2020 (finalmente) chega ao fim
sei que este é o pensamento que muitos partilham.
eu vivo-o com ambiguidade.
2020 foi o ano de todos os desafios.
foi o ano do confinamento, do distanciamento social, da solidão, da incerteza e do medo.
foi um ano de reflexão (imposta), não sei se foi um ano de mudança, mas foi sem dúvida um ano a quem ninguém fiou indiferente.
foi um ano que ficará para a história, esperemos que não seja o início de um período. 2021 traz-nos esperanças renovadas, como se a mudança de ano pusesse-se fim a isto tudo. a vacina chegou antes do fim do ano mas, quando a esperança começa a aquecer os corações, surge uma nova estirpe do vírus que nos estupra a fé e alimente as teorias da conspiração.
no entanto, mesmo sem a meiguice que se esperava de um ano lindo como 2020 (quer na expressão escrita, quer na expressão oral) eu não consigo não lhe estar grata.
2020 trouxe-me um ser cheio de luz. um sorriso fácil que se ilumina só por captar o meu olhar ou ouvir a minha voz. um gargalhada pura e contagiante. uma força da natureza que desafia todos os limites mas que ameniza todas as ânsias.
mesmo com todas as coisas menos boas que este ano me trouxe a nível pessoal, no meio de toda esta loucura mundial, tive muita sorte. apesar dos sustos e das limitações eu e os meus estamos bem. parece-me que perante este cenário de bosta de vaca biológica mais não podia pedir e agradecer a 2020.
se puderem, se tiverem razões para tal, vejam o copo meio cheio que 2020 vos deixou.