há cada uma! #6
bom dia alegrias
este entusiasmo é aparente para disfarçar as noites que a minha pimpolha me tem roubado
vamos ao que interessa: hoje é dia de há cada uma!
a minha convida é a generosa magda, do empreendedor blog stone art books, lembram-se quando nos pôs a valorizar o trabalho uns dos outros no sapos do ano 2017?
muito obrigada magda pela pronta resposta ao desafio
"Confesso que quando vi o título me lembrei logo das duas mil e tal histórias que se passaram comigo. Epá, não há muito a fazer, eu sou assim, eu nasci assim. Só que, em vez de Gabriela, sou a Magda.
Como para contar as duas mil e tal histórias tínhamos de estar umas semanas valentes, elegi duas para vos contar. Uma passada há quase 40 anos, quando estava no primeiro ano do ciclo preparatório e outra passada há quase 25 anos, no meu primeiro ano de trabalho.
Então vamos lá primeiro à mais antiga.
Quando fui para o ciclo, o trajecto casa/escola/casa era, quase sempre, feito a pé com mais colegas. A casa dos meus pais era (e é) ao pé das linhas dos comboios e havia uma linha que nós achávamos que estava desativada, portanto, muitas vezes, íamos a pé por essa linha, uma vez que era mais perto para mim e para o Zé António.
Naquele dia lá íamos os dois para almoçarmos em casa, que à tarde tínhamos aulas (nunca mais me esqueci, a primeira aula da tarde era Educação Física… já vão perceber porque é que ainda me lembro) e, claro, íamos pela linha de comboio que estava desativada.
De repente… começamos a ouvir um comboio a apitar mas nem ligamos, afinal havia mais linhas e passavam constantemente comboios – para Setúbal, para o Algarve, para o Barreiro, de mercadorias, de passageiros ou mistos. Portanto, não ligamos e continuamos os dois em amena cavaqueira. Mas o comboio não se calava, apitava cada vez mais e parecia cada vez mais perto… Até que nos fartamos e olhamos para trás.
Ia morrendo!
O comboio estava na mesma linha que nós, ali quase quase a morder os nossos sapatos.
(intervalo para vos dizer que, dum lado da linha – do lado do Zé António – havia um morro. Do outro lado – do meu – era descampado!)
O Zé António, rápido a pensar, subiu o morro. E esticou a mão para baixo para me puxar para cima. Ah mas eu era mais inteligente, mais esperta. E vi, lá em frente, que havia um descampado logo a seguir ao morro. Só precisava de correr até lá chegar. E foi o que fiz. Eu, que odeio – desde sempre – correr, corri como que para salvar a vida (ou talvez precisamente para salvar a vida). Até que, segundos antes do descampado, o comboio me passou. Não por cima, claro (ou não estaria a escrever este post) mas ao lado, noutra linha para onde ele mudou. Quando parei para respirar, olhei para trás e o Zé António estava em cima do morro a rir às gargalhadas. E claro que me juntei a ele quando percebi que, em vez de correr, bastaria ter saído da linha para o lado do descampado…
À tarde, na primeira aula, a tal de Educação Física, a professora mandou-nos correr. Obviamente eu ia a andar depressa, sem correr (era sempre assim que o fazia). E o Zé António, amigo, foi muito lesto a informar a professora: ‘stora, se quer que a Magda corra, nada como gravar o som dum comboio e pô-lo a tocar. Vai ver que ela até corre sem tocar com os pés no chão!
imagem retirada daqui
Bem, se já riram o suficiente deste disparate, vamos ao próximo."
queriam, não queriam?!...
pois vão ter de esperar pela próxima semana
não percam o próximo episódio...pois nós também não!
para recordar: