há cada uma #23
há muito que não escrevia nesta bela rubrica. mas tenho uma situação desta quadra natalícia que seria imperdoável não partilhar com as belas pessoas que por aqui passam, na esperança de lhes despertar um inusitado sorriso de “como é que é possível?!”
já viram o afortunad@s que são ?!
vamos agora ao que interessa: a história.
anos atrás, a instituição onde trabalhava, aproveitava as mega promoções de brinquedos do jumbo (até 60% de desconto e por vezes mais) para comprar as prendas de natal para as crianças.
normalmente ia a estas compras com uma colega minhas por sermos ambas responsáveis por valências (agora respostas sociais) com crianças.
por norma comprávamos cerca de 150 prendas. era sempre uma manhã enfiadas no meio dos brinquedos, na conversa com os funcionários de secção e de armazém. era cansativo mas também divertido.
num ano, após fazer as compras enquanto aguardávamos que fizessem os embrulhos, saímos do shopping, com dois carrinhos de supermercado cheios de tralha, para a minha colega fumar. era dezembro mas estava um belo dia de sol. sentámo-nos nas escadas do exterior do centro comercial. estamos numa amena cavaqueira quando passa um senhor que se dirige a nós dizendo: “boa tarde meninas, desculpem, mas tenho de vos dizer, tão bonitas que vocês são podiam andar na prostituição e andam aqui a trabalhar”. estamos nós parvas a entreolhar-nos e a olhar para o senhor de boca aberta a tentar perceber o tom e que mensagem queria ele transmitir enquanto ele sobe à sua motoreta e arranca rua fora.
e pronto,
quiçá eu e a minha amiga passamos ao lado de uma (boa) carreira na prostituição
ou
quiçá o senhor queria ser o nosso “agente”.
ou,
quiçá aquilo foi um elogio ao trabalho.
ou,
quiçá foi apenas um devaneio
imagem retirada daqui
mas na certa… há cada uma!
não se esqueçam de deixar os vossos contributos com as vossas melhores experiências de 2018 aqui
desafio do advento dia 12 dezembro