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mami

viver | amar | sentir | pensar | lutar | conquistar | desafiar | refletir | descobrir | experimentar | partilhar | aprender | acreditar | sonhar * ser mãe sem me perder de mim *

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igualdade de género

a igualdade de género está na moda, pensarão alguns.

fica bem falar de igualdade, dirão outros.

é tudo muito bonito mas na prática ..., comentarão (sobretudo) muitas.

 

Pirâmide Social.jpg

efetivamente existe atualmente um maior investimento nesta temática - não fomos nós que nos lembramos, mas a europa que sugeriu -, proliferam as ações de formação (financiadas) nesta área.

como trabalho na área da educação achei que era meu dever fazer formação nesta temática. e, eu que me achava muito inclusiva percebi que ainda tenho, integrados de modo latente, alguns estereótipos ligados ao género e ao que "corresponde" a cada um. por outro lado, nos debates de grupo, percebo que muita da sensibilidade que temos para a discussão desta temática está associado ao próprio género: porque eles "estão a outorgar um direito a elas", estão a ser uns fixes  verifico também a esperteza das pessoas a dizerem o que "fica bem" e a agir, no momento a seguir, de modo contraditório (elas e eles).

Mas sejamos honestos, não se pode almejar numa ação de formação de 25h, 50h, 100h, alterar o que culturalmente está enraizado em nós desde que começamos a interagir com o mundo. acredito que estas ações são um "abrir de olhos" para a realidade que nos rodeia e para uma gradual mudança de comportamentos (em nós e, consequentemente, nos que nos rodeiam).

se eu já era sensível a esta questão, estando a fazer a formação, estou ainda mais atenta e preocupada com as questões de género. o facto de ter uma filha aprimora a vontade de que a igualdade seja atingida.

ontem cheguei à creche que a minha filha frequenta e a educadora partilha comigo esta sua grande frustração:

"estou a fazer chapéus para o dia das bruxas e os azul bebé não ficam nada bem. sabes que para meninas é cor de rosa e para meninos é azul, mas neste caso acho que os azuis não têm nada a ver. estou a fazer estes em roxo, o que achas?

eu respondo: - estão lindos! gosto muitos mais desses, têm mais a ver com dia, podes dar um desses a minha pequena!

e ela diz: - não. para a menina é cor-de-rosa!"

é esta mulher que formalmente "educa" a minha filha. ela nem conseguiu perceber o meu desagrado, a minha frustração. a minha filha no dia das bruxas vai ter um chapéu cor de rosa...porque é menina!

há cada uma! #22

hoje vou dar-me a honra de participar neste espaço ;)

depois de ter partilhado a minha primeira história, hoje venho subir… ou quiçá seja mais adequado dizer “descer” o tom.

uma característica da minha personalidade é ter pouca paciência para pessoas que não me acrescentam nada – creio que esta característica surgiu e se aprimorou com a idade. não sou uma snob arrogante – embora muitos pensem que sim; a questão é que o tempo que tenho para conviver com os outros é cada vez menor, por isso opto por investi-lo com as pessoas de quem efetivamente gosto.

após este breve enquadramento cá vai a história de hoje:

há uns anos uma rapariga que trabalhava na mesma entidade que eu, doravante denominada a moça, decidiu ofender-me numa mesa de café, com um grupo de colegas de trabalho. tal atitude surgiu por eu, na véspera, a ter ignorado numa festa de aldeia – contra mim confirmo que este facto é verdade, mas não esperava ser apanhada já que estavam centenas de pessoas naquela festa. no entanto nada justifica ofensas ao nível do discurso: “aquela filha da ****, a partir de hoje que não me dirija mais a palavra”. mas confesso que acatei o recado religiosamente, até porque ia ao encontro da minha vontade.

e assim foi durante um ano ou mais. um triste dia eu precisava de uma segunda pessoa para  a realização de uma atividade. embora a moça não trabalhasse na mesma área do que eu, como estávamos em agosto, não havia muita escolha. assim, foi-me dito que a pessoa que me acompanharia seria a moça. revirei os olhos, bufei e engoli.

no dia da atividade, num local idílico, num momento de pausa, eu e a moça estávamos sentadas uma frente a outra nuns banquinhos de madeira. a moça vira-se para mim e começa a falar como se fossemos as melhores amigas. eu impávida e serena, nem abria a boca, mas por educação e, quiçá, instinto, lá ia acenando com a cabeça. fiquei a saber do namorado, das quecas, dos gostos de ambos... enquanto ansiava pelo fim daquele momento – eu sei que estão a pensar que eu poderia ter acabado com aquilo… e é verdade! mas eu tinha prometido à minha colega de trabalho “que me ia portar bem” para não piorar a situação com a moça.

se acham que o pesadelo vivido acabava aqui…estão muito enganad@s!

a dada altura quando a moça descreve as suas preferências, informa-me que adora ver-se toda depilada. que é uma frescura e liberdade total e esteticamente é muito mais apelativo. enquanto eu processo a informação e questiono mentalmente em que é que isso contribui para a minha felicidade, a moça não tem mais do abrir as pernas, arredar a cueca para o lado e mostrar-me a sua patareca toda pelada. a minha cara deve ter parecido a de uma caricatura do filme a máscara, onde os olhos saltam fora da órbitra e sai um grito mudo de horror 

há cada uma!

há cada uma #22

 imagem retirada daqui

 

para recordar:

há cada uma! #21

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