na continuação do estudo iniciado com o objetivo de responder à questão o que deves dizer ou fazer para o teu engate fugir (a correr), esta semana lançamos a questão inversa: o que deves ter, dizer ou fazer para seres irresistível, em mais um post enquadrado na rubrica de estudos sociológicos no café.
mantemos o mesmo rigor científico e a mesma equipa de investigação.
amostra: 8 indivíduos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 38 e os 71 anos)
questão: o que a pessoa deve ter, dizer ou fazer para ser irresistível?
obtivemos os seguintes resultados:
respostas do sexo feminino:
.ter peito largo (porto de abrigo)
.cheirar bem e ser quente
.bem vestido (sapatos com pompom, camisa às riscas e pullover vermelho ao pescoço)
.ter tatuagens (ar de bad boy)
.um olhar desafiador
. um registro criminal significativo
respostas do sexo masculino:
.mostrar sem mostrar
.um olhar cativante
.um bom rabo
observação significativa:
onde estão as questões emocionais e as características pessoais?
o que nos atraí é apenas o físico, preferimos não saber mais (para assim viver a ilusão da paixão)?
ando por aqui a tentar organizar-me, vou fazer uma viagem de 3 dias e meio com os meus pais (razão pela qual nas minhas escolhas eliminei a levadas e os picos cujo acesso só poderia ser feito após longa caminhada – se estiver errada, alertem).
após longa investigação e as boas dicas do sorriso incógnito, eis as minhas escolhas:
1. piscinas naturais de porto moniz (1,50€) - sou um peixinho, adoro água. esta oportunidade de mergulhar em pleno oceano atlântico é irresistível!
2. elevador panorâmico fajã dos padre (7,50€), a imagem é assustadora mas a vista deve ser magnifica… venha a adrenalina!
3. miradouro do cabo girão – um dos cabos mais altos do mundo (580m de altura). tem miradouro de vidro que nos proporciona uma vertiginosa visão sobre precipício (pretendo assomar-me a todos os outros miradouros que for encontrando no meu passeio pela ilha).
4. teleférico do monte (11€ ida, 16€ ida e volta)– é engraçado que não suporto alturas, mas creio que as visões que estes passeios nos proporcionam são únicas!
5. vila de santana, localidade onde podemos encontrar as casas típicas da ilha da madeira rodeadas de belos jardins.
6. praias na madeira: machico, praia do faial (com belas formações rochosas junto ao mar), calheta e praia formosa.
7. curral das freiras – altas montanhas rodeiam esta pequena vila.
8. jardim tropical do monte palace (12,50€) – jardim oriental que é descrito por uma beleza arrebatadora.
9. centro histórico do funchal, privilegiando a fortaleza de santiago, a sé, o mercado dos lavradores, e rua de santa maria (onde reina a street art – uma eterna paixão).
10. blandy's wine lodge – uma oportunidade para conhecer melhor a história do famoso vinho da madeira… e de o degustar! faremos a visita premium (5,90€, 45m) “explica desde a confeção de barris na tanoaria, o processo da transformação da uva ao vinho madeira, os balseiros de cetim brasileiro e avisita ao museu com uma prova”
e ainda:
fazer a viagem de barco para ver os golfinhos – encontrei os melhores preços em http://www.madeira-boat-trips.com/pt
comer espetada em pau de louro
beber poncha
andar em carros de cestos (2 passageiros: 30€)
ao fazer estas pesquisas verifiquei que a ilha madeira é uma viagem mais cara do que tinha previstos. há preços, a meu ver, exagerados.
se conhecerem outros locais imperdíveis, restaurantes que recomendem ou dicas importantes… por favor ajudem esta moça a organizar-se para aproveitar ao máximo a sua (primeira) viagem à ilha da madeira.
vou hoje abrir um espaço sem precedência no blog e sem a certeza de continuação: estudos sociológicos no café.
pessoas sempre me fascinaram. a diversidade. a subjetividade. o complexo dos diversos fatores que definem cada ser.
mesmo nas coisas mais banais do dia a dia.
gosto de observar as pessoas em diferentes contextos, um dos mais deliciosos é o se "café do costume". as pessoas estão descontraídas e com quem gostam, ou com quem partilham algo em comum (o emprego, a vida, a pesca, o futebol, a música...) ou, apenas consigo mesmo.
neste contexto decidi lançar um estudo sociológico rigoroso e científico (porque há uma investigadora - eu -, uma amostra da população - eles - e um tema - relações)
metodologia: investigação participante
amostra: 12 indivíduos, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 11 e os 71 anos
questão: entras num bar e vês uma pessoa atraente, estão ambos na onda de "conhecer novas pessoas", o que ela poderá fazer ou dizer para tu perceberes "esta não"? (o ela deverá ser entendido sempre enquanto pessoa, quanto ao gênero, cada quem sabe de si)
respostas do sexo feminino:
.cuspir para o chão
.ter mau hálito
.desdentado
.usar meias brancas, camisa às flores, calças com bolsos de lado ou sapato super bicudo com a frente retangular
.nobreza de espírito, sanidade mental (não me adapto - risos)
.maltratar um animal, o empregado, ...
.conversa de engate banal
.ser um "player"
.ser muito "certinho" (esses escondem sempre qualquer coisa)
respostas do sexo masculino:
.dizer que gosta de música pimba
.usar fio dental (e se notar), exagerados decotes e minissaias
já um bocadinho fartinha de todos os especiais do papa francisco, fiz um zapping enquanto comia a minha deliciosapanqueca de aveia e, parei na sic caras, chamou-me a atenção um certo alvoroço (ao nível de galinhas no galinheiro) que lá decorria, no programa passadeira vermelha.
mas a verdade é que no meio daquilo tudo, o cláudio ramos estava a defender uma ideia, que me fez ficar para perceber melhor os seus argumentos.
ora bem, um programa que tinha 3 mulheres, diferentes idades, e o cláudio.
o sr defendia que não devemos deixar de praticar sexo, pois se o fizermos, retomar a prática é difícil. na linguagem depreendia-se a ideia de que é relativamente simples desabituarmos e deixarmos de sentir necessidade de sexo.
confesso que a ideia prendeu-me. pela minha necessidade de refletir sobre ela. o galinheiro dificultava o raciocínio do sr., mas ele foi avançando: "um casal zanga-se e deixam de fazer sexo, passa uma semana, duas e de três já são quatro. quando se apercebem passou um ano. as pessoas vão-se desabituando e depois a reaproximação não é fácil, as pessoas já não sabem como o fazer. perdem a intimidade e têm receio."
as demais pessoas no programa brincavam com o tema, foi genial a forma como ele as confrontou perguntando se sendo mulheres não tinham noção disso. não sou fã do sr mas gostei da forma frontal e franca de como falou do assunto e apresentou os seus argumentos (que não se destinavam apenas a pessoas com um relacionamento estável).
sempre me questionei se eu teria um problema quando ouvia amigos e amigas, descomprometidos, dizer que não podiam viver sem sexo – claro que se destacava o género masculino. que era impensável um mês sem a sua prática. determinada noite um amigo disse que tinha estado 3 anos sem praticar sexo, referindo com humor, que tinha sobrevivido. defendia uma postura muito semelhante à minha. temos que estar predispostos, mas temos também de sentir a vontade de o fazer com alguém em particular e não de fazer por fazer . nós não somos puros animais instintivos, a evolução trouxe-nos a capacidade de pensar e sentir.
conheci uma pessoa linda, por dentro e por fora, que teve uma desilusão amorosa aos 20 anos. essa situação afetou-a de tal forma que esteve 10 anos sem voltar a estar sexualmente com alguém. fechou-se de tal forma à possibilidade, que simplesmente a ignorava. efetivamente teve muita dificuldade em retomar a sua vida sexual.
infortunadamente também conheci casais em que o orgulho e o tempo os afastou, tornando-os perfeitos desconhecidos dentro das suas próprias casas.
consigo perfeitamente enquadrar nestes casos o raciocínio do cláudio ramos. sinto, no entanto, a necessidade de defender, sobretudo quando não estamos dentro de uma relação, que não temos de fazer sexo só por fazer, só para não perder o “ritmo”, isso pode ser contraproducente e deixar-nos uma horrível sensação de vazio. devemos sim estar predispostos a. não nos fecharmos à possibilidade à espera do ser que idealizamos e que poderá nunca chegar! o nosso corpo e a nossa alma precisam do toque do outro, mas de um outro significativo (nem que seja porque houve uma forte atração ou uma conexão mental).