o prazer de comer
gosto de comer. adoro experimentar coisas novas. adoro sabores complexos, mas também os delicados. a criatividade na cozinha apaixona-me, mas também o saborear a nossa cozinha tradicional - este país, de brandos costumes, é uma ode ao prazer de comer.
uma das coisas que gosto em viajar é experimentar coisas novas, quer seja em portugal ou pelo mundo fora.
com a bebida acontece o mesmo (quentes, frias, naturais, processadas, com e sem álcool – o importante é a sua irreverência).
até há pouco tempo não tinha percebido a importância que o paladar tinha para mim. de como pode afetivamente ser uma fonte de prazer.
heis alguns exemplos:
- queijo da serra amanteigado, uvas e vinho tinto .o sabor característico e intenso do queijo da serra é suavemente domado pela uva – que o aprisiona respeitando a sua personalidade e permitindo-o mostrar o melhor de si. o quente e aveludado do (bom) vinho tinto (alentejano ou do douro) funde-se com o sabor deixado na boca, transformando-o em algo delicadamente intenso, que apela à contemplação do momento numa relaxante descompressão.
- café expresso (delta), puro e sem açúcar, e magnum caramel & nuts. um gole de café amargo, quente e intenso põe o palato em alerta; este estremece com a trica no crocante e estaladiça gelado, abrindo caminho ao doce e frio sabor da nata que deixa escorrer do seu interior o suave caramelo. uma diversidade de texturas, temperaturas e sabores que me deixam simplesmente em êxtase!
- espumante e ostras. comer uma ostra é sentir o mar a invadir a nossa boca. delicada e salgada, a sua suave textura brinda-nos com uma sensação única. beber o espumante, é como ter, na nossa boca, o mar a banhar areia – o suave e fresco borbulhar, na quente e ansiosa areia.
bem…só de recordar já tive o meu momento do dia!
o meu paladar e as memórias que me traz são uma grande fonte de satisfação! por isso não deixo nunca de o mimar
imagem retirada daqui