egoísmo e amor, podem coexistir?
não temos que gostar de todas as pessoas, mesmo que estas entendam que querem relacionar-se connosco.
é uma questão de liberdade individual.
imagem retirada daqui
esta afirmação torna-se paradoxal nas relações por afinidade. teremos o direito de negar a relação com uma pessoa que seja significativa para alguém que amamos? independentemente das razões - reais ou imaginárias - que possam existir.
já todos questionamos (pelo menos mentalmente) a escolha de namorad@ dos noss@ss amig@s? do nosso irmão? da nossa filha? - vá não neguem! e, nesses casos, puxando da nossa maturidade, engolimos as nossas questões e apoiamos. porque este é o limite da nossa liberdade: a liberdade do outro. nestas relações afetivas a escolha não é nossa - nem tem de ser, a relação é deles. e, caso não se verifique nada que vá contra o bem-estar de quem amamos (violência, traição, parasitismo…), pomos o melhor sorriso e extravasamos simpatia, para não causar tristeza naquela pessoa de quem tanto gostamos. aqui, car@s, temos que relacionar-nos mesmo que não gostemos da pessoa, sobrepondo o nosso amor por alguém à antipatia por outro (mesmo que intragável).
Por acreditar e praticar isto, quando surge na minha vida uma pessoa infantil e egoísta que não respeita a escolha do outro, fazendo exigências e ameaças, fico azul! como lidar com alguém que não se importa de magoar quem amamos?
esta é uma situação pessoal que me aflige há já algum tempo, no entanto quero esclarecer que não tenho nenhuma mágoa por um estranho não gostar de mim, honestamente. até é gratificantes não despender o meu tempo e energia a tentar ser simpática. mas incomoda-me por ser uma situação que afeta e entristece a pessoa que amo - um ser equilibrado que tenta gerir a situação, lidando com a pressão e esperando que, como se por magia, ela desaparece-se (a situação, é claro)
como pode um adulto magoar quem ama? afastá-lo de si?
eu sei que é recorrente nas relações amorosas, mas nas filiais que sentido faz?
são relações independentes, vidas independentes.
presenciar este egoísmo faz-me fervilhar a bílis!