Um dos meus objetivos recentes e compromisso com a humanidade é o de reduzir o consumismo, sobretudo em determinadas áreas, nomeadamente o vestuário.
Nos últimos anos a roupa tornou-se extremamente acessível (refiro-me às marcas comerciais e não às marcas brutalmente dispendiosas).
Ontem fui ao shopping, na tentativa de encontrar uma bela secretária a bom preço – tentativa falhada-, e aproveitei para ver algumas lojas de roupa para a miúda – normalmente aproveito os saldos para comprar para o próximo inverno. Confesso que é extremamente difícil, tendo um gostinho por trapinhos e tendo uma miúda que bem os veste, controlar o meu desejo de comprar e comprar, pois tudo parece essencial e necessário. Mas respeitando o meu compromisso comprei só peças essenciais: camisolas de algodão (3) e um pack de leggins.
Com peças a 1,50€ é difícil não cair na tentação de “só mais uma”. Agrada-me a existência de preços acessíveis, mas por outro lado, estes levam a um maior consumo apenas porque é barato, obrigando a uma maior disciplina por parte do consumidor.
Mas qual é efetivamente o custo de produzir uma camisola que é vendida a 1,50€?! A matéria-prima, a mão-de-obra na produção – e as condições desta, a logística (etiquetar, armazenar, distribuir), o transporte, a logística da venda… para além de não compreender como é que todo o processo se reduz a um preço tão baixo, é assustador imaginar a pegada ecológica desta peça de 1,50€, que por norma vem de “longe” e que muitas vezes nem gostamos muito mas compramos porque é barata e usamos pouquíssimas vezes.
Neste meu processo de consciencialização e de compra do essencial assumi alguns princípios na compra de roupa para a pequena: comprar peças confortáveis e de qualidade (duradouras mantendo o bom aspeto lavagem após lavagem); peças neutras (facilmente combináveis); privilegiar peças cuja composição seja (maioritariamente) em algodão - este é um aspeto dúvio do ponto de vista ecológico, mas em consequência da pequena ter pele atópica é a escolha mais funcional; evitar comprar peças que, embora lindas, tenham reduzida usabilidade (pelo material, conforto ou especificidade); evitar comprar por impulso, sobretudo em virtude do preço reduzido. Na compra de vestuário para mim apenas dois princípios: ir substituindo os essenciais à medida do seu desgaste e adquirir apenas duas peças ícone por estação (sei que ainda poderia fazer mais, mas tendo em conta o meu comportamento habitual este é um salto de guerreira que espero concluir com sucesso).
sei que para além de reduzir na adquisição, deveria aumentar a reutilização. em virtude do meu roupeiro eu facilmente investirei na reutilização. com a pequena é mais complicado, embora já tenha encontrado vários grupos no facebook de troca de vestuário, por norma as pessoas estão dispersas e o encontro para troca não é o mais fácil, mas é uma opção que terei de explorar melhor. existe também uma loja local para o efeito que irei explorar em 2020.
e olhem, na medida das minhas capacidades e disponibilidade mental, esta é a minha única e efetiva resolução para 2020: reduzir o consumismo e aumentar a reutilização. sendo uma e apenas uma, espero (prometo) não falhar.
para aprofundar este tema aconselho a leitura do artigo do público a pegada da nossa roupa(fonte da imagem partilhada).
acordei desorientada e com pensamentos turvos. foi uma noite inquieta, com sonhos desconexos e uma ansiedade latente. algo estaria a acontecer, a minha intuição assegurava-o.
tentando afastar estas inquietações da minha mente, lentamente acordo o meu corpo e levanto-me na procura do intenso cheiro do café acabado de fazer.
dou um gole no meu café, forte e sem açúcar, e pouco a pouco, sinto a energia, timidamente, a percorrer o meu ser. respiro fundo, fazendo com que as minhas narinas absorvam o ar fresco que se faz sentir nesta manhã de inverno. tomo consciência de mim. olho à minha volta e apercebo-me das decorações de natal e de uma mesa ainda bem composta. ouço o crepitar da lenha na lareira e sinto um arrepio no corpo, não pelo frio, mas pela ausência.
abate-se sobre mim a realidade.
está tudo igual.
foi tudo feito à semelhança do que sempre fizeste.
a propósito da chegada da depressão elsa, ouvia há pouco na rádio um ouvinte a afirmar "eu ainda sou do tempo em que lhe chamava inverno".
ora bem, não sendo especialista na matéria (nem nada que se lhe assemelhe) diria que o sr. é capaz de ter alguma razão.
o certo é que tudo indica (pelo menos para o centro e norte do país) que teremos um natal molhado, por isso, não havendo nada a fazer contra o daniel, a elsa ou o próximo a vir (fabien) para a noite de consoada, o melhor é aproveitar para estar no quentinho rodeados de quem amamos, enquanto ouvimos a madeira na lareira a crepitar. há sempre um lado b(om) na vida, olhemos para esse lado e sejamos felizes
as plantas nunca foram o meu forte. por razões que desconheço nunca sobreviveram muito ao meu lado (quiçá, admita eu, tenha sido alguma falta de cuidado da minha parte). um de tantas relações falhadas!
aconselharam-me agora, que estou numa fase em que procuro uma maior comunhão com a natureza, a espada de são jorge. quem me aconselhou esta planta que até aqui só conhecia como “línguas de sogra”, disse que o fazia por dois motivos:
1.º - não é uma planta exigente ao nível de cuidados (rega duas vezes por semana), é muito resistente e adapta-se bem ao interior e ao exterior da casa;
2.º - (conhecendo a minha panca pelo equilíbrio das energias) esta planta é conhecida por ser um escudo protetor contra as energias negativas e por purificando o ar (graças à produção noturna de oxigênio).
assim, à primeira vista, diria que é uma planta talhada à minha medida. vamos lá ver se se verifica a sua resistência e se encontrei finalmente a minha compatibilidade no mundo das plantas!
para além da sua resistência e das suas propriedades esotéricas dá uma bela cor à decoração!
(obviamente que as restantes plantas da imagem são artificiais )
pelas suas características purificadoras do ar coloquei uma espada de são jorge bebé no quarto da minha princesa!
somos seres tão diversos que cada um de nós consegue ser especial de forma diferente, quer seja por uma característica física, cognitiva, de personalidade ou afetiva.
nunca dúvidemos do potencial de cada um em atingir grandes feitos!
estou numa luta para mudar os meus comportamentos, numa perspetiva de minimalismo e de combate ao consumismo (um dos meus pecados capitais - versão séc. xxi).
não sou ambientalista (acreditando que o “ista” pode ser sinónimo de conhecedora de), mas acredito que tod@s nós temos de repensar comportamentos e melhor gerir as nossas opções. a economia circular e a reutilização a meu ver não são chavões da moda, mas sim uma tendência para reduzir o nosso impacto negativo no mundo que nos acolhe.
o natal é por si um apelo ao consumismo. a vontade de agradar a quem amamos e o bombardeamento de coisas que há por todo lado faz-nos desejar tudo! e, como diria o outro (que nunca sabemos quem é o outro), a carne é fraca.
no que toca às crianças, sobretudo às nossas, pequenos seres merecedores do mundo, parece que tudo lhes faz falta e que nada é demais para os fazer felizes. mas, em boa verdade, elas têm imensas dificuldades em lidar com muitos estímulos em simultâneo, e o receberem muitos presentes faz com que não valorizem verdadeiramente (quase) nenhum; para além de quê, na maioria das vezes, o que as faz dar gargalhadas e serem felizes não são coisas!
num momento de morte aos neurónios, quando passava pelo feed do facebook, encontrei um artigo, num site espanhol que acompanho, sobre a regra dos quatro presentes de natal para crianças, mas que acredito que se aplique também para o aniversário ou outras datas em que sejam merecedoras de afagos materiais.
as regras são simples e, como quase sempre, bastante óbvias. o objetivo é procurar o equilíbrio, permitir que a criança valorize o que recebe e mantenha acesso o desejo.
fiz uma breve pesquisa junto do dr. google e não consegui descobrir a sábia mente que criou estas regras, pelo que não podendo citar uma fonte, cito a sra. “é tão óbvio que me apetece esbofetear-me por não ter pensado nisto”.
as quatro regras são então:
.1. uma peça para usarem (roupa, calçado ou acessórios)
.2. um livro
.3. algo que ela precise (para a escola, para o desporto que pratica ou o seu passatempo preferido …)
.4. algo que deseje (por norma bem espelhado na carta que escreve ao pai natal – um sinal da mudança dos tempos é quando uma carta ao pai natal tem uma lista de presentes e não apenas “aquele” presente tão desejado)
os tais especialistas afirmam também que estes presentes têm de ser selecionados tendo em conta a idade e as características/gostos da criança, devendo favorecer a interação social e com o meio envolvente/natureza, contribuindo para o saudável e harmonioso desenvolvimento físico, cognitivo e emocional – ou seja, coisa pouca!
este natal já não vou a tempo de cumprir com a regra dos quatro presentes – compro tudo com muita antecedência para ter a certeza que está tudo perfeito no dia (montado e verificada a usabilidade) e também para fugir ao stress das prendas de última hora-, mas intuitivamente safei-me nas características que as prendas devem ter (ufa).
assim, a minha pequena de dois anos vai receber: um triciclo que promove o desenvolvimento motor e a coordenação, a resistência a frustração e a persistência, bem como, favorece as atividades ao ar livre! (um ponto para a mami!); uma cozinha que promove o desenvolvimento da imaginação e a interação social, ambos através do “jogo do faz de conta” (e vão dois pontos para a mami); o livro “da cabeça até aos pés” de eric carle que para além de promover o gosto pela leitura convida o pequeno “leitor” a imitar os movimentos das várias personagens e a relação afetiva com o seu/sua companheiro/a de leitura (desenvolvimento cognitivo + motor + emocional, boa mami! mais um ponto); dois jogos: um de encaixe e outro de equilíbrio, ambos visando o desenvolvimento de competências cognitivas e de motricidade fina (aqui a mami por ultrapassar o n.º de presentes aconselhado não ganha pontos!)
confesso que nesta idade não considero os objetos de vestuário, calçado e afins como presentes, vejo-o como um bem essencial – embora assuma que ultrapasso em larga medida o que é essencial, mas juro que estou a trabalhar no sentido de melhorar esta característica!
bom natal e boas compras – controladas e certeiras!
este creme é ideal para os dias mais frios e para fortalecer o nosso sistema imunitário.
o seu tom laranja enquadra-se na perfeição nas belas cores de outono.
creme de abóbora e lentilhas
serve 8/10 pessoas
.ingredientes.
400g abobóra manteiga
400g abobóra menina
3 chávenas de chá de lentilhas laranja (demolhadas e escorridas)
1 cebola grande
8 dentes de alho
gengibre (o equivalente a um dedo mindinho)
1 lt de água
raspa de 1/2 laranja
sal, pimenta 5 vagas e azeite a gosto
preparação
coza, num litro de água, a abóbora e a cebola cortadas aos cubos, os alhos e o gengibre descascados e finamente cortados e as lentilhas. após levantar fervura reduza o lume e deixe cozer cerca de 30m.
verifique se as lentilhas estão cozidas e, em caso afirmativo, adicione a raspa de laranja e sal a gosto. deixe ferver cerca de 2m. verifique e retifique os temperos. desligue o lume, triture os ingredientes, e acrescente azeite a gosto.
ao servir pode acrescentar pimenta 5 vagas moída na hora (pode ser colocado também na mesma altura de que o sal, mas como a princesa come da mesma sopa que nós, o sal é sempre reduzido e as especiarias são adicionadas no prato ao gosto de cada um).
nota: esta receita foi inspirada na receita original que pode aqui encontrar.
o livro, por cá, continua a ser o brinquedo favorito. uns encantam-na mais do que outros, mas está sempre disponível para os explorar e interagir com eles.
no outro dia deliciei-me quando a "apanhei" a "ler" a história de um dos seus livros preferidos. é maravilhoso o efeito que os livros têm no desenvolvimento da criança.
boa viagem bebé é um livro que a fascinou desde o início (tinha ela 16 meses) - foi aconselhado pela debora, e é esta uma das magias dos blogs e das redes sociais: partilhar o que de bom vamos encontrando.
ainda hoje - com 24 meses - o "lê" com fascínio. gradualmente foi reparando em vários pormenores (graças à riqueza das ilustrações - que se apresentam de uma simplicidade complexa e estruturada) e interagindo com a história (a forma como o texto está escrito apela a esse envolvimento).
na contracapa encontramos um "apanhado" de vários objetos que são apresentados na história, possibilitando a diversificação e exploração do vocabulário da criança.
apreciação mami: as ilustrações são geniais. o livro está cheio de pormenores que vai captando a atenção da criança. o texto é simples mas intencional, descreve as rotinas do bebé na hora de ir para a cama. a forma como está escrito leva a criança a interagir com o texto. o livro é de capa dura e as páginas são resistentes.
apreciação pg: ela adora-o! interage com a história e identifica os vários elementos que se destacam, sobretudo aqueles que são apresentados na contracapa - excelente para o desenvolvimento do vocabulário.