o nosso corpo é uma coisa muito nossa. o nosso espaço interpessoal, o nosso refúgio.
quem convive comigo sabe disso. não sou uma pessoa de muitos abraços e amassos. sinto grande desconforto quando estes existem e ainda mais, quando têm uma duração (mais) prolongada (e aqui entenda-se que, quando tem mesmo de haver este contato físico, para mim o suportável é um chega cá, vai pra lá, quase instantâneo – existirão psicólogos na blogosfera a analisar este meu trauma ).
agora com a gravidez as pessoas, estupidamente, acham que o meu corpo é do povo. agarra aqui, abraça ali e um constante e promiscuo toque na minha barriga. esta situação tem-me desagradado m.u.i.t.o. eu evito ser antipática e rude. fujo discretamente, viro, afasto-me… mas as pessoas parecem não perceber. sei que a frontalidade é o caminho – ou ficar fechada em casa, mas porra que as pessoas parecem tão sensíveis! fico sempre com a sensação que me vou sentir uma grande cabra se pedir que “por favor não me toque na barriga” ou “importa-se de respeitar o meu espaço” ou “a quem pediu autorização para espetar as suas patas em cima de mim” (sem desprimor para os seres de patas).
acredito imenso em energias…e essa passagem de mãos pela pele que protege a minha bebé do meio exterior, perturba-me!
acho que vou ter de adquirir uma destas maravilhosas t-shirts (ver slide… vale a pena) …agora o difícil é escolher qual. mais, tenho de assegurar que tem também tradução em português e que o tamanho é razoável para uma leitura ao longe! talvez não seja má ideia acrescentar luzes de sinalização, para evitar um “não reparei”.
imagens retiradas do google
pessoas lindas que por aqui passam, assim como não entramos na casa de uma pessoa sem ser convidados ou sem autorização, não toquem na barriga de uma grávida a não ser que ela vos autorize. pode ser mesmo muito desagradável para a pessoa e muitas vezes poderá não ter a ver convosco… mas sim com o sentir da grávida. respeitem o corpo e o sentimento alheio (depois envio-vos discretamente uns quantos emails para que, como quem não quer a coisa, lhes enviem este post! )
sou amante confessa de bom vinho. sempre que tenho oportunidade faço enoturismo no nosso rico portugal (com paixão assumida pelo alentejo e douro).
para estas férias de verão decidimos levar esta paixão além fronteiras e visitar a bela região de toscana. a zona é verdadeiramente "molto bella".
o único problema é eu não poder usufruir do néctar dos deuses! ai que suplício em que me meti! é óbvio que quando marcamos a viagem a bebé estava em mente mas não era ainda uma realidade. bem que me tramei pela antecedência 🙃
já repararam que ultimamente há uma espécie de virose na blogosfera.
todas as semanas ao ler um post, de um blog que sigo ou de uma recente descoberta, lá aparece uma nova “vítima”.
tenho questionado se é do tempo, do ano ou se é mesmo da blogosfera. seja como for acho que a melhor estratégia é a prevenção. temos de ter cuidado, pois estas coisas pegam-se.
mas como pela boca morre o peixe … lá fui contagiada.
não se preocupem, estou a conseguir sobreviver estoicamente. confesso, até, ter desenvolvido um carinho especial pelo “virusinho”
e assim, sem grandes demoras, partilho convosco que entrei no clube das grávidas da blogosfera.
quando informei a minha médica da minha intenção de engravidar e após um rol de exames médicos, receitou-me a toma de folicil – ácido fólico (vitamina b9). o ácido fólico é uma substância que previne malformações no feto, especificamente na constituição do tubo neural podendo afetar o desenvolvimento da espinal medula; a médica considerou que deveria iniciar a toma de imediato – referiu que não tinha nenhuma contraindicação.
passados 3 meses e estando a acabar os comprimidos fiz uma pesquisa sobre o assunto. e bem…fiquei algo reticente quanto à toma deste suplemento.
a organização mundial de saúde recomenda que as mulheres grávidas saudáveis tomem 0,4 mg de ácido fólico por dia. parece que o problema prendem-se com o respeito por esta quantidade, visto que para alem do suplemento (cuja dosagem pode variar) uma alimentação saudável inclui imensos alimentos fonte desta vitamina.
verificou-se, num estudo levado a cabo pela faculdade de medicina da universidade do porto e da universidade católica e publicado no journal of endocrinology, que “a exposição a quantidades excessivas de ácido fólico durante a gestação pode aumentar o risco de as crianças virem a sofrer de diabetes e de obesidade”
um outro estudo, realizado em miami (eua), “revela que grávidas que tomem suplementos vitamínicos com ácido fólico em excesso pode aumentar o risco de autismo” (dados aparentemente não verificados).
como a minha gravidez ainda está em lista de espera, decidi não fazer nova toma do suplemento e intensificar o consumo de alimentos que aportam naturalmente esta substância ao organismo (pelo menos enquanto não se verificar a gravidez, depois seguirei as instruções da médica). a questão é que não me faz sentido tomar este suplemento por tempo indeterminado, visto não saber se irei ou não engravidar.
alimentos ricos em ácido fólico/ vitamina b9:
hortaliças verdes - espinafres, brócolos, espargos, couve, alface, feijão-verde; e outros vegetais como a beterraba, abóbora, cenouras, nabo
diz-se que: "a espinha bífida é uma condição em que a espinal medula fica exposta. se as vértebras da coluna vertebral que rodeiam a espinal medula não fecharem corretamente durante os primeiros 28 dias depois da fertilização, o cordão de nervos da espinal medula poderá malformar-se especialmente na parte inferior da coluna. isto pode provocar danos no sistema nervoso central." fonte: de mãe para mãe
ontem, no dia mais longo do ano, chegou o verão - dizem que foi às 23h34m. para além da precisão na chegada da nova estação, agrada-me que as condições meteorológicas efetivamente façam jus à mesma. quentinho tão bom e há tanto desejado. não me recordo de estar a meados de junho sem ainda ter posto o pezinho no mar e vamos assumir, neste contexto, sabe mesmo bem "atirar a toalha ao chão" :)
admiro-me, ainda, quando coisas óbvias me despertam a atenção. quando acabei de ler o artigo só pensei: óbvio! no entanto é agora um 'óbvio' cientificamente provado!
tod@s sabemos que no verão estamos mais predispostos 'ao amor' :D
os dias mais longos, o calor, as férias, a flexibilidade de horários, os corpos "mais" despidos, os finais da tarde na esplanada, as hormonas saltitantes...todos os ingredientes para assegurar bons treinos concecionais!
o que o estudo vem agora revelar é que efetivamente o "semém está mais ativo" (questiono se não será pelo próprio "sexo" estar mais ativo - ou seja, mais = melhor). seja como for, temos mais uma desculpa (como se dela necessitássemos) para intensificar os treinos nos meses de julho e agosto! (quem resiste ao sabor a mar na pele, a um pôr-do-sol, ou à energia que nos despertam as festas de verão?! ;) )
sabemos que o cálcio é um mineral essencial à grávida e ao desenvolvimento do bebé (dentes e ossos). os lacticínios são uma excelente fonte deste mineral, devemos integrar na nossa alimentação leite e derivados - 3 porções diárias (leite, iogurte e/ou queijo).
o bebé necessita de cálcio para a sua formação, se a mãe não o fornecer através da alimentação, o bebé irá busca-lo às reservas da mãe (sendo prejudicial para ambos, pois debilita a mãe e o bebé não absorve as quantidades necessárias).
“suguei” o cálcio da minha mãe que hoje tem imensos problemas (de dentição e osteoporose); eu tive sempre uma frágil dentição (verificada sobretudo nos dentes de leite e nos morales) pela pouca quantidade de cálcio captada na gestação.
sou uma cheese lover, adoro leite frio nos cereais (integrais claro ;) ) e os iogurtes são versáteis e um ótimo e saudável companheiro quando a fome aperta (o iogurte possui bactérias saudáveis que evitam o desenvolvimento de microorganismos nocivos; são excelentes para o controlo da flora intestinal contribuindo para o seu bom funcionamento).
opto sempre pelas versões magras (exceto no queijo que adoro todos e é impossível resistir aos mais gordos)
como o munda não é perfeito, na gravidez devemos evitar: queijo, leite ou iogurte não pasteurizados, incluindo queijos de pasta mole (brie, camembert, queijos azuis).
de modo a potenciar a absorção do cálcio dos alimentos é conveniente que alimentos ricos em cálcio não sejam consumidos conjuntamente com alimentos ricos em ferro.
diz-se que: os lacticínios (preferencialmente orgânicos) podem beneficiar a ovulação e aumentar as probabilidades de gravidez
o top dos cereais graças ao seu elevado valor nutricional é a aveia. e fico feliz pois adoro!
ajuda a fortalecer o sistema imunológico e a controlar o peso (graças às sua fibras solúveis que proporcionam maior saciedade e ajudam a manter ativo o intestino). rica em minerais: zinco, potássio, sódio, cálcio, selênio, fósforo, magnésio, manganésio e o ferro, essenciais à boa formação do bebê.
são aconselhadas 30 gramas ao dia - floco, farelo (o mais nutritivo) ou farinha (o menos nutritivo).
relativamente a toda a variedade de cereais o conselho é a opção pelos cereais integrais pelo seu valor nutricional e controlo de glicémia.
ficam aqui uma receita ssd: simples, saudável e deliciosa
as leguminosas que se destacam pelo seu valor nutricional são o grão de bico e o feijão (quer antes, quer durante a gravidez).
grão de bico – rico em ácido fólico é uma fonte importante de minerais (cálcio, magnésio, fósforo, zinco, ferro e potássio), vitaminas (destacando as do complexo b) e fibras. para além de fortalecerem o sistema imunitário da grávida, contribuem para o desenvolvimento do sistema nervoso do bebé.
feijão - contém antioxidantes, proteínas, carboidratos e é fonte de zinco, ferro, cálcio, magnésio, vitaminas (principalmente do complexo b) e fibras (incluindo as solúveis que proporcionam uma maior sensação de saciedade). é um alimento nutricionalmente completo.
ervilhas e lentilhas são também boas apostas.
diz-se que: o zinco ao contribuir para a digestão das proteínas e reforçar o sistema imunitário, contribui para um corpo mais ativo e fértil :)
nas minhas pesquisas sobre como a alimentação pode influenciar a fertilidade conclui que: não influencia :D
no entanto um corpo saudável, como boa circulação sanguínea e os nutrientes necessários tem melhores condições para alojar uma criatura.
reuni os alimentos mais consensuais para favorecer a gravidez. ao longo desta semana partilharei os meus “descobrimentos” :)
para hoje temos: sementes. regra geral todas as que são comummente introduzidas na nossa alimentação têm aspetos nutricionais interessantes. no entanto para a gravide destacam-se 3, por serem mais completas face às necessidades desta fase.
para antes de engravidar destacam-se as sementes de girassol - ricas em vitamina e - melhoram a saúde dos óvulos e dos espermatozoides e a regulação hormonal.
chia – alimento rico em fibras e ómega 3, ajudam a controlar os picos de apetite da gravida, a regular o trânsito intestinal e contribuem para a formação do sistema nervoso do feto.
podem ser utilizadas em sumos, iogurtes, saladas, misturas de cereais …o aconselhado é não ultrapassar uma colher de sopa de sementes de chia ao dia.
quando as adiciono aos sumos deixo-as em água pelo menos 30m antes de maneira a cria um gel que melhor contribui para a sensação de saciedade. de igual modo, quando as adiciono aos iogurtes, deixo-o repousar 30m no frigorífico antes de ingerir.
linhaça – rica em fibras, ómega 3 e ómega 6, ajuda a controlar o apetite, contribui para a diminuição da retenção de líquidos e ajuda combater a prisão de ventre. rica em ácidos gordos e ómega 3 é importante para a formação do sistema nervoso do bebé.
existe a linhaça dourada e a castanha. é aconselhada a linhaça dourada por ter um tratamento menos processado. como tudo tem peso certo e medida não é aconselhado mais do que duas colheres de sopa ao dia. eu opto por uma.
a linhaça pode ser consumida em semente, farinha ou óleo.
uso as sementes de linhaça em sumos (deixando-as de molho em água 1h antes), misturo-a com outras sementes e cereais para o pequeno-almoço, e uso em saladas). a farinha é mias agradável nos iogurtes.
a infertilidade é considerada após um ano de “treinos” sem toma de contracetivos e sem conceção, a realidade diminui para os 6 meses em mulheres acima dos 35 anos, ou seja, mulheres como eu.
tenho lido bastantes artigos sobre mitos sobre a fertilidade: posições, alimentação, n.º de relações… bem parece que, como em tudo, a questão é o equilíbrio. uma alimentação equilibrada e variada nos nutrientes (evitando o álcool e café em excesso), uma vida sexual regular e descontraída (evitando intervalos superiores a 5 dias pois parece diminuir a mobilidade dos espermatozoides) e evitar variações de peso (estando comprovado que a obesidade diminui a fertilidade, assim como a extrema magreza).
de destacar o que todas já sabemos: período fértil, com duração de 3 dias (dois dias antes da ovulação e o dia da mesma); a ovulação ocorre 14 dias após o primeiro dia de menstruação (em termos médios). a quem atribua uma duração de 5 dias ao período fértil
evita stress e ansiedade (estou a tentar, juro!), não que esteja provado que diminua a fertilidade, mas porque retira o prazer desta importante fase da nossa vida.
o exercício é importante para manter o nosso corpo ativo e uma boa circulação sanguínea, mas em excesso tem o efeito contrario.
embora não hajam posições sexuais privilegiadas para aumentar a gravidez… pode ser giro e só por descontração diversificar m.u.i.t.o. :)
ah! e no final é evitado as perninhas para o ar… aproveita a conchinha ou adormecer no peito do teu príncipe :)