os erros e a crítica gratuita
como referi ontem ando ko. tenho dormido pouco e mal. isso dá cabo do meu sistema.
por cansaço e distração hoje cometi um erro terrível no trabalho – daqueles que se eu “o apanhasse” certamente comentaria no blog.
detesto errar e detesto, ainda mais, que os meus erros possam prejudicar terceiros.
sou tolerante à crítica, acho que ela deve existir para se refletir sobre as coisas e para estas melhorarem. mas incomoda-me dar argumentos às pessoas para criticarem o meu desempenho.
esta situação levou-me a pensar sobre os erros dos outros. e sobre em que condições estarão quando os cometem. a crítica e o julgamento saem-nos fácil, a empatia e compreensão exigem mais tempo.
o ver-me nesta situação, pôs-me “em sentido” relativamente à crítica espontânea, aquela que está sempre na ponta da língua, tipo míssil da coreia do norte prontinho a ser disparado.
senti-me mal. por ter errado. e por ter criticado gratuitamente, sem aprofundar – tipo aquelas pessoas que ao lerem os títulos sensacionalistas das notícias do facebook, as tomam por factos incontestáveis, sem sequer ter lido a notícia em si e que, na maioria dos casos, nada tem a ver com o burburinho que o título produziu.
tenho de refrear o meu impulso da crítica fácil; numa perspetiva egoísta, terei de confessar, pois ganho mais eu do que os outros. ganho mais serenidade, mais energia positiva, mais capacidade empática e mais tolerância.
com isto não quero, de todo, dizer que desejo perder a minha capacidade crítica. nada disso. quero realizar, apenas, críticas fundamentadas e que visem um objetivo válido de melhoria ou mudança positiva.
e agora que me tornarei um exemplo para alguém, quero ser um exemplo positivo. tanto quanto possível, humanamente irrepreensível (no respeito e aceitação do outro).
estou cansada. mas isso não desculpa nem o erro, nem a crítica gratuita.