escolhas
temos medo de envelhecer?
eu tenho! numa perspetiva algo diferente – penso eu.
tenho medo de não conseguir viver tudo o que desejo viver.
imagem retirada daqui
houve coisas que deixei para trás porque só faziam sentido em determinada fase da vida ou em determinada idade – não partilho da frase “nunca é tarde para fazermos o que queremos”.
isso entristece-me.
sei que é impossível fazer, numa vida só, tudo o que a minha vontade exige, por uma questão de tempo e de dinheiro. esta consciência trouxe uma nova relevância à palavra “escolhas”. mas surge aqui uma dualidade: como “esquecer” a opção que se deixou para trás?; como não sobrevaloriza-la por ser a preterida?; como gerir os “se’s”?
uma seca eu sei.
tenho imensa dificuldade em fazer escolhas. sobretudo porque quero tudo, fazer tudo, ter tudo. frustra-me a realidade de assim não ser. no entanto, passada a pressão da escolha, o sentimento de insegurança, o receio de estar a errar … (na maioria das vezes) vivo tranquilamente com a minha decisão. embora, surja por vezes, uma certa melancolia pelo que poderia ter sido, se a escolha fosse outra.
somos o resultado das nossas escolhas
e
muitas vezes é o que deixamos para trás que nos permite seguir em frente.