o seu afeto pelos seus enche-nos de momentos ternurentos, a honestidade das suas palavras cativam-nos e por vezes surpreende-nos
vamos lá espreitar o disparate com o que teve de lidar…
"Antes demais, OBRIGADA, MAMI!
Vamos lá a isto...
O ano passado, numa aula de natação, lá ia eu, toda destemida, toda equipada. Pronta para arrasar, com a piscina, claro. E nada melhor do que entrar em alto estilo, para as senhoras que já lá estavam perceberem bem a minha pinta!
Vai uma senhora à minha frente, a descer as escadas, vou atrás dela, supostamente aquele piso é antiderrapante... Supostamente... Dou um passo e splaaaash... Caio em cheiooo de rabo no chão... A senhora olha para trás, "Caíste?!"... "Não... Eu é que gosto de descer assim as escadas..."
hoje é quarta-feira, dia de guest post, há cada uma!
todos tivemos situações que nos deixaram desconcertados, coisas que nos disseram que nos deixaram sem reação. o desafio é partilhar essas situações e comprovar o quão louco o mundo está ;)
o meu primeiro convidado é o autor do blog o último fecha a porta, um "vizinho" sempre presente que partilha de uma forma muito própria o que vai acontecendo no (seu) mundo.
"Antes de mais agradecer à Mami o convite para fazer parte desta sua nova rubrica.
Vou contar uma história que aconteceu em 2011.
Uma amiga convidou várias pessoas, para ir a um lanche ajantarado no Centro Paroquial da freguesia onde vive, que tinha fins solidários. Cada pessoa levava alguma coisa e depois do convívio haveria a recolha de fundos.
Já lá estávamos todos, quando reparamos que umas senhoras de idade olhavam muito para mim e falavam entre si. Isto durante um bom pedaço.
Uma delas perde a vergonha e perguntou a uma amiga minha se era eu o … novo padre da paróquia, Parece que o senhor também tinha óculos, mais ou menos a minha idade e a minha aparência.
Lamentamos desiludi-las, mas no fim ainda disse: “Tão bonito e simpático que é, íamos jurar que era o novo padre”! "
eu teria aproveitado e confessado as senhoras… aposto que teriam adorado. não sou a favor de se romper abruptamente com os sonhos das pessoas...afinal de contas era um evento de caridade e não me vou alargar mais e entrar no campo das danças....
obrigada meu caro por tão bela partilha!
que a liberdade esteja convosco, hoje e sempre, amém!
tod@s nós tivemos situações que nos deixaram incapazes de processar a informação, pelo inadequado, desenquadrado, inusitado ou ridículo da situação.
eu tenho uma carrada de situações - talvez porque me “ponho a jeito”, lá sei, respiro!
porque estes momentos desconcertantes acabam sempre por nos deixar incrédulos, numa perspetiva de “terapia de grupo”, proponho a sua partilha.
como cá por casa – entenda-se blog - eu quero, posso e mando, decidi criar a rubrica “há cada uma!” – expressão roubada à minha mãe, para nos distrair um pouquito a meio da semana. esta rubrica será um guest post pelo que não apanharão seca com uma longa lista das minhas desventuras ;)
mas como o anfitrião tem de dar o exemplo, trago-vos uma das histórias da minha vida. para não fugir ao integral relato dos factos, e para não roubar intensidade à mensagem, aviso que o texto que irão ler de seguida contém linguagem que poderá perturbar os mais sensíveis e/ou púdicos.
sempre fui uma rapariga que gosta de festas, de conhecer pessoas, de beber uns copos e de conversa da treta, para descomplicar o dia-a-dia (embora confesso que com os anos a intensidade deste “gosto” tem diminuído).
numa noite, no regresso a casa de uma festa da aldeia que agora se chama festival, dois rapazes aproximaram-se do nosso grupo e cumprimentaram uma amiga minha, que de imediato os apresentou. caminharam connosco até casa da minha amiga (cerca de 10 minutos), local onde o grupo começa as despedidas. um destes moços quando se vem despedir diz-me “então mami, vamos foder” – só para frisar: estava numa terra que não era a minha, conhecia o indivíduo há 10m e nem lhe tinha dirigido a palavra.
eu, que tenho a mania que tenho resposta para tudo, fiquei sem palavras e burra a olhar para o indivíduo. o rapaz tinha a virtude da persistência e, como se eu não tivesse ouvido à primeira, repete a pergunta. o grupo está tão perplexo quanto eu - olhem que não sou de me ofender, mas aquilo foi demasiado ordinário. despedi-me do resto do grupo enquanto o moço aguardava a resposta.
a minha amiga, já em casa, tentou acalmar a minha inquietação dizendo para não ligar porque ele estava bêbado. e questiono eu “o que tenho eu a ver com isso?!” há limites de boa educação que não devem/podem ser ultrapassados.