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viver | amar | sentir | pensar | lutar | conquistar | desafiar | refletir | descobrir | experimentar | partilhar | aprender | acreditar | sonhar * ser mãe sem me perder de mim *

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não é minha não é de ninguém

guardian-angel

imagem retirada daqui

 

a maternidade acarreta um conjunto de coisas, umas boas, outras complexas.

uma das coisas que me trouxe foi uma maior sensibilidade a tudo o que está relacionado com crianças. uma nova realidade deixa-nos em alerta para tudo o que lhe está relacionado.

agora sei que antes era uma cabra insensível para as crianças e mais, para as suas mães. ok, talvez uma cabra seja um exagero. mas pouco lhes ligava. agora, as lágrimas escorrem-me enquanto conduzo por ouvir na rádio a notícia de uma criança morta pelo pai.

isto foi ontem. não quis escrever sem antes, tentar perceber o que teria acontecido. não que algo o possa justificar, mas para tentar entender.

passou um dia e ainda não consigo perceber.

que há pessoas estragada, já sei há muito. que há seres incapazes de amar, também já descobri. mas, olho para a minha filha, para a sua pureza, para a sua inocência, para o sorriso fácil e o olhar cheio de brilho e questiono: quem pode destruir um ser assim?

como é que quem lhe deve amor e proteção pode roubar-lhe a vida?

como se pode trair a inocência de um anjo que confia em nós?

segundo a comunicação social, o assassino terá deixado uma carta, no carro onde abandonou o corpo da filha, na qual pode ler-se "não é minha não é de ninguém".

tanto amor que este senhor nutria pela sua filha. amor esse que o impedia de a imaginar com outra pessoa. é de mim ou este tipo de discurso não se aplica a uma relação paternal? desconheço as razões que, naquela mente distorcida, o levaram a fazer o que fez. a sogra ainda é como ou outro, a ex-mulher também…agora a filha?! (nota: não estou aqui a dizer que apoio ou aceito a morte de outro ser humano, apenas compreendo melhor a loucura).

meu caro falecido, o que sentia pela sua filha não era amor. é que nem foi uma morte poética à romeu e julieta. matou a filha e ainda conduziu por 200 quilómetros (certamente a tentar decidir o que ia fazer, quiçá a pensar pedir ajuda aos pais…).

isto devia ter acontecido tudo ao contrário. podia ter começado por matar-se. fim da história. mas sabia, certamente, que ninguém ia importar-se, que quiçá seria um alívio para muitos, então vai de estragar 3 vidas – e não, as 3 às que me refiro não o incluem a si.

não sou apologista de mensagens de ódio, mas perante esta situação não sou capaz de ser melhor.

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