expectativas e mau feitio
que raio de cena a nossa de valorizar o que não temos! tendo tudo para se ser feliz, porque nos prendemos num pequeno pormenor e lhe damos uma dimensão descomunal? será masoquismo ou pura estupidez?
“hoje acordei e esperava o aconchego do meu mais.que.tudo. , um miminho, um pouco de dedicação, a decisão de por momentos me por em primeiro lugar, de me transformar na sua prioridade, do desejar agradar-me. o que aconteceu? absolutamente nada!
consegui sentir-me submersa numa grande poia. fiquei genuína e profundamente triste – ao ponto da sua presença me perturbar, pois aumentava a minha raiva. o que fiz? saí de casa (quem está mal muda-se, certo?!).
consegui encontrar fora as massagens que a minha autoestima exigia. entre diversos elogios, mensagens de afeto e abraços apertados, senti-me linda e mimada. mesmo assim não me sentia feliz. sentia, inclusive, uma espécie de raiva pelo seu desdém.
o problema? a expectativa.
achei que ele faria o que eu faria por ele: muitos miminhos, acordar cedo, pequeno almoço na cama, qualquer coisa especial … mas nada recebi. se não tivesse criado estas expectativas, não teria ficado magoada. mas podemos nós viver sem expectativas?”
imagem retirada daqui
texto irado escrito no primeiro aniversário da mami na companhia do seu mais.que.tudo.
por vezes sou uma menina mimada, sei que sim. mas acredito que tod@s temos o direito de o ser de vez em quando. neste dia superei-me!
mais.que.tudo. ficou perplexo com a minha dramática reação (penso que se não fugiu na altura só podia ser amor). explicou que não era do tipo romântico e que, como eu sei, não funciona pela manhã. que tinha tudo organizado para quando eu chegasse do trabalho. mas eu, com o meu excelente (mau) feitio, é obvio que não apareci para jantar.
esta foi a nossa primeira grande crise, sendo que a maior parte só foi vivida por mim