a liberdade de expressão é uma das maiores conquistas dos povos; assim como, a defesa dos nossos direitos fundamentais, entre os quais o direito ao trabalho “toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.” (declaração universal dos direitos humanos, artigo 23º)
que o emprego e as suas condições andam, em portugal, pelas ruas da amargura é já do conhecimento de todos. têm havido várias mobilizações promovidas por sindicatos e não só, numa perspetiva de luta pela melhoria das condições dos trabalhadores.
confesso que esta situação dos enfermeiros está, a meu ver, a tomar proporções descabidas. a saúde e a educação são duas áreas sensíveis para a qualidade de vida (e desenvolvimento) da sociedade. quiçá por isso, é verdade, deveriam ser mais acarinhadas pelo estado; mas não o sendo, acredito que os profissionais não podem abdicar do código de ética que rege a sua profissão e por em causa os seus utentes, aqueles que à partida motivaram a sua vocação.
quando li esta manhã “cerca de seis mil cirurgias adiadas” senti tristeza. tenho tido situações na família de pessoas que esperaram muito tempo por uma cirurgia, na expectativa de recuperarem a sua saúde e qualidade de vida. imagino a desilusão das pessoas quando foram informadas do cancelamento da cirurgia.
não acuso os enfermeiros por se manifestarem. estes têm o direito de lutar por melhores condições. o que pedem parece-me razoável (retirando o valor remuneratório – por implicar um investimento que tendo em conta outros trabalhadores do estado, em situação não muito distintas – é incomportável).
car@s enfermeiros, não se percam nesta luta. não percam o respeito por aqueles que precisam de vós. negoceiem, exijam mas sejam razoáveis.
já imaginaram os bombeiros a fazerem greve massiva na altura dos fogos?!
ele trabalha todo o dia, precisa de chegar a casa e relaxar, descansar!
esperem! a mulher também…
mas reafirmo a questão: porque tem o homem de ajudar em casa?
é uma questão de princípio, cultura ou educação?
e nós, mulheres, pelos mesmos princípios, cultura e educação não nos abeiramos deles, quase com medo de incomodar, a pedir ajuda? ou, coitados deles nem entendem o porque, desatinamos feitas loucas porque eles não nos ajudam e mais … não colaboram contribuindo ainda mais para o caos.
os homens são mais descontraídos do que as mulheres…pudera! quiçá se sentissem que têm a responsabilidade do trabalho, da casa, dos filhos… quiçá estariam um pouco mais cansados, preocupados, contraídos.
sim, há muitos que ajudam. mas não deviam.
homem que é homem não tem que ajudar a mulher em casa!
sabem porquê?
porque a casa e as suas lides não são uma responsabilidade da mulher.
no meu código genético não estão encriptadas as lides domésticas.
se assumimos uma relação de iguais, assumimos responsabilidades iguais.
e entre iguais se partilham tarefas, responsabilidades … e aí sim um pode ajudar o outro… como iguais.
mulheres: retiremos de nós este peso de achar que somos nós que temos de fazer as coisas. que se a camisa não está engomada é porque falhamos, se o pó abunda é porque somos porcas… libertemo-nos do preconceito e do peso cultural e assumamos que entre iguais, responsabilidades iguais.
não digo que seja fácil, mas como em tudo, se não se iniciar a mudança esta não ocorrerá. com o simplex, deliciosamente descontraído e distraído, uma vez tive que lhe por as coisas nestes termos: “estamos aqui duas pessoas, se tu não fizeres nada quem achas que fará tudo?” não digo que o tenha transformado a 100%, mas asseguro-vos que lhe “caiu a ficha”; a partir daí foi-se responsabilizando também. e acredito que com trabalho (de ambos - porque sim: temos de os educar) cheguemos ao equilíbrio, quase, perfeito.
diz-se que: as mãezinhas dos nossos meninos poderiam ter sido um pouco mais feministas e contribuído gradualmente para a igualdade entre géneros, no entanto optaram por os apaparicar e perpetuar a sua inutilidade e desresponsabilização nas tarefas do lar. camaradas confio que eduquem os vossos filhos e filhas no princípio da igualdade, a eles por razões óbvias e a elas para não sentirem o peso da responsabilidade unilateral que nós hoje, embora recalcado, ainda sentimos.
os saldos são um fenómeno económico que poderia dar azo a profundos estudos psicológicos.
ir aos saldos – de modo presencial ou virtual – é um exigente exercício de autocontrolo.
eu tenho de “ter mão em mim” ou a desgraça acontece. tantas boas oportunidades, tudo tão “em conta”, aquelas peças que dão tanto jeito … tudo serve de pretexto para querermos tudo! e juro que eu desenvolvo uma lógica extremamente racional para que tudo faça sentido.
sexta-feira começaram os saldos e qui a menina já tem uma encomenda a caminho da bershka, da women´secret, da stradivarius, da pull & bear e da mango. juro que são apenas coisas que fazem sentido e imensa falta. bem, imensa falta talvez seja um exagero, mas sentido, têm-no todo.
agora mais a sério (pelo menos tentando não parecer uma bimba fútil), quando se tem um orçamento reduzido e trapinhos novos são um dos nossos pontos fracos, o investimento tem de ser cauteloso. as compras online (as minhas preferidas) permitem-nos calmamente avaliar todas as opções e fazer escolhas em vários sites em simultâneo, comparando o que está disponível e fazendo as escolhas certas respeitando o orçamento.
isto de ser rapariga de bom gosto e com um estilo eclético é uma complicação.
não digo que seja fácil controlar estes impulsos de tudo querer, mas a consciência e a responsabilidade a isso obrigam.
confesso ter alguma dificuldade em compreender as pessoas que vão para além das suas possibilidades. não me refiro a fazer escolhas e a priorizar umas coisas em detrimento de outras. cada quem sabe do que necessita para ser feliz - podem haver pessoas que são mais felizes em gastar 30€ numa peça de roupa do que a jantar numa marisqueira.
o que não entendo é quem gasta o que não tem em coisas fúteis. por exemplo, gastando 300€ nos saldos e não pagando a renda desse mês…pois o dinheiro não chega p´ra tudo – acreditem ou não, isto acontece e não é tão raro assim. pessoas que ficam sem água e luz em casa porque não pagaram as contas, pois tiveram “outras prioridades” como passar todas as tardes no café para umas minis after work.
é obvio que o ideal seria que todos tivéssemos dinheiro para tudo o que precisamos e para o que nos dá prazer. mas como diz a minha santa mãe “o dinheiro não estica” … e, assim sendo, devem ser feitas escolhas conscientes.
que o consumismo não ofusque as nossas responsabilidades.
tenho andado algo fora deste mundo. aos poucos vou sintonizando-me. e, embora achasse difícil, surpreendendo-me.
como, como raio saia para o exterior oenunciado de um exame nacional?!
como raio uma jovem, sem problema algum, partilha publicamente no whatsapp o nome/função de quem proporcionou a fuga?! - não que o tenha de manter em confidencialidade, mas a falta de consciência das consequências do seu ato, choca-me!
"ó malta, falei com uma amiga minha cuja explicadora é presidente do sindicato de professores, uma comuna, e diz que ela precisa mesmo, mesmo, mesmo e só de estudar alberto caeiro e contos e poesia do século xx. ela sabe todos os anos o que sai e este ano inclusive. e pediu para ela treinar também uma composição sobre a importância da memória e outra sobre a importância dos vizinhos no combate à solidão. e pronto basicamente é isto. se isto não sair eu não tenho nada a ver com isto, ok?! ".
não estou por dentro do programa de português mas, pelo menos, parte do que foi divulgado é claramente verificável no enunciado da prova.
pondera-se agora a anulaçãoda mesma, que por justiça e equidade nos resultados deveria ser isso a ser feito, sem desculpas ou considerações. mas mais, o que nos garante que esta professora não teve o mesmo comportamento em anos anteriores?! "ela sabe todos os anos o que sai e este ano inclusive"
como explicar a ética aos jovens de hoje se não for pelo exemplo?! estamos a voltar ao vazio de valores defendido porlipovetsky?!
na mesma semana que se torna viral ovídeo de rodrigo guedes de carvalho a encerrar o jornal da noite da sic em que concluí a sua história afirmando que "devemos todos ajudar a construir um mundo onde as crianças vejam que os adultos não faltam à sua palavra".
temos uma comunicação social a ser fustigada (a meu ver com razão) pela abordagem crua, selvagem e desleal com que tem abordado o drama dos incêndios, e surge este jornalista a provar que nem todos são iguais.
temos uma classe profissional, os professores, que se queixam da forma como o estado os trata, e surge esta situação em que num egoísmo latente, sem ética ou moral, um (?) professor (?) decide que é legítimo beneficiar (com informação) uns estudantes, sabendo como isso prejudicará outros.
não gosto quando o meu país me mostra que não há honra nem compromisso profissional, mas cativa-me desmesuradamente quando há pessoas que nos mostram que ainda há esperança!
o ano passado vivi de perto o horror dos incêndios, mas não me tocou apenas a mim, portugal ardia. o início de agosto de 2016 foi terrível.
em 2017, o mês de junho traz-nos o maior pesadelo até aquiconhecido no país. uma situação rara que arrasta para a morte mais de 60 pessoas.
por mais que leia sobre o assunto, por mais programas aos quais assista, continuo a não compreender como é que num país que todos os anos é fustigado pelos incêndios, ainda não tenha desenvolvido programas de prevenção e intervenção efetivos!
não é a minha área, desconheço imensos fatores, mas atrevo-me a dizer que existem ainda muitas medidas a serem tomadas, muitos projetos de prevenção a serem desenvolvidos.
não se pode pensar nesta problemática apenas quando esta acontece e lamentar. o lamentar não evita as mortes que vão ocorrendo (população e heróis).
basta de desculpas e de alegados factos imprevisíveis.