resistentes do carnaval e do dia dos namorados caiam "na real" e não se esqueçam de conferir as vossas faturas no site das finanças (termina hoje o prazo) ... na tentativa de minimizarem o "assalto" do estado.
como contribuinte exemplar considero que esta imagem é também minha!
nota:
onde diz assalto, escrevi inicialmente enrabanço (tendo de ir verificar se se escreve com um ou dois "r") e depois refleti sobre a estupidez da escolha da palavra tendo em consideração a liberdade sexual na atualidade; sendo uma expressão de uso comum, estava associada a uma carga negativa (pelo contexto da frase), apelando de imediato a um preconceito.
ontem encerrei um capítulo negro e deprimente da minha vida: a trilogia cinematográfica das cinquenta sombras de grey.
como já tinha referido aqui li os livros e gostei, mesmo não sendo uma obra de arte literária – sou uma moça real que gosta de coisas complexas mas que aprecia, de igual modo, as simples.
ontem fui ver o terceiro e último filme desta saga (não tinha grandes dúvidas do que me esperava, mas há coisas que têm de ser feitas!). continua fraquinho, com as cenas a serem demasiado rápidas, sem permitir que se compreenda o clímax da história – e não me refiro, apenas, às cenas de cariz sexual. é tão fraco quanto os seus antecessores. gostei de constatar a evolução dos protagonistas, neste filme pareciam efetivamente estarem a divertir-se, passam uma “good vibe” – pelo menos a mim
como em qualquer boa história cor de rosa, o amor (que se entenda, a gaja) transforma o fodilhão.foge.afetos. mr.grey, num bom e adorável pai de família.
o carnaval e o dia dos namorados na mesma semana, pior, em dias sucessivos.
valha-me esta miserável constipação para me impedir de cometer loucuras!
como sou uma otimista vamos lá ver as vantagens destes dois fatídicos eventos serem consecutivos:
1 - a ressaca, dos foliões do carnaval, pode ajudar a enfrentar o dia mais romântico do ano!
2- a máscara que as pessoas colocam para atulhar os restaurantes na noite de s.valentim pode ser rentabilizadas, se colocadas um dia antes.
3 – quem habitualmente entra em depressão por não ter com quem partilhar o dia dos namorados (puros malucos) pode aproveitar a loucura do carnaval para arranjar com quem passar o dia (sem stress, têm depois o resto do ano para se arrependerem).
estas vantagens não se aplicam a quem gosta do carnaval (vá há gostos p´ra tudo) e/ou a quem efetivamente está apaixonado todos os dias, sendo o dia dos namorados “apenas” mais um dia para mostrar o afeto que nutre por aquele ser que lhe desperta aquele “brilhozinho nos olhos”.
fui jantar a casa de colegas de trabalho do .mais.que.tudo.
ao final do dia a princesa guerreira tem estado mais “irritada”, logo, a hora do jantar é sempre um stress.
a colega do .mais.que.tudo., sempre que tinha oportunidade, dizia-me o que eu devia fazer com a minha filha: “devem ser cólicas, faz uma massagem”; “não será fome”; “talvez tenha a fralda suja”..,
tive de me conter para não lhe gritar: vivo com este ser há 2 meses, 24h por dia sem interrupção, quiçá eu saiba melhor o que a menina terá!
o que fiz eu? nada, absolutamente nada. deixei a moça falar, volta e meia abanava a cabeça afirmativamente e respirava fundo – lidar com esta intervenção enquanto a nossa filha berra como se a tivessem a matar, não é fácil, nada fácil. quando a moça acrescentou “não sei como consegues lidar com a bebé com tanta calma”- na minha cabeça eu saltava-lhe em cima e desfazia todinha…só para libertar o stress – apenas respondi: tem de ser, se não enlouquecemos!
se há um ano alguém me disse-se que eu iria ter esta capacidade, juro que desatava a rir ... à gargalhada!
por vezes receio estar a confundir maturidade com apatia, mas por enquanto vou acreditar que é maturidade.
meu povo lindo em casos semelhantes guardem as vossas opiniões, caso contrário correm o risco de ficar sem um olho.
há aqueles prazeres que nos acompanham não sabemos bem desde quando.
para mim, um deles, é o nestum mel.
não me lembro quando foi a primeira vez que experimentei, mas certamente deve ter sido um momento tão intenso que bloqueou qualquer possível recordação!
ao longo dos anos fui experimentando as várias versões de nestum que foram surgindo. voltei sempre ao nestum mel. nenhum outro igualava o prazer que me dava o sabor original.
as coisas mudaram.
continuo a ser fã incondicional do nestum mel, mas as duas ultimas versões são deliciosas e equilibradas no sabor e textura.
primeiro experimentei o nestum cereais com aveia e morango, delicioso. a aveia dá-lhe um maior equilíbrio quando à "doçura" e o leve sabor a morango dá-lhe um toque especial.
depois veio a vez do nestum cereais com aveia e maça e aí meu povo, vi um novo mundo para além do equilíbrio trazido pela aveia sentimos um ligeiro "ácido" da maça. a diversidade gustativa é excelente.
sabem aquela sensação de déjà vu? de que já viram "aquilo" em algum lado?
bem, estava eu a ver o programa 5 para a meia noite e essa sensação assombrou-me. com o irritante inconveniente de não saber "de onde" eu conhecia aqueles gestos...da filomena cautela - deu-me para isso desta vez pois confesso que vejo o programa com regularidade e aquilo nunca me bateu.
do nada fez-se luz!
aqueles gestos de dança e até algumas expressões lembraram-me a "ellen"
todas as mulheres sem filhos já terão ouvido “quando fores mãe vais perceber” ou o mais desagradável “não és mãe, não percebes”.
eu sempre que ouvia este discurso respondia que desconhecia que a maternidade trazia uma atualização do software analítico.
agora que sou mãe não mudei de ideias sobre a prepotência de quem usa essas expressões, visto que se a pessoa não compreende determinada atitude por não ter filhos, também não entenderá está mensagem que contém um certo tom de superioridade.
sempre me considerei uma pessoa sensível aos outros – sem falsas pretensões ou modéstias. ouvi muitas vezes estas expressões. houveram coisas que entendi, outras que não percebi e algumas que considerei apenas exageros.
agora que sou mãe tenho de admitir que há coisas que efetivamente mudaram na minha perceção das questões relacionadas com a maternidade. sinto que posso ter sido fria e até mazinha em alguns comentários que tenha realizado em relação a uma “mãe” ou uma “cria”. ainda não sei se houve um upgrade do meu software ou um curto-circuito, mas seja como for operaram-se algumas mudanças:
- sou muito mais sensível ao comentar/criticar situações relacionadas com a forma como outras mães fazem ou gerem situações;
- sou menos dura na análise das birras e reações das crianças;
- grande parte das minhas certezas viraram incertezas;
- valorizo muito a experiência das outra mães – de um modo em que nunca valorizei outros pares;
- o meu.mais.que.tudo. não perdeu a minha atenção, mas convictamente, só tenho espaço mental para uma criança;
- aumentou a minha admiração pelas mães que conheço e que nunca se queixaram das noites mal dormidas, das inseguranças ou das birras.
se acho que, agora que sou mãe, sou uma mulher mais completa? a resposta é não.
se sou uma melhor pessoa? a resposta é sim.
no meu caso é por ser mãe e viver esta nova experiência que tem tanto de maravilhoso quanto de duro e assustador; mas tenho noção que se estivesse a viver outra situação igualmente nova e exigente a nível emocional, estaria mais sensível a pessoas em situações semelhantes.
vivamos mais e julguemos menos as realidades que desconhecemos.