nada melhor para acabar a semana do que uma inspiração culinária simples e saudável!
desde o nascimento da pg que procuro e desenvolvo receitas saudáveis e sem açúcar. coisas simples que substituem muitos produtos de compra - nada de masterchef .
quando iniciamos esta aventura culinária percebemos que o tempo exigido não é muito e que cozinhar é uma forma de terapia. percebendo as regras básicas e experimentando sem receio dos erros (que acontecem) é um processo que chega a ser desafiante e divertido.
há muito que não partilho receitas mas hoje trago uma de bolachas de alfarroba. as bolachas não são muito doces, têm a meu ver o docinho q.b. para darem satisfação à alma e saciar a gula. podem ser feitas fininhas (que é como eu gosto) ou um pouco mais altas. a diferença estará, sobretudo, na crocância.
bolachas de alfarroba
- ingredientes -
1 ovo grande
1 chávena* de farinha de aveia**
1/2 chávena de farinha de amêndoa
1/2 chávena de farinha de alfarroba
1 colher (sopa) de açúcar de coco***
2 colheres (sopa) de azeite ou de óleo de coco (derretido)
1 colher (chá) de canela em pó
1 colher (chá) de fermento
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 colher (café) gengibre em pó (opcional mas aconselhável)
- preparação -
.1. junte todos os ingredientes secos numa taça e envolva bem
.2. bata o ovo com o azeite e adicione, depois, ao preparado "seco"
.3. misture tudo muito bem e amasse com as mãos até a massa ficar homogénea (fica bastante seca)
.4. ligue o forno a 180º
.5. estenda a massa, deixando-a com a altura a seu gosto, e corte com a(s) forma(s) que quiser.
.6. leve ao forno, num tabuleiro forrado com papel vegetal, por 15m se forem fininhas ou 25m se forem mais altas (+/- 0,5cm) - como faço as bolachas finíssimas rende-me dois tabuleiros.
.7. tirar do forno, deixar arrefecer e devorar e/ou guardar num frasco bem fechado (eu como prefiro o vidro, costumo reaproveitar os frascos grandes de conservas).
*chávena de 200ml **pode obter-se triturando os flocos de aveia *** duas se gostarem docinhas
estar em casa por tanto tempo e não saber quando poderá ser a próxima viagem faz-me ter saudades dos momentos passados na descoberta doutros lugares e outras realidades.
a última viagem que fiz foi a veneza em novembro de 2019. exatamente nos dias em que a cidade inundou de forma épica. veneza é um local turístico por excelência. um local que muitos desejam conhecer. pela sua singularidade e pela mística criada à sua volta. fomos dois dias apenas. chegamos de manhã cedo e regressamos no dia seguinte noite tarde. honestamente achei suficiente para sentir a essência da cidade (mesmo com as cheias). claro que para aprofundar recantos seria necessário mais tempo; mas o que me atrai no sentir o viver das cidades, das rotinas do seu povo, dificilmente se sentiria no centro de veneza, pelo menos foi a sensação com que fiquei, pois é uma cidade tão turística que está tudo muito direcionado para esse aspeto, havendo pouco espaço para o que é inerente à vida corriqueira da população local. veneza é uma bela cidade para se passear a pé, para nos perdermos nos seus becos, canais e ruas estreitas (não é preciso grande esforço para nos perdermos ).
postais da cidade
pormenores que captaram a minha atenção
dicas da mami (boas e gratuitas):
- vale mesmo a pena fazer o passeio de barco pelas ilhas de murano, burano e torcello, a viagem dura cerca de 4 horas, custa apenas 20€ e ficamos a conhecer outras realidades de veneza – durante os percursos de barco a/o guia vai fazendo uma introdução à ilha e conta um pouco da sua história. nós compramos online antes de ir e funcionou tudo muito bem, mas se for época baixa dá perfeitamente para comprar no local – como íamos com pouco tempo não queríamos desperdiça-lo em filas, mas a verdade que havia muita gente por todo lado, mas nada de asfixiante.
- achei interessante fazer o percurso do aeroporto para o centro da cidade de vaporetto (autocarro versão barco), é uma forma diferente de chegar a uma cidade também ela diferente (custa 15€ por pessoa). no regresso ao aeroporto optamos pelo autocarro para ver outras paisagens e porque queríamos conhecer a parte da cidade onde se apanham os mesmos – passando pela cidade universitária (8€ por pessoa).
- quem viaja com crianças pequenas tem de pensar muito bem em levar ou não carro de passeio. nós levamos (criança 2 anos) e arrependemo-nos. a maior parte do tempo tínhamos de carregar a bebé e o carrinho, pois com tantos canais, pontes e pontesinhas, as escadas são muitas e o carrinho não dava jeito nenhum. se a criança aceitar o marsúpio é a melhor opção ou então o colinho e as cavalitas.
- no inverno aproveitem qualquer desculpa para beber um delicioso chocolate quente
life is a beach
eu, do alto da minha arrogância, ri-me das pessoas que exageradamente andavam nesta figura
(chovia, tudo bem, mas não era para tanto)
(10€ o par)
no dia seguinte, a praça de s.marcos acordou assim
passadas duas horas a água já me chegava a meio da canela e as minhas maravilhosas dr. martens estavam inundads (pois a água entrava por cima!) ainda hoje têm um cheiro pestilento mas mantive a minha teimosia e não comprei os preservativos para sapatos!
aqui não podemos dizer que tenha sido esperta, fui apenas (muito) teimosa
disse-me uma vez o meu professor de português desconfiando dos meus argumentos sobre um determinado tema que ele dera para a escrita de um texto crítico.
ignorando a frase feita e a ironia do seu tom de voz, respondi-lhe, de modo arrogante, que o meu objetivo não era encantá-lo mas sim levá-lo a ver o meu ponto de vista, mesmo que divergente do seu. não respondeu, apenas anuiu e fez aquele gesto com a mão de quem dá passagem a alguém a quem estava a obstruir o caminho. "cantei bem" e mesmo sem o encantar tive uma excelente nota