os corações são vermelhos, ternos e docinhos apelo a que analisem esta petição pública para a criação do "dia da inclusão" .
nota: atualizado a 26/07/2018
sem palavras...
porque não há melhor prenda para uma criança do que o amor da sua mãe!
qualquer coisa que pudesse dizer para contextualizar carece de importância ...
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