a propósito das tradições pascais
sim, eu sei que a páscoa já lá vai, mas como ando com um jet-lag emocional decidi partilhar convosco uma informação de utilidade publica a utilizar em anos vindouros.
na minha santa terrinha existe a tradição de o sr. padre ou alguém por ele indigitado, levar o cristo às casas da paróquia, permitindo aos cristãos comungarem do regozijo da ressuscitação do sr.
as famílias que desejarem receber a visita pascal deverão adornar o chão das suas entradas com flores e verdes. ao som dos sinos que a comitiva faz soar, e seguido do “aleluia, aleluia, cristo ressuscitou”, o sr. padre diz umas palavras, reza com a família uma oração, abençoa os presentes e a casa e dá o a cruz do sr. a ser beijada pelos presentes.
como católica, não praticante, bem dispenso estas cerimonias; mas a minha mãe não. assim, todos comungamos da festa da ressuscitação do sr. no entanto perturba-me colocar os beiços numa cruz beijada por muitos (onde está a delegada de saúde ou a asae nestes momentos?!). usava, até há pouco tempo, uma de duas estratégias: 1) o beijo a uma distância de segurança ou, 2) a colocação de dois dedos sobre o sr e o beijar os meus limpos dedos; ambos os gesto sempre acompanhados do olhar reprovador do portador da cruz.
uma amiga minha fez-me ver a luz. uma forma de reduzir o risco de doenças e nojices sem ficar mal vista pela comitiva do sr. a solução parece óbvia, discutível, mas a meu ver, eficaz. não sei se a ideia lhe surgiu numa epifania qualquer, numa simples reflexão entre copos sobre o assunto… ou mesmo num outro contexto sobre o qual prefiro não especular. mas vamos ao que interessa: como beijar o sr sem ficar conspurcado por uma doença qualquer ou ser mal visto por uma comitiva pascal? elementar meus queridos: beijem o sr no pénis! nenhum presado católico terá coragem de o fazer!