nem nunca, nem sempre
ao viver fui aprendendo que na vida não há certezas. o que é hoje, amanhã pode não ser. e o mais sábio é evitar usar as palavras "sempre" e "nunca".
certezas fora, acredito que na vida tudo tem uma razão de ser. não acredito num destino predefinido de sentido único. mas acredito que as nossas escolhas estão limitadas ou condicionadas por um conjunto de fatores (pessoais, sociais, culturais...); que temos uma missão a cumprir ou um desafio a superar.
o problema deste tipo de crenças surge quando somos colocados em situações em que nada parece fazer sentido, em que não encontramos o propósito daquilo acontecer e onde todas as escolhas possíveis comporta em si uma grande dor.
acredito que essas situações fazem parte do caminho que temos a percorrer, mas como fazer a "melhor" escolha?
como saber se escolher a fuga, mesmo que dolorosa agora, mas menos dramática a longo prazo, não implicará deixar a situação em aberto para resolver mais tarde, nesta ou noutra vida?
por ser uma pessoa de muita sorte estes percalços do destino, deixam-me completamente à toa, perdida, temerosa e indecisa.
devemos, nestas situações, minorar a dor a curto ou longo prazo? aceitar ou fugir do destino?
imagem retirada daqui